Terrorism.

Santa Mônica.

―Ligue a TV, por favor. ―Pedi a enfermeira que veio trazer um lanche. A cara estava terrível. Fazia apenas algumas horas que eu estava aqui, cerca de doze horas. Não sei ao certo, o tempo se misturou junto com meus pensamentos.

―Se precisar é só chamar, okay? ―A moça disse, ligando a TV no canal principal. Sorri e acenei para ela, que logo saiu depois de sorrir para mim também.

Mexi a comida com um garfinho de plástico, só pela cara me deu ânsia de vômito. Por que comida de hospital é tão feia?

Apólo disse que me traria comida, mas eu estava tão irritada com ele que, quando ele chegar, vou mandar ele mesmo comer.

Relutante, levo o arroz até a boca, atenta à abertura doo jornal. Quem é o idiota que assiste jornal hoje em dia? Está tão ultrapassado, meu Deus.

Me recosto na maca, bufando enquanto mastigo a comida. No jornal, aparece uma mulher com um microfone em frente à um apartamento, aparentemente pegando fogo, os bombeiros atrás faziam de tudo para apagar.

Vai dar um trabalho enorme pro dono.

Espera... Esse prédio é conhecido.

Pego o controle que estava ao meu lado soltando o garfo e aumento o volume da TV. Engasgo no mesmo instante em que a câmera afasta-se da mulher e reve-la o prédio completamente.

Ele colocou fogo no prédio depois? Ele tentou me queimar?

Minha única preocupação não é só essa. O cenário muda, revelando dois jornalista. ―Nesta manhã, fomos informados que o presidente Lewis Lies, saiu do país, logo após a sua filha ter tido o que tudo indica, um surto psicótico. ―Como...?

Levo a mão até a boca com os olhos arregalados de descrença. Não acredito no que estou ouvindo.―Não há notícias do paradeiro do atual presidente. A sua filha permanece sem se pronunciar, também. ―Esse jornal é a pior desgraça que alguém ter criado. É tanto fake news, que nem parece ser um jornal.

Minha visão borra e meu peito acelera.

Minha cabeça agora estava uma bagunça completa. Como ele teve a coragem de colocar fogo no prédio, fugir e ainda afirmarem que eu tive um surto psicótico?