🚨DARK ROMANCE, STALKER (+18)
Não estava em meus planos amar Amélia Lies. Não pensei nem por um segundo eu amar alguém em meio ao caos. Não estava nos meus planos ir contra tudo que eu odeio apenas porque eu a vi dançar.
Desejar a filha de um políti...
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Uma semana depois.
É como se eu estivesse num episódio de tortura. Um do qual eu não sei se o próximo virá. Estou ciente que a qualquer momento eu posso morrer. Pelas mãos do meu pai, pelo frio, ou pela minha alimentação.
Não há um maldito cobertor aqui para mim, não há nada.
Agora é exceto, pois ouço a porta se abrir com dificuldade, e eu temo que seja meu pai.
Que não seja ele, por favor.
Abraço mais ainda meus joelhos, começando a entrar em pânico, ansiosa para ver que chegará. Só quem entrava aqui era uma senhora trazendo comida e meu pai, para me espancar.
Estou vermelha, dolorida, inchada e roxa.
Simplesmente virei o saco de bancada do meu pai ao que parecia ser uma semana.
Uma semana em que fui trazida até esse porão e jogada aqui, como se fosse nada.
Era óbvio que eu morreria aqui nesse porão, estava na cara de Lewis assim que me jogou aqui. Pelo frio, estávamos no outro lado do mundo, soube isso quando demoramos para chegar e quando brutalmente Lewis me empurrou para um jatinho particular dele.
No caminho ele estava delirando, falava coisas sem sentidos, se contorcia e me xingava. Obrigatoriamente tive que observar os seus surtos, dos quais ele só se acalmava quando injetava alguma droga dele.
A esperança brilhou em meus olhos quando a senhorinha de sempre entrou com uma bandeja, sorrindo mas não feliz, com pena. Eu sorri de volta, triste.
Ela não merece me ver assim.
―Trouxe mais comida escondida dele. ―O nome dela era Elez, me contou isso ontem a fim de distrair. Minha barriga roncou vendo o almoço que parecia estar ótimo.
―Não precisava, Elez. ―Mesmo assim, eu pego a bandeja e coloco em meu colo, não demorando muito para comer, faminta.
―Estou planejando te tirar daqui. ―Ela sussurra sorridente. E eu paro de comer, a olhando séria.
―Não. ―Saio ríspida, mas quando percebo, me corrijo.―Ele vai matar você e eu, se descobrir. Fique fora disso, Elez. ―Vejo a esperança saindo dela. ―Você já fez muito por mim.
―Mas não é justo. Olha o jeito que você está.
―Elez, eu vou sobreviver. ―Dou-lhe um olhar tranquilizador voltando a comer.
―Por que ele está fazendo isso? ―Ela questiona, sentando-se no colchão fino no chão.
―Devo estar pagando por algo que sequer me lembro. ―Engulo a comida com dificuldade, com lágrimas nos olhos.
―Ele está constantemente sussurando pela casa a palavra: "assassina."
―Foi assim que ele me chamou.―Sussuro parando.
―Você matou alguém?
―Não que eu me lembre. ―Suspiro. ―E você? Por que trabalha para ele?
Ela dá um sorriso triste, é o sorriso mais triste que eu já vi em minha vida.―Tenho que sustentar minha filha.
―E o pai dela?
―É uma longa história. ―Bufa. ―Ele praticamente me chutou de casa para viver no mundo da máfia, eu e ela. ―Seu olhar encontra o meu e eu ouço atentamente.
―Sinto muitíssimo. ―Murmuro, desviando o olhar. Infelizmente isso era comum.
Nossos consolos são interrompidos pela porta aberta com brusquidão. Revelando o dono de todos os meus pesadelos.
―Eu te disse para não entrar aqui sem minhas ordens! ―Ele praticamente grita. Suas pupilas estavam dilatadas e ele tinha tremores. Elez levanta rapidamente, e eu também, meu coração acelera com a probabilidade dele fazer algo com ela.
―Foi culpa minha! ―Entrego para protegê-la. ―Eu que ameacei ela para vir aqui!
Ele estreita seu olhar para Elez que agora me olha incrédula. ―E mesmo assim ela veio! Mas não se preocupem, eu vou matar as duas.
O pânico se instala em nós, eu paro na frente de Elez afim de protegê-la, mas não adianta pois meu pai avança, determinado e me empurra com tanta força que eu caio no chão, meus ossos doem.
―Elez! ―Eu grito, me levantando rapidamente, antes que eu possa fazer qualquer coisa, o barulho de tiro preenche o porão.
Fico estática.
O meus olhos vêem é a definição de que, tudo que eu toco morre. Tudo que tenta me ajudar, morre.
Tudo que se aproxima de mim, eu afasto.
Elez cai no chão com um baque e o tiro suja seu uniforme. Eu caio de joelhos diante dela, as lágrimas que eu prendi há dias, já desceram sem permissão. Meu peito aperta e meu único desejo é que ela não morra.
―Eu te falei, Elez ―Eu soluço, procurando pelo tiro. Ela sorri pela primeira vez genuinamente, levando a mão até meu rosto.
―Pelo menos, eu vou morrer sabendo que dei uma vida melhor para minha filhinha. ―Ela murmura com dificuldade, sorrindo. É inacreditável, pois nessa situação, eu ainda consigo ver o brilho da esperança em seus olhos.
Como se ela finalmente fosse descansar.
―O quê? ―Arfo, olhando entre ela e meu pai que agora me encara perverso.
―Paguei à ela milhões para não contar a ninguém sobre você. ―Ele responde, sem mais nem menos, sorrindo.
―Posso descansar em paz. ―Ela tosse e eu soluço, não acho o tiro, pois toda o seu uniforme já está manchado.
―Eu sinto muito, Elez. Sinto muito. Sinto muito.
―Está tudo bem. ―Tossiu e minhas lágrimas escorreram brutalmente. ―Ache ela, por favor. ―Sua respiração está desgorvernada. ―O pai dela é o chefe da Coroa Unida. ―Meu peito dói, eu queria estar no lugar dela! Era para ser eu!
―Obrigada por tudo, Elez.
―Me agradeça cuidando dela. ―É a última coisa que ela fala, seus lábios ficam entreabertos e seus olhos abertos. Sua respiração para.