Mercê

12.6K 1K 414
                                    


Não desviei meus olhos de Amélia e seu parceiro, Natan? Nate? Sei lá dessa porra. Fazia exatamente dois dias em que eu larguei tudo e acompanhei Amélia em seu ensaio todos os dias, fazendo isso de boa vontade, e mesmo assim, Amélia tem odiado.

Me ajeitei na poltrona, enquanto o parceiro de Amélia segurava ela e a garota se curvava em seus braços. Me encarreguei de levar ela todos os dias para os ensaios da peça que ela terá e levar de volta para casa. Eu sei, muito protetor, mas do jeito que Amélia é, ela faria alguma besteira.

Hoje, ela estava estressada, confusa e excitada. Tudo isso porquê eu a rejeitei no resort. Quando eu falei aquilo, ela imediatamente se vestiu e saiu, passou o restante da festa conversando com Alana, enquanto eu conversava com Crane.
E Rho pegava todos que estavam ali. As vezes acho que ele é a única pessoa que nunca tem um dia ruim.

Obviamente eu estava puto também, necessitado, excitado e impaciente. Mas não cederia as vontades de Amélia até que ela dissesse o que eu queria. Fora que, hoje eu estava tenso também, eu iria envolver Amélia em uma das minhas missões. Não séria grande coisa, ela só precisaria usar seu charme em uma festa.

Obviamente eu estava tenso, com medo de que a missão falhasse e algo acontecesse com Amélia.

O filho da puta do Nate olhava para ela com desejo, e estava me fazendo perder a paciência, pouco a pouco. Contudo, minha paciência foi esgotada quando eu ouvi Nate convidar ela para sair. Juntei as sobrancelhas, incrédulo.

Como ele convidou a minha Amélia para sair?

E o pior, é que de imediato ela aceitou.

Ele havia sussurrado, para que eu não escutasse. ―Ouvi errado? ―Levantei da poltrona da platéia e caminhei até eles, que estavam ofegantes por conta da dança. Ele tem a porra da sorte de Amélia estar aqui, se não, eu o mataria e o deixaria por aqui mesmo.

―Amélia disse que você não é o namorado dela, nem algo assim. ―Ele ergueu seu olhar em minha direção, seus olhos voaram para Amélia que olhava para mim, com medo. Eu amava ver o medo em seus olhos, era como uma espécie de remédio.

―Ah é, Amélia? ―Virei na direção dela, que agora permanecia calada, sorrindo provocante. ―Fique você sabendo, caralho, que ela é minha. ―Exclamei fingindo estar calmo, me aproximei dele, que deu um passo para trás. ―Nate, se você olhar novamente para ela diferente, eu vou arrancar os seus olhos e fazê-lo comer. Entendeu? ―Murmurei, puto pra caralho. Amélia tinha a porra do dom de me tirar a paciência. O moreno balançou a cabeça, pegando suas coisas e saindo, com medo.

Terrorism.Onde histórias criam vida. Descubra agora