🚨DARK ROMANCE, STALKER (+18)
Não estava em meus planos amar Amélia Lies. Não pensei nem por um segundo eu amar alguém em meio ao caos. Não estava nos meus planos ir contra tudo que eu odeio apenas porque eu a vi dançar.
Desejar a filha de um políti...
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Não sei em que momento esquecemos isso. Não sei em que momento fizemos isso.
Estamos diante do computador e eu só consigo pensar que fui hipócrita, por julgar tanto Apólo por ser o god of death e eu fiz coisa pior.
O vídeo roda em dezoito minutos, minhas pernas tremem, e minhas mãos soam, mas nada se compara ao sentimento que sinto quando percebo que a mulher sentada no porão, amarrada é ninguém menos que
Minha mãe.
―O primeiro.― Apólo murmurou para si, levantando do sofá, passando a mão pelos seu cabelos loiros. Meu mundo de faz de conta desabando aos poucos.
As pontes que construí ao meu redor, desmoronando.
O que ele quis dizer com o primeiro?
―Apólo? Era... você?―Arfei desorientada. Levantei do sofá, encarando seus olhos castanhos. E eu deveria ter percebido, deveria ter me lembrado, pois o brilho dos olhos quando me vê nunca mudou. É sempre o mesmo brilho.
―Era você.―Ele estava assimilando tudo, seus olhos ainda brilharam com algo intenso e eu senti o mesmo desejo que senti naquele porão. Os sentimentos daquela noite estava vindo, como um tsunami.
Meu primeiro beijo.
Algo em meu peito borbulhou e apertou ao ver as memórias chegando, os sentimentos, as sensações...
Elas desencadearam-se.
―Isso... É impossível... Nós... Eu não fiz isso.―Podia sentir o meu peito se apertando cada vez mais e o soluço subir, mas limpei a garganta para afasta-lo.
Minha vida inteira foi uma mentira.
E a mentirosa sou eu.
Me alimentei com mentiras que minha mãe era boazinha, era a melhor mãe do mundo, e a agora que as memórias desencadearam, não pude deixar de sentir nojo de mim mesma por eu ter me enganado esse tempo inteiro.
A porra da minha vida foi uma mentira.
―Eu lembro. ―Apólo começou, parecendo buscar as memórias enterradas.―Você a matou. Depois, pegamos o carro dela, levamos à estrada e simulamos um acidente.
―Isso é... Mentira.
―Você é a porra de uma mentirosa, Amélia. Pare de mentir para você! ―Ele explodiu, batendo na mesa ao lado dele, fazendo com que minhas lágrimas descessem involuntariamente.―E para não desconfiarem que foi assassinato, você simulou o acidente.
―Isso... É mentira, Apólo. Eu nunca teria coragem.―Por mais que a minha lembrança de pé atrás da minha mãe a enforcando me arrebatasse como um soco no estômago vindo junto de pensamentoscomo assassina, eu me recusava a dizer que matei a minha própria mãe.