25: Beyond The Horizon

785 37 0
                                    

New York - EUA

P.O.V Noah Urrea 07:56 a.m.

O clima frio, super comum de Nova York invadia o quarto que eu dormia naquela manhã. A janela estava aberta e as cortinas voavam devagar, deixando aquela brisa suave e fria dominar todo o quarto.

Bocejo, esfregando as mãos no meu rosto e olho pro lado direito da cama, vendo ela dormindo ao meu lado. Seu peito subia e descia, como resposta do bom sono profundo que ela estava desfrutando.

Então penso em tudo o que aconteceu na noite passada. Finalmente todo esse inferno acabou, já era hora, eu não aguentava mais viver dessa forma. Porém, apesar de tudo, um pequeno desânimo não conseguia me deixar em paz, talvez, fosse porque vi diante dos meus olhos um parente meu ser morto e eu simplesmente não fiz absolutamente nada pra impedir. Claro, eu também não queria fazer nada. Nada que pudesse fazer a mulher que eu amo acreditar, que eu estava contra ela, depois de tudo o que ela passou.

A vi se mexer e ficou de lado na cama, aconchegando o endredom na sua face e voltou a dormir. Fiquei na mesma posição, a admirando e suspirei, quando parei pra pensar no quanto eu a amo e no quanto ela se tornou importante para mim.

Durante os meus 25 anos nunca ninguém havia me permitido sentir o que tô sentindo. Claro, também porque nunca me interessei, a verdade é que eu costumava me divertir e se importar com as pessoas nunca foi o meu forte, mas quando coloquei os meus olhos nela, tudo isso se inverteu da noite pro dia. Foram questões de horas pra minha curiosidade em conhecê-la, saber quem ela era e o que queria se fortalecer dentro de mim. Eu não tive controle, não tive.

Eu nunca a odiei, pelo contrário, quando menos esperei já me via pensando nela sem parar, muito antes de sequer sermos amigos. Até quando ela era intocável, bem, digo intocável porque enquanto ela não permitiu, eu não tive chances pra me aproximar dela.

Foi muito trabalho. Ter ganho a confiança dela, entender perfeitamente o seu lado da situação. Não julga-la porque passou. E realmente, foi algo que também me surpreendeu bastante, pois eu aprendi com ela e muito. Assim como ela aprendeu a confiar em mim, eu aprendi a respeitá-la e se importar com as pessoas.

Saí de meus pensamentos quando ela se moveu, mas não acordou e continuou dormindo, porém deu um sorriso grandioso, sem mostrar os dentes enquanto dormia.

— Por que tá me olhando tanto? — Ela pergunta, de olhos fechados e arqueo as sobrancelhas, abrindo a boca sem ter o que falar.

— Ah...

— Tá velando pra mim? — Rio com a sua pergunta e ela me olha, mas outra coisa toma o meu foco, a beleza natural que ela possuía, principalmente seus lindos olhos azuis pequeninos devido ao sono. — Hein, último Urrea do mundo? — Dou uma risada da sua piada e ela se aconchega no meu peito.

— Engraçadinha, não? — Ela rir e vejo seus dedos passearem pelas minhas tatuagens no peito. — Dormiu bem? — A vi suspirar e me olhar de baixo.

— Sim, dormi sim.

— Que bom. Eu também dormi. Dormi bem como há semanas não dormia. — Falo, pensando em todo o inferno que vivemos e ela se senta na cama, então percebo que ela está usando uma camisola vinho transparente, que deu uma realçada bastante sexy no seu tom claro de pele. E sem falar da minúscula calcinha fio dental também vinho que ela usava. Só podia está de brincadeira comigo.

— Finalmente... — Uma lufada de ar escapa da minha boca e ela me olha. — E agora? — Pergunta, e arqueo as sobrancelhas.

— Agora?

— É.

— O que? — Ela coloca o cabelo atrás da orelha e engole em seco.

— A gente... Como a gente fica? — A encaro profundamente e ela segue me olhando do mesmo jeito. — Continuamos na mesma ou fazemos um progresso? — Respiro fundo e em seguida dou uma risadinha, segurando na sua mão sobre a cama.

Checkers Of Traffic | NoartWhere stories live. Discover now