Atlanta - GA 08:37 a.m.P.O.V Sina
— Leva essa bandeja pro escritório do Alexandre? — A Joanna pergunta, e eu concordo, me aproximando do balcão da cozinha.
Pego a bandeja com o almoço daquele homem e sigo em direção ao seu escritório, batendo na porta, pedindo permissão pra entrar, e quando só ouço a sua confirmação em um tom alto, eu entro e o vejo com uma expressão bem irritada.
— Com licença, seu almoço. — Eu falo, e ele retira os óculos de grau que usa, os jogando sobre a mesa e passa o seu dedo indicador e polegar nos olhos, como se estivesse preocupado com alguma coisa.
— Pode deixar essa porra aí em cima.
— Como o senhor quiser. — Falo, e coloco a bandeja próximo dele, que puxa o ar e mante a visão na sua mesa vinho de verniz, olhando pra papéis espalhados sobre ela.
Chama a minha atenção, principalmente o fato de ler o nome de vários homens que eu matei junto as minhas irmãs, estarem escritos em umas das folhas ali em cima.
— O que tá olhando? Pode sair. — Sua voz rude me tirar do trânsi e ergo meu olhar até ele, o vendo com uma cara nada boa. — Você não ouviu o que falei? Fora. — Ele ordena, e eu concordo, se afastando dele, mas antes de girar a maçaneta, eu paro ao ouvir sua voz me chamar novamente. — É... Sina. — Olho pra trás, vendo seu olhar em mim. — Preciso da sua ajuda. Vem cá. — Ele fala, e eu me aproximo novamente.
— Pois não?
— Pega aquela caixa azul com arquivos pra mim. — Ele fala, e aponta pro quinto repartimento de uma enorme estante ali. — A maior.
— Claro. — Falo, e olho pra cadeira a frente da mesa. — Vou usar essa cadeira. — Ele concorda, e eu levo ela até próxima da estante, subindo em seguida e puxando a caixa azul com as minhas mãos.
— Coloca aqui. — Ele fala, e desço com a caixa em mãos, colocando sobre a mesa. — Isso vai me dá uma dor de cabeça... — Ele reclama, passando as mãos nos cabelos.
— Precisa de ajuda, patrão?
— Em que você poderia me ajudar? Você não entende nada de negócios. — Ele fala, e eu chego a rir disso.
— Só ofereci a minha ajuda pra adiantar alguma coisa, sei lá, talvez possa... — Falo, olhando pros papéis que chamaram a minha atenção sobre a mesa. — Fazer alguma coisa, pois você parece muito preocupado. — Ele parece pensar na minha ajuda e depois de alguns segundos me olhando, concorda.
— Tudo bem. Quero que retire os papéis dessa caixa e os que tem um selo na ponta do lado esquerdo, os coloque em um lado e os que não possuem o selo em outro, me fiz claro?
— Sim senhor. — Ele começa a mexer no seu computador sobre a mesa e abro a caixa azul, retirando todos os papéis que tem dentro dela.
Eram fichas de homens, provavelmente dos que trabalhavam pra ele. Havia currículos e confesso que meu interesse era zero, pois nada de interessante havia ali pra mim, mas já havia oferecido a minha ajuda e ele havia aceitado, então tive que aturar.
Ele teclava rapidamente e o barulho era insuportável.
Batidas na porta do seu escritório chamaram a sua atenção e ele ergueu o olhar até ela.
— Entra.
— Com licença. — Me deu vontade de vomitar só de ouvir a voz do Marco na sala. — Alexandre, não encontramos nenhuma prova do que me pediu ontem.
— Você fez como eu mandei exatamente? — Ele fala rude, e sigo fazendo o meu trabalho.
— Sim, senhor.
YOU ARE READING
Checkers Of Traffic | Noart
同人小說𝑵𝒐𝒂𝒉 𝒚 𝑺𝒊𝒏𝒂 | Eu tinha 11 anos de idade, quando vi meu pai ser assassinado bem na minha frente.Desde ali, o mundo parou pra mim, não obtive resposta do mundo de como cuidar das minhas irmãs mais novas e de como sobrevivermos em um mundo dom...