Checkers Of Traffic | Noart

8: Forgiving Is Part

New York - EUA

P.O.V Noah Urrea 17:47 p.m.

A Sina me encarava com as maçãs do rosto coradas de vergonha e eu podia garantir que a minha vergonha era maior que a dela. Eu nem conseguia sentir o meu rosto, não sabia como decifrar o que sentia naquele momento, mas tudo o que eu sabia, era que eu havia alimentado o ódio dela por mim mais uma vez... Por agir como um idiota.

— Ah... Sina, eu... — Tento me explicar, mas as palavras somem da minha boca e me dá um branco geral.

— Vem, Jack. — Ela fala, evitando o máximo olhar na minha cara e pega o Jack do meu colo. — Seu pai tem coisas mais importantes pra fazer. — E vai em direção a porta, a cruzando em seguida e foi embora.

Puxo o ar de meus pulmões e solto pesadamente, passando as mãos no rosto em seguida ao notar que mais uma vez eu fiz merda.

— Porra. — Resmungo, chateado e respiro fundo, olhando pra Karen logo acima.

— Você tá bem? — Travo o maxilar e desvio o foco da visão. — Olha, Noah. Me desculpe, se tivesse me falado antes que ela viria pra cá, eu não teria vindo. — Ela explana, enquanto desce e fico com o pensamento fixado na reação da Sina, eu vi decepção e nojo. — Me desculpa. — A Karen pede, e me viro, a encarando normalmente.

— Tá tudo bem, não se preocupe, não foi culpa sua. — A asseguro. — Foi culpa minha. — Ela fica me olhando nos olhos por alguns segundos de uma maneira triste e volto a resmungar. — Merda. — Balanço a cabeça e sinto suas mãos passearem por meus ombros nus, quando a vejo atrás de mim.

— Você gosta dela? — Ela pergunta e isso me causa um nervoso.

— O que?

— Isso, você gosta dela? — Engulo em seco e sinto o meu coração bater mais forte, mas não podia ser tão idiota a ponto de continuar escondendo essa merda, por isso fui obrigado a assumir.

— Gosto... Eu sou apaixonado por ela. — Minha resposta a deixa surpresa e ela dá um sorriso amarelo, colocando o cabelo atrás da orelha.

— Então porque não tenta reatar com ela? — Ela pergunta, e tento pensar em qualquer coisa que desvie a minha mente do fato dela ter mentido pra mim por meses, mas a tentativa foi em vão. — É tão difícil assim?

— É sim, Karen. — Ela enruga a testa e rir em descrença.

— Por que? Alguma coisa os impedem de ficarem juntos? — Fico pensando nessa pergunta que me deixou sem chão por um tempo e volto a raciocinar.

— É complicado... — Respondo, indo em direção as escadas. — Você não entenderia. — Completo, e as subo, indo direto pro meu quarto.

— Então me faça entender. — Ela fala atrás de mim e eu me viro pra encará-la. — Eu quero te ajudar, Noah. — Arqueo as sobrancelhas e rio sem entender bem.

— Me ajudar?

— Sim.

— Como? — Ela umedece os lábios, nervosa e sorri com as maçãs coradas.

— Olha... Isso tudo se concerta com maturidade, se não tiver isso, nada irá funcionar bem pra você. — Ela fala, e eu já entendo onde ela quer chegar.

— Então... Você quer conversar? — Ela concorda com um sorriso pequeno nos lábios.

— Mas ao mesmo tempo eu quero que você se abra... Desabafe o que mais está te atormentando. Vai ser muito bom pra você... E pro seu coração. Acredite, Noah. — Engulo em seco com as suas palavras e isso me faz refletir pra caralho.