28: Intense Pleasures

858 50 17
                                    


Atlanta - GA 19:33 p.m.

P.O.V Noah Urrea

Eu nunca havia tido um momento como estes que estava prestes a acontecer.

Um encontro?

Talvez fosse, ou não, eu não sei ao certo o que seria, mas pelo o que temos conversado ultimamente e na maneira como temos convivido, o que devo esperar dessa noite é mais um voto de confiança vindo dela, pois aos poucos estou percebendo o quanto ela está interessada em dividir seus segredos e medos comigo.

Eu havia comprado umas flores, tive que perguntar pra empregada da minha casa o que uma mulher gostaria de ganhar em um jantar como este que iria ter, e ela me assegurou que flores seria a melhor opção.

Eram vermelhas e bastante perfumadas, achei meio boiola comprar isso pra dá a uma mulher, sendo que as minhas intenções com mulheres nunca passaram de prazer e com ela não é diferente, mas ela não cede, então tenho que me conformar com a aproximação que estamos tendo cada vez mais.

Quis ser pontual pelo menos uma vez, chegando por volta das 19h e foi o que eu fiz.

Paro o carro em frente a casa dela e vejo outros carros, como sempre, e desço, olhando pras flores que estavam no banco de carona. Quando ela entrar, eu entrego. Caminho até a porta e a vejo semiaberta, então nem aperto na campainha, entro por livre e espontânea vontade, vendo uma cena que em questões de segundos me fez parar de andar.

Eu não tava conseguindo entender muito bem o que meus olhos viam, mas quando a vi socar a cara dele e demonstrar total indignação eu pude compreender bem.

— Você ficou maluco? — A Sina fala, incrédula e passa a mão na boca, erguendo o olhar até mim.

Continuo com a testa enrugada, apenas a observando e o meu semblante de ódio se expressa rapidamente, porque percebo que mais uma vez ela me fez de idiota.

Apenas passo a mão na boca e dou meia volta, saindo dali e me aproximo do meu carro, queimando e fervendo de ódio, tentando entrar nele, mas sinto suas mãos em volta da minha cintura, as segurando.

— Ei, fala comigo. — Ela fala, e me viro, a encarando com sangue nos olhos.

— Não! — Respondo, grosso e ela me olha assustada. — Eu não vou falar com você, eu tô cansado dessa porra. — Me exalto, tirando suas mãos de volta da minha cintura com ignorância e ela nega.

— Espera... — E tenta me tocar novamente, mas eu tava com tanta raiva que seguro nos seus braços, pelos pulsos, e a olho friamente com ódio.

— Espera o caralho, eu tô vendo que sou eu que não posso confiar em você, mas pra mim já chega, eu não nasci pra ser feito de idiota. — Falo bruto, e a empurro um pouco pra longe de mim, entrando no meu carro em seguida e saio dali cantando pneu.

Eu sentia o suor quente começar a me dominar, por isso apertava fortemente a direção com as ambas mãos, pra tentar me acalmar ou não morrer pelo excesso de velocidade alta. Eu sentia raiva, muita mesmo, coisa que nem era pra eu está sentindo, porque eu não tinha nada com aquela vagabunda e nem sei porquê estava sentindo uma raiva filha da puta como essa dentro de mim.

Paro o carro em frente a minha casa e respiro fundo, tentando ficar calmo, mas não conseguia, a raiva não parava de me consumir de modo algum. Olho pras flores no banco de carona e as pego, saindo então, do meu carro e entro dentro de casa.

— Uma garrafa de whisky com bastante gelo no meu quarto, agora. — Ordeno, assim que vejo o Erick parado próximo a porta da cozinha e subo as escadas, indo pro meu quarto.

Checkers Of Traffic | NoartWhere stories live. Discover now