29: Making It Worth

1K 54 2
                                    


Atlanta - GA

P.O.V Noah Urrea 09:28 a.m.

Fitava a minha mesa de verniz sem parar, enquanto flutuava nos meus pensamentos sobre tudo o que aconteceu ontem à noite. Não que eu estivesse pensando nisso sem parar, não que eu tenha gostado pra porra, porquê isso aí era o óbvio que sim, mas o que insistia em focar na minha mente era o fato da Sina ter confiado em mim a esse ponto, sendo que, ela carrega por anos um trauma envolvendo abuso sexual de um carinha de merda e depois de todas as tretas que aconteceu entre nós ela confiou em mim pra livrá-la disso.

Ainda ontem ela foi embora da minha casa, insistir mais um pouco pra ela ficar e transarmos até eu perder as contas, mas ela falou que não e decidi respeitar, na verdade eu me segurei, porquê o estado que aquela vagabunda gostosa da porra me deixou ontem à noite foi realmente crítico, tive que tomar um banho frio por um determinado tempo, pois o meu pau não queria baixar de maneira alguma.

Levei a xícara de leite quente até a minha boca e tomei alguns goles, meu pensamento fixado no que aconteceu ontem não se desviava de maneira alguma, o que era uma porra, pois eu tinha que trabalhar, tinha que monitorar um contrabando de armas que irá vir da Coreia do sul.

— Patrão? Com licença. — O Erick fala, e surge na enorme sala de jantar da minha casa.

— Fala.

— Os seus amigos chegaram, vai recebê-los?

— Sim, mandem os vir pra cá. — Ele concorda, e se retira, me deixando sozinho e continuando comendo.

Vejo os caras entrando e baixo o olhar pra só assim, não me verem com cara de sono, pois eu não conseguir dormir à noite toda.

— Bom dia. — O Josh fala, e se senta próximo a mim. — Sabendo do contrabando? — Pergunta, e respiro fundo, decidindo ter contato visual com todos.

— Sim, é pra quando?

— Pra terça feira. Amanhã. — Concordo e coço o canto da minha sobrancelha.

— Urrea, os irmãos Karin ainda estão na cidade. — Arqueo as sobrancelhas e coloco café na minha xícara novamente.

— E eu com isso? — Pergunto, e ele olha para os outros com certa tensão, o que me faz estranhar. — Hein?

— O Josh me procurou. — Enrugo a testa e sigo bebendo o meu café.

— Fala essa porra de uma vez.

— Ele me procurou e me pediu o endereço da Sina. — Minha mão para automaticamente na ação e o encaro.

— Ele pediu o endereço da Sina? — Pergunto, com deboche.

— Sim, eu falei pra Joalin e ela falou que vai contratar a equipe do ratinho inteiro, pra gravar a maior vergonha que esse árabe de merda irá passar se não deixar a irmã dela em paz. — O Bailey fala, e arranca risadas do Lamar, Alex e Josh, menos minha, pois não vi graça alguma.

— O cara tá é maluco, coitado dele se tentar alguma coisa com aquela mulher lá. Não quero nem imaginar o que ela é capaz de fazer com ele.

— Sabe onde eles estão ficando? — Quis saber.

— Eu sei. — O Alex responde. — Eu estive na casa que eles estão ficando, pra entregar os números das contas da gente que fizemos o serviço, ele pediu o dela e não dei porquê ela não me entregou, pois falou que não queria. — Respiro fundo, e fecho a mão contra a xícara com bastante força, pra me segurar e não começar a quebrar tudo novamente, mas vou me controlar.

— Não tô nem aí, não é da minha conta. — Falo, transparecendo normalidade, mas a vontade de encontrar esses filhos da puta e os quebrarem ao meio tava me consumindo cada vez mais.

Checkers Of Traffic | NoartDove le storie prendono vita. Scoprilo ora