38: Bad Dreams Happen

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Atlanta - GA

P.O.V Noah Urrea 02:34 a.m.

Me mexi na cama, ficando de busto pra cima e por impulso fui abrindo meus olhos devagar, vendo a Sina dormindo ao meu lado.

Bocejo e puxo uma parte da coberta pra mim, cobrindo a região do meu abdômen e fecho os olhos, ou pelo menos tento, pois quando vejo a Sina se mexer eu desperto.

— Foi culpa sua. — Ela fala, e enrugo a testa, a olhando mesmo deitado e a vejo balançar a cabeça, enquanto ainda se mantém deitada. — Ele vai me odiar sim, eu tenho certeza. — Ela fala novamente e aquilo me assusta, por isso me sento na cama e me aproximo dela, virando o seu rosto pra mim e a vejo com a testa toda suada, mas ela estava dormindo.

— Ei, Si...

— NÃO TOCA EM MIM! — Ela grita e arregalo os olhos, ascendendo o abajur do meu lado e volto a minha atenção nela.

— Sina, acorda. — Falo, e dou um tapinha no seu rosto, mas isso não adianta de nada, porque ela segura forte na minha mão e abre os olhos. — Tudo bem? — Pergunto, e ela se senta na cama rapidamente, ainda segurando a minha mão com bastante força e a torce. — Ai porra! — Resmungo, com dor e sinto meu rosto arder fortemente, quando ela me acerta um tapa em cheio.

— FOI POR SUA CULPA, EU TE ODEIO. — Ela volta a gritar e começa a me dá tapas fortes em vários lugares. Eu tava insano porque não sabia o que estava acontecendo.

— O quê é isso? — Pergunto, usando meus braços como escudo pra não ser atingido pelos tapas e ela não me responde nem nada, segue me batendo e dessa vez com o punho fechado, me obrigando a jogá-la na cama e ficar sobre ela, prendendo seus pulsos contra o macio com bastante força. — Sina, acorda! — Grito, nervoso e olho nos seus olhos, vendo suas pupilas três vezes maior que o comum, completamente dilatadas e aquilo me assustou, principalmente pelo fato dos seus olhos azuis estarem sem vida alguma e escuro.

— FOI CULPA SUA! — Ela grita novamente e se estriba forte abaixo de mim, enquanto ainda a imobilizo pelos braços.

— Não é real, abre os olhos. Você tá dormindo. — Falo, tentando fazê-la acordar do pesadelo em que estava, mas não consigo de maneira alguma.

Ela volta a se estribar com extrema força abaixo de mim e levanta seu joelho em cheio, acertando as minhas bolas sem dó nem piedade.

— Ah... — Gemo de dor, caindo ao lado direito na cama, sentindo minhas bolas pegarem fogo de tanta dor que eu sentia.

A vejo ficar de joelhos sobre a cama e me encara nos olhos, o que me deixa muito assustado, pois dava a impressão de que alguma coisa havia tomado conta do seu corpo e obrigando ela a fazer aquilo, pois ela não era assim, não era.

— O quê você... — E paro de falar, quando ela acerta com o seu cotovelo em cheio contra a minha cabeça, me fazendo perder a paciência completamente.

Uso a minha força bruta total e me ergo na cama, tentando segurar nos seus braços, que ainda seguem me tapeando fortemente e falho novamente, porque dessa vez ela pega a jarra de vidro que estava sobre o criado mudo do meu lado e acerta em cheio contra a minha cabeça, que sangra rapidamente.

A dor era insuportável e o impacto me fez cair no chão, morrendo de dor e a vejo se levantar da cama com uma rapidez surreal, se aproximando de mim e me chuta fortemente no estômago, fazendo as dores se alastrarem pelo meu corpo ficarem cada vez pior.

— VOCÊ MATOU O MEU PAI! — Ela grita novamente e enrugo a testa, tentando entender bem o que se deve tá passando na cabeça dela nesse momento, mas as dores no meu corpo, nas minhas bolas e na minha cabeça, que continua sangrando me impede completamente. — É TUDO CULPA SUA. — Ela se aproxima de mim e pega no meu braço, o que me faz arregalar os olhos, já sabendo o que ela iria fazer.

Checkers Of Traffic | NoartWhere stories live. Discover now