Checkers Of Traffic | Noart

1: "Like over a year ago"

New York - EUA

P.O.V Sina 08:34 a.m.

Meu corpo estava em êxtase total por dentro, eu não conseguia acreditar no que os meus olhos viam. Parecia mentira e ao mesmo tempo verdade, pois não achei que o veria novamente depois de tantos meses. Depois da ida embora dele naquela manhã de sexta feira.

Me assustou o fato do meu coração não bater acelerado ao olhar nos seus olhos, porém o sentimento que me corrompeu naquele momento foi medo e preocupação, pois eu jurei pra mim mesma que eu não o veria mais e agora ele me aparece de frente, pra trabalhar comigo todos os dias e me fazer vê-lo sempre.

— Eu sei que juntos vamos fazer essa casa crescer cada vez mais. — O Brian fala, e sigo encarando friamente o Noah, sentindo minhas mãos suarem frio de nervosismo. — O Urrea tem grandes negócios em Atlanta, essa parceria vai nos render cada vez mais. — Respiro fundo e desvio o olhar do Noah, umedecendo os lábios em seguida.

— Ah... que bom. — Falo, baixo e dou-lhes as costas, disfarçando enquanto finjo mexer em alguma coisa na minha mesa.

— Bem, a gente pode trocar algumas ideias agora, o que me dizem? — O Brian pergunta, e por mais que eu tentasse não ligar pra presença dele ali, eu ligava, pois era impossível de ficar bem, dividindo o mesmo espaço que ele. — Noah, pode falar o que você deseja planejar, iremos te ouvir. — Ele volta a falar e o silêncio para naquela sala, me obrigando a olhá-lo e vê o quão perdido assim como eu ele estava.

— Ah... — E se perde nas palavras, devido a situação e molha os lábios involuntariamente, olhando pra mim e desviando em seguida rapidamente. — Eu... Fiz uma linhagem de planos pra nós... É... — Ele não conseguia nem falar nada assim como eu, pois o trânsi era nítido.

— Podemos deixar pra noite? — O Brian fala. — Eu tenho que fazer uma coisa agora pela manhã com o Henryk, mas se quiserem ficar e conversarem, têm total liberdade.

— Claro.

— Sina, porque não vai apresentar a casa pro Noah? Assim vocês vão se conhecendo mais, além do mais, a partir de agora somos todos sócios. — Dou um sorriso amarelo, colocando o cabelo atrás da orelha.

— Ah... Olha, Brian eu...

— Tudo bem. Fique a vontade, Noah. — Ele sai e travo o maxilar, ficando perdida.

Eu não tinha coragem de olhá-lo nos olhos, não tinha sequer o mínimo de coragem de encará-lo depois de tudo o que aconteceu.

— Essa é a sua mesa. — Foi o jeito falar. Aponto pra mesa em que a Joalin fez as contagens das pilhas ontem. — O cofre fica naquela sala... — Aponto, levando a sua visão junto. — E as outras partes do cassino se você quiser conhecer, terá que ir sozinho. Eu não tenho tempo pra fazer isso. — Falo, indo até a minha mesa e sinto o meu sangue congelar por dentro, quando ele segura no meu pulso.

Engulo em seco e olho lentamente nos seus olhos, vendo puro ódio neles, os mesmos que estavam mantidos em mim.

— O quê você tá fazendo aqui? — Ele pergunta, e é nesse momento que eu o encaro com deboche. — Trabalha aqui ou está me perseguindo? — Arqueo as sobrancelhas, e agora sim noto que ele está a base de drogas.

— Não é permitido trabalhar ao efeito de drogas, então sugiro que volte pra casa e quando estiver em sã consciência... Se quiser, pode voltar a trabalhar. — Falo, e faço ele travar o maxilar, espumando de raiva pelos olhos.

— Não teste a minha paciência, Sina. Eu não tenho tempo pra isso. — Rolo os olhos e respiro fundo, finalmente sendo eu mesma.

— Então somos dois. Como pode ver eu estou trabalhando e não te perseguindo.