2.9 [Reescrito]

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!AVISO!

A fanfic passou por um processo de reescrita, o livro 1.0 - LAÇOS DESTRUÍDOS - está atualizado. Os nomes de alguns personagens foram modificados como o da protagonista, era Maria e foi mudado para Jane. Portanto se estiver Maria no capítulo é porque não foi reescrito ainda e caso já tenha sido, peço encarecidamente que me avise no pv o capítulo


Seul, Coreia do Sul - 18:04 p.m
Jungkook Point of View

- Você vai ter que ir no meu colo. - Disse segurando Jane estilo noiva, ela realmente era leve pra mim e se mexesse demais ia dar merda com sua perna. O machucado parecia um tanto fundo e quanto mais mexesse, mais sangue sairia causando risco grave de hemorragia interna ou externa.

Vi a van dos meninos se aproximarem de longe parando um pouco antes da explosão.

- Ficou louco, seu tarado! - Ela tentou sair mas acabou por gemer sentindo dor na perna. - Ah, porra.

- Pare de ser marrenta e fique quieta, se não o vidro vai ficar mexendo. - Encarei mais uma vez a ferida quase aberta.

Já tinha passado por muitas situações assim e as marcas no meu corpo não me deixam mentir, já senti esta dor e tenho certeza de que ela não aguentaria caso não chegássemos logo.

- O que aconteceu? - Taehyung perguntou encarando a coxa dela com nojo, era outro que também já tinha passado por situações assim mas continuava tendo nojo quando via.

- Ela ficou no meu saco a horas pra poder ir ao shopping, foi tempo suficiente para instalarem uma bomba no carro, sendo mais especifico de baixo do carro. O rádio foi conectado e começaram a contar trinta segundos. - Contei sentindo um desconforto nas minhas costas pelos pequenos cacos de vidro que entraram ali.

- Completamente planejado. - Taehyung encarou a pista do lado de fora, já imaginando alguma coisa.

- O que foi?

- Acho que tem um infiltrado entre nós. Pense bem, nossos carros só os seguranças tem acesso quando estão aqui na mansão. A pessoa sabia que você mandou preparar o carro, sabia que você iria sair aquele horário. Então há duas possibilidades: Ou a própria pessoa colocou, ou ela tem o contato de quem fez isso. - Suspirei fundo, claro que sua teoria fazia sentido.

Havia novos seguranças, na maioria das vezes treinados pelo próprio Taehyung. Mas seguranças iniciantes não olham os nossos carros.

- Vou reunir todos depois e averiguar isso. - O carro estacionou e eu desci com Jane que permaneceu quieta chorando no meu colo, encarando o vidro e o sangue escorrendo pelas suas pernas. - Calma, nós já vamos arrumar isso. - Disse a ela assim que entrei em casa.

Areum assistia um jogo idiota com Hoseok, eles estranharam nos ver cheios de sangue e os pingos dos mesmos pelo chão branco.

- Areum, pega a maleta de primeiros socorros e sobe pra o meu quarto. - Porque eu disse que subiria pra lá sendo que ela tem seu próprio quarto?

Quando percebi já tinha deitado ela no lençol cinza escuro da minha cama ajeitando sua perna e tomando cuidado pra não machucar ainda mais.

- É você quem vai fazer isso? - Jane pareceu desesperada. Tudo bem que não passava confiança o suficiente mas o mais experiente daqui sou eu, bem, com exceção da Jane que é formada em enfermaria.

- Relaxe, sei que não confia em mim, mas não vou machucar você. - Areum chegou com os primeiros socorros colocando do meu lado e me entregando um pano quente pra limpar todo aquele sangue e retirar o vidro.

- Me deixe fazer isso. - Areum tomou frente me empurrando e colocando as luvas.

- Você preocupada comigo? - Jane fez uma careta ao olhar pra Areum, que revirou os olhos.

- Acredite, eu também vivia uma vida normal antes de entrar nisso tudo, então eu sei muito bem o que é passar por isso. Jungkook cuida do resto, vou apenas retirar o vidro, a mão dele é pesada demais. Bufei vendo ela se posicionar para retirar o vidro. - Feche os olhos ou terá pesadelos por uns dias. - Avisou ela.

Jane fechou os olhos e gritou assim que sentiu o pedaço de vidro sendo retirado, era maior do que imaginamos mas ainda sim não tinha chegado no osso. Areum retirou o vidro e saiu dali colocando o mesmo numa bandeja de ferro.

- Já foi, agora eu vou te dar uma dose de maconha. - Preparei a agulha colocando o líquido viscoso dentro.

- Como? Jungkook...

- Calma, isso fara você sentir menos dor. Relaxa você só vai sentir sono depois. - Ela concordou com medo e insegura, afastei o seu cabelo e coloquei toda a agulha dentro do seu pescoço. Ejetei todo o liquido lá dentro e ela relaxou deitando completamente a cabeça no travesseiro.

- Por favor, faça isso rápido. - Pediu ela, fungando.

- Vou limpar direitinho antes de suturar. - Disse pegando as gases e o soro. Molhei as gases passando lentamente pelo musculo e por todo o sangue que saia da ferida.

Ouvir ela gemendo de dor não era tão prazeroso, eu costumava ser tão masoquista a ponto de amar pessoas sentindo dor e sendo torturadas desta forma, já que é o medo de muitos. Contudo ver ela assim, frágil, deitada na minha cama pedindo pra que acabasse logo com aquilo. Foi o auge pra mim.

Sabia que ela era uma inocente. Uma inocente colocada num mundo completamente diferente do normal por um pai falso que só estragou a sua vida. Uma completa desgraça. Nosso principal lema é não matar inocentes, nós matamos quem nos deve, quem já fez crimes e ainda os comete, quem já matou, abusou, torturou. Nunca um inocente que só quer viver a vida e morrer de velhice como todo mundo.

Preparei a agulha para começar a suturar. Coloquei a linha preta e juntei as duas partes da grande abertura deixada pelo vidro. Verifiquei se não tinha mais nenhum caco antes de fechar e comecei o trabalho.

A maconha não iria fazer efeito tão rápido, então ela ainda ia sentir poucas pontadas da agulha em sua pele. Depois daqui eu teria que leva-la para tomar um banho e deixar ela dormir livremente na cama. Este é o pior efeito da maconha, o sono e a lerdeza que ela nos da. Ela soltava uns gemidos de dor baixos, conforme eu ia passando a agulha. Fiz aquilo o mais rápido que pude, terminei limpando o sangue de cima do local e limpando minhas mãos.

Agora a minha tarefa era levar ela pra tomar um banho e trazer ela de volta pra cama, não podia deixar ela no lençol sujo de sangue e desta forma ali. Me aproximei e agradeci por ela só está com um vestido, não iria ser difícil de tirar.

Puxei o mesmo pra cima vendo ela olhar para o teto, não tendo muita consciência. Retirei o seu sutiã e a sua calcinha pegando ela estilo noiva para colocar na banheira, céus ela ria e se mexia como uma criança.

Preciso me lembrar de nunca mais dar maconha a ela.

DANGER | Livro I • JJKWhere stories live. Discover now