You And I || z.m

Capitulo 13

“Olá para ti também.” Aquela figura alta falou, olhando-me de cima a baixo, o que foi um bocado constrangedor.

“O que é que estás a fazer aqui?” Perguntei nervosa. Eu não queria que ele estivesse ali. Eu sei o que ele quer e eu ainda não estou preparada para isso, não depois do que se passou. Pensei que nunca mais o iria ver, e agora, ele está na porta de minha casa, provavelmente à espera que eu o convide a entrar.

“Queria falar contigo. Já não nos vemos há…” Fez uma pausa para pensar. “ Dois, três anos!”

“E queres falar sobre quê?” Perguntei. Engoli em seco, fazendo figas mentalmente para que ele se fosse embora.

“Sobre a tua vida agora, sobre a nossa vida há três anos.” Fez uma pausa, dando um passo na minha direcção, sem tirar os seus olhos dos meus. “Sobre nós.” Eu não tive reacção. Eu só não queria falar com ele neste momento, não queria relembrar a dor que ele me causou há mais de dois anos. “Posso entrar?” Inquiriu, quando reparou que não ia obter qualquer resposta da minha parte.

“Não.” Uma voz suou atrás de mim, e senti uma mão pousar sobre a minha cintura. Eu olhei para a pessoa que estava ao meu lado e as minhas pernas tremeram. “Nós já estávamos de saída.” O Zayn informou, recebendo um olhar ameaçador por parte do Ash.

“Depois falamos, Jen.” O Ash piscou-me o olho e virou costas, afastando-se cada vez mais de nós.

“Obrigada Zayn. És o meu anjo.” Abracei-me a ele, depois de dar um suspiro de alívio.

“De anjo eu não tenho nada, acredita, mas faço tudo para te proteger.” Estas palavras trouxeram-me uma grande alegria e um sorriso surgiu involuntariamente no meu rosto. “Mas o que é que ele queria?” Inquiriu, afastando os nossos corpos e encarando-me, segurando a minha face com a mão direita.

“Longa história.” Respondi e virei costas, indo para a sala, mas antes que o pudesse fazer, a sua mão forte agarrou o meu braço e puxou-me para ele.

“Eu tenho tempo.” Deixou a sua mão deslizar pelo meu braço e agarrar na minha, puxando-me para fora de casa.

“Onde vamos?” Perguntei, encarando-o confusa.

“Dar uma volta. Eu quero saber o que ele queria de ti.” Falou calmamente, olhando para a frente.

“E se eu não quiser contar?” Fiz-me de difícil.

“Mas eu quero que tu contes.” Parou bruscamente, encarando-me com um ar mais sério. “Porque é que não queres contar?” Eu baixei o meu olhar até aos meus pés, mas a sua mão livre levantou o meu queixo, fazendo com que o encarasse. “Não confias em mim?” Questionou quando reparou que não ia obter resposta.

“Confio.” Apressei-me a dizer. “Mas eu não gosto de falar sobre isso.” Olhei para o chão, enquanto ele me encarava com um ar preocupado. Andamos durante algum tempo em silêncio, até que ele parou e se sentou num banco de jardim. Fez um gesto com a mão para que eu me sentasse ao seu lado e assim fiz. Ele envolveu a minha cintura no seu braço e puxou-me para mais perto dele, fazendo com que os nossos corpos chocassem. Com a sua mão, levantou a minha face até que os nossos olhares se cruzassem e, de seguida, encostou a sua testa à minha. Pude sentir a sua respiração calma e quente contra a minha cara.

“Conta-me.” O meu coração começou a bater mais depressa e a minha respiração acelerou, no que resultou um sorriso convencido por parte do Zayn.

“Isso é um golpe baixo.”

“O quê?” Perguntou confuso, mas não separou as nossas testas.

“Estás a tentar seduzir-me para eu te contar.” Afirmei, enquanto tentava acalmar a minha respiração. Ele deu uma leve gargalhada e afastou-nos alguns milímetros.

“Estás a ficar seduzida?” Perguntou com os seus olhos a brilharem.

“Não.” Menti. “Eu disse que estavas a tentar, não disse que estavas a conseguir.” O seu sorriso desapareceu, ao contrário do meu que aumentou.

“Conta-me.” Pediu, fechando os olhos e voltando a colar as nossas testas.

“Porque é que estás tão interessado?” Inquiri, depois de dar um pequeno suspiro.

“Eu preciso de saber. Eu sei que ele te fez sofrer e quero saber os motivos.” Explicou, mantendo a sua voz calma.

“Zayn…” Suspirei o seu nome e um enorme sorriso surgiu nos seus lábios. “Não vais desistir, pois não?”

“Não.” Respondeu confiante e eu bufei, derrotada.

“Há três anos atrás, eu era a namorada do Ash.” Iniciei, afastando as nossas cabeças e encarando os meus dedos, enquanto brincava com estes. “Ele nasceu e cresceu aqui, e éramos amigos desde que me lembro. Depois começamos a namorar e passados dois anos do inicio dessa relação, aquilo aconteceu.” Disse, com esperança que não tivesse de ser mais objectiva quando disse ‘aquilo’.

“Oh meu deus, eras tão nova!” Ele afirmou surpreendido, e eu lancei-lhe um olhar ameaçador.

“Mas uns dias depois disso acontecer, ele ficou esquisito e, do nada, foi-se embora, deixando apenas uma carta a dizer que me amava.” Eu mordi o lábio inferior, tentando engolir o choro. Ele foi o primeiro rapaz que eu amei a sério, o meu primeiro namorado, e foi a pior experiência da minha adolescência. O Zayn permanecia calado, olhando-me com um ar de pena e, ao mesmo tempo de raiva. “Diz alguma coisa, Zayn.” Pedi, quando o silêncio entre nós se tornou constrangedor.

“Não sei o que te diga, a não ser que esse Ash é um animal.” Falou muito sério e puxou a minha cabeça para o seu peito dando-me um beijo nesta. Eu rodei os meus braços à volta da sua cintura e permanecemos assim durante algum tempo. Era tão confortável estar nos braços dele. Ele transmitia-me segurança, coisa que já não sentia há muito tempo. “Está a escurecer. Vou levar-te a casa.” Ele separou os nossos corpos, mas continuamos de mãos dadas, e levantou-se, puxando-me em seguida para que me levantasse também. Ele virou-se de costas para mim e baixou-se um pouco, o que me fez levantar uma sobrancelha.

“Sobe.” Ele meio que ordenou e eu obedeci. Dei um pequeno salto e subi para as suas costas, envolvendo o seu pescoço nos meus braços, mas com cuidado para que não o magoasse.

Fomos o caminho todo a fazer brincadeiras ridículas e, no que pareceu menos de cinco minutos, já estávamos à porta de minha casa. Ele pôs-me no chão cuidadosamente e virou-se de frente para mim, deixando os nossos corpos a poucos milímetros de se tocarem.

“Obrigada por me trazeres a casa.” Agradeci, principalmente por me poupar ao esforço de vir a pé.

“De nada.” Limitou-se a dizer, deixando-nos outra vez num silêncio constrangedor. Ele observava cada feição do meu rosto, enquanto eu apenas olhava para os seus olhos castanhos-escuros. Reparei que ele se tinha fixado num sítio e demorei alguns segundos até perceber que eram os meus lábios. Eu queria beijá-lo. Eu desejava-o mais que tudo neste momento. Mas será apenas desejo, o estou apaixonada?

A minha linha de pensamentos foi quebrada quando senti os seus lábios chocarem nos meus, num beijo calmo, mas com desejo, não só da minha parte, mas também da dele.

Oi!!!

Desculpem ter demorado tanto a publicar este capitulo, mas na semana passada estive de férias e não consegui escrever nada :( mas prometo que agora vou demorar menos tempo a publicar :)

Já agora aproveito para agradecer a todas as pessoas que lêem esta fic, que votam e comentam. Não imaginam o quanto me fazem feliz :)

Beijos princesas <3