You And I || z.m

Capitulo 15

Jennifer POV

Cheguei à escola ao lado de Zayn. Os olhares indiscretos das pessoas que ali se encontravam caíram sobre nós, murmurando algumas coisas em seguida. Vi um sorriso formar-se nos lábios do Zayn, provavelmente devido à atitude das pessoas que nos olhavam.

Os rapazes já estavam na escola, pois pude observá-los não muito longe da entrada. Percorremos o caminho até onde eles estavam, recebendo os seus olhares maliciosos.

“Mas isto vai ser assim todos os dias?” O Harry perguntou, sem tirar o seu sorriso malandro do rosto.

“Vai.” O Zayn afirmou, olhando para mim com um sorriso meigo.

“Que fofos!” O Niall e o Liam murmuraram ao mesmo tempo, mandando-nos beijos no ar. Já o Louis foi mais longe e virou-se de costas para nós, envolveu o seu tronco nos seus próprios braços e fez movimentos com estes nas suas costas. Apesar de ele estar a gozar comigo e com o Zayn, nós não nos conseguimos controlar e começamos a rir descontroladamente.

“Manhã estragada!” O Harry bufou, fazendo um gesto com a cabeça apara que olhássemos para a entrada da escola. Paramos imediatamente com as brincadeiras e olhamos para onde ele nos pediu. Avistamos o Ash com o seu grupo a entrar na escola. Vinham todos vestidos com roupas escuras, cabelos perfeitamente despenteados e as suas caras sorridentes, mas um pouco convencidas. Principalmente o Luke!

Voltei a virar a minha atenção para o meu grupo, mas eles não fizeram o mesmo. Continuaram a observar os passos dos quatro rapazes à medida que se aproximavam de nós.

Eles pararam a poucos metros do local onde estávamos. Uma grande tensão se instalou entre o meu grupo e o deles. A troca de olhares entre os rapazes era assustadora.

“O que é que se passa?” Eu inquiri, mas apenas o Zayn parece ter ouvido a minha pergunta.

“Nada de especial.” Ele afirmou, calmamente. Passou a mão pelo seu cabelo escuro e voltou a olhar para aquele grupo. Eu revirei os olhos e tirei o meu telemóvel do bolso das calças, para mandar uma mensagem à Danielle.

‘Anda depressa para a escola. Estou num ambiente muito desconfortável!’

Não tardou muito a receber a sua resposta: ‘Estou a entrar na escola.’

Olhei para a portaria e lá estava ela, na fila para entrar.

“Eu vou buscar a Danielle à portaria.” Informei, mas nenhum deles comentou. Dei dois passos na direcção contrária onde estava antes, mas fui interrompida por um “espera” vindo do Zayn. Ele aproximou-se e eu levantei-lhe uma sobrancelha.

“Que foi?” Perguntou, rodeando os meus ombros pelo seu braço.

“Isso pergunto eu! O que é que se passa entre vocês e o grupo do Ash?” Questionei, tirando o seu braço dos meus ombros. Ele bufou frustrado e continuamos o caminho até à portaria.

“Esta noite vamos dar uma volta e eu explico-te.”

“Não te escapas.” Avisei e fui cumprimentar a Danielle.

*

Eu e o Zayn estávamos no parque, parados há já algum tempo num banco de jardim pintado de verde, mas ele ainda não tinha proferido uma única palavra a respeito daquilo que eu queria saber.

“Zayn, conta!” Pedi pela quinta vez em três minutos. Ele suspirou derrotado e olhou-me.

“Porque é que tu és assim tão teimosa?”

“Porque é que tu me escondes coisas?” Inquiri no mesmo tom de voz que ele, que voltou a olhar para as suas mão, que brincavam com um relógio que ele tinha no pulso.

“É complicado. Há muita coisa que eu não te posso contar. Eu queria, mas não posso!” Eu suspirei vencida.

“Então prometes que quando puderes, me contas?” Perguntei, quando percebi que não ia obter a resposta que desejava. Ele encarou-me surpreso com a minha reacção e abanou a cabeça afirmativamente, formando-se de seguida um sorriso nos seus lábios.

“Ainda não falamos sobre ontem.” Ele quebrou o silêncio que se instalou entre nós.

“Como assim?” Será que ele está a falar do beijo? Por favor, não.

“Hm…sabes… do beijo?” Ele balbuciou. Eu olhei ao meu redor, só para não ter de o encarar. O parque estava vazio. Éramos as únicas pessoas que nos encontrávamos neste local, apenas iluminado pela luz fraca dos candeeiros. Era um bocado assustador, mas estranhamente eu não me sentia amedrontada. Acho que o facto de ter o Zayn à minha beira me traz segurança!

Senti a pele fria da mão do Zayn tocar no meu queixo, fazendo com que eu virasse a cara para ele. Os seus olhos castanhos-escuros cruzaram-se com os meus.

“Eu fiz-te uma pergunta.” Murmurou. Ele levou a sua mão livre à minha cintura e puxou-me para mais perto dele. Cada vez que ele me toca, sinto uma faísca a acender-se dentro do meu corpo. Eu sorri timidamente, relembrando o momento da noite anterior.

“Foi bom.” Respondi envergonhada. Era tão esquisito falar sobre isto com o Zayn, e não sei bem porquê.

“Só isso?” Reparei que o seu olhar não estava mais parado no meu, mas sim nos meus lábios. Ele humedeceu os seus e passou a mão que segurava o meu queixo para o meu pescoço. Ele colou os nossos lábios, num beijo calmo e apaixonado, que depressa se tornou mais selvagem. As nossas línguas movimentavam-se numa sintonia perfeita. Eu levei a minha mão esquerda ao seu pescoço e a direita ao seu cabelo macio, apertando-o levemente. As suas mãos, que estavam agora na minha cintura, agarravam-me firmemente.

“Vamos parar por aqui.” Ele falou entre o beijo. “Eu excito-me facilmente.” Eu separei os nossos lábios e dei altas gargalhadas. Ele também se riu, mas de uma forma mais calma. “Já está a ficar tarde. É melhor eu ir levar-te a casa.” Ele falou, olhando para o relógio no seu pulso, quando o meu riso já tinha acalmado mais. Eu anui e levantei-me, encarando-o em seguida, à espera que ele fizesse o mesmo.

“Estás assim com tanta vontade de ir embora?” Ele inquiriu. Eu ri-me da pergunta dele e estiquei a minha mão para que ele a agarra-se.

“Por mim, ficava contigo a noite toda.” Murmurei, envergonhada com as palavras que me estavam a sair da boca. Os seus lábios curvaram-se, formando um sorriso perfeito. Ele pegou na minha mão e levantou-se.

“Então anda passar o fim-de-semana a minha casa.” Ele pediu, pondo as suas mãos na minha cintura. Um sorriso esboçou-se involuntariamente nos meus lábios.

“Não sei se deva.” Tentei fazer-me de difícil. Ele fez beicinho, o que o tornou ainda mais irresistível que o normal. Eu envolvi o seu pescoço nos seus braços e depositei um beijo no canto da sua boca. “Eu vou.” Aceitei e ele sorriu de forma vitoriosa.