Capitulo 46

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“Já chega por hoje.” Afirmei, deixando-me cair de costas no chão da sala de estar de casa do meu namorado.

Tinha sido convidada pelo mesmo para vir estudar a sua casa devido à necessidade que tenho de subir as minhas notas.

A início, iria ser o Zayn a dar-me explicações, o que foi um erro visto que não nos conseguíamos concentrar minimamente nos livros que se encontravam perante nós, na mesa de centro da sala.

Por isso, tive de pedir ajuda ao Liam. Para além de ser o rapaz que tem as melhores notas dos cinco, é também o que me faz perceber melhor a matéria de biologia.

“Concordo.” O Liam disse, deixando que um suspiro saísse dos seus lábios. Levantou-se do chão e acabou por se sentar no sofá que se encontrava mesmo atrás de si.

“Já acabaram?” A voz do Zayn fez-me erguer um pouco a cabeça para poder contemplar um pouco da sua beleza. As suas roupas eram escuras, como sempre, e o seu cabelo estava perfeitamente penteado sem nenhum fio fora do lugar. Nas suas mãos trazia dois copos de vidro que permitiam observar o conteúdo dos mesmos.

“Sim.” O Liam confirmou a suspeita do meu namorado. Ele aproximou-se do amigo e entregou-lhe o copo com um líquido vermelho, o qual tenho a certeza ser o mesmo líquido que os mantém vivos.

“Levanta-te preguiçosa.” O Zayn ordenou com a sua voz suave. Com muita dificuldade, apoiei os meus braços no chão para que fosse mais fácil para mim levantar.

Assim que conclui essa acção, caminhei lentamente até ao Zayn, que se mantinha de pé ao lado do amigo. Este esticou-me o braço, oferecendo-me um copo cujo líquido contido nele era cor de laranja. Não demorei a pegar nele e a levá-lo aos lábios para matar a secura da minha garganta. Dei dois goles e voltei a afastar o objecto de vidro da minha boca.

O braço do Zayn envolveu a minha cintura e puxou-me para ele, fazendo com que os nossos corpos chocassem de uma maneira não muito suave.

“Pronto, já vai começar.” O Liam murmurou, mas não se deu ao trabalho de o fazer suficientemente baixo. Ele levantou-se, ainda com o copo em mãos, e saiu do nosso campo de visão através da porta que dava acesso ao corredor dos quartos.

O meu olhar, que acompanhou os passos do Liam até que este desaparecesse, voltaram a dar atenção ao rapaz que pressionava o meu corpo contra o seu. O espaço existente entre os nossos lábios ia diminuindo lentamente, até que estes se colaram para dar início a um beijo calmo, mas cheio de amor.

Isto era o que eu mais gostava quando o Zayn me beijava. Ele transmitia a intensidade do amor que sentia por mim nestes simples momentos. Nunca me senti tão amada nem tão desejada por ninguém e isso deixava-me muito feliz.

“Eu logo vi que este silêncio só podia significar uma coisa.” A voz tranquila do Harry fez-nos separar de imediato, embora não seja a primeira vez que ele nos apanha nestes momentos.

“E como sempre tinha de vir alguém para estragar.” O Zayn reclamou virando a cara na direcção do seu amigo de cabelos encaracolados, que soltou um sorriso vitorioso, voltando para a cozinha em seguida. Lugar de onde não deveria ter saído.

“Bem, eu vou andando. Daqui a pouco tenho de estar em casa para jantar.” Informei, depositando em seguida um beijo rápido nos lábios do Zayn.

“Queres que eu te leve?”

“Não é preciso.” Afirmei. As minhas mãos voaram até à sua face, posicionando-se de cada lado da sua face, e aproximei o seu rosto do meu para lhe oferecer um beijo de despedida. Um mais longo e mais complexo, no qual os nossos lábios se moviam lentamente e em perfeita sintonia.

Separei os meus lábios dos seus, bem como os nossos corpos, e baixei-me à beira da mesa de centro, onde ainda estavam os meus cadernos e canetas espalhados. Arrumei tudo na mochila e coloquei a alça da mesma sobre o meu ombro, como sempre fazia.

“Até amanhã.” Despedi-me do Zayn, depositando mais um beijo na sua boca e dirigi-me até à porta, saindo pela mesma em seguida.

Vi-me obrigada a deslizar o fecho do meu casaco castanho até perto do meu pescoço devido ao vento frio que percorreu o meu corpo e o arrepiou por completo. Levei ambas as mãos aos bolsos do mesmo para que estas aquecessem ou pelo menos não ficassem mais frias que o que já estavam e iniciei o meu caminho rumo a minha casa.

Não era uma longa caminhada até minha casa, mas custava muito menos se o tempo estivesse mais ameno.

Senti o meu telemóvel vibrar no bolso das minhas calças. Dei um grunhido de desaprovação, visto que teria de deixar a minha mão à mercê do vento para poder ler a mensagem que tinha recebido.

Tirei a mão do aconchego que era o bolso do meu casaco e levei-a até ao bolso das calças, tirando de lá o pequeno objecto preto. Deslizei o dedo pelo ecrã do mesmo e deixei que os meus lábios se curvassem perante o pequeno conjunto de letras que me tinha sido enviado. “Amo-te” era o que a mensagem dizia.

Escrevi uma resposta para enviar ao Zayn, embora a tarefa de escrever apenas com uma mão, que se encontrava gelada, não fosse fácil. Depois de algumas letras mal colocadas e várias apagadas e substituídas, consegui enviar um “também te amo”.

Guardei o telemóvel no bolso de onde o tinha tirado e voltei a colocar a minha mão no bolso do casaco, permanecendo com o sorriso que a mensagem me tinha colocado no rosto.

A distância a que me encontrava de minha casa era agora muito reduzida, inclusive já conseguia ver a fachada da mesma.

“Jennifer.” Esta voz, muito conhecida por mim, fez-me parar imediatamente de caminhar e voltar-me para o local de onde ela tinha vindo. Tal como eu imaginava, pude ver uma figura não muito alta, com os seus cabelos castanhos a cair-lhe sobre os ombros cobertos pela camisola de malha branca que usava. As calças de ganga escura, tal como a camisola e as botas pretas continham algumas manchas castanhas, que à primeira vista pareciam ser terra.

A sua face continuava com o mesmo ar triste e medroso do dia anterior, quando ela acompanhou a que penso ser a minha mais recente inimiga até minha casa.

“O que te aconteceu Bea?” Não me preocupei em esconder a preocupação que sentia devido ao seu estado lastimável. As suas roupas sujas e o cabelo despenteado e cheio de nós não faziam parte, de todo, do seu estado normal.

“Eu preciso da tua ajuda.” Ela falou com uma voz fraca e o seu olhar depressa de desviou para o chão. “Eu tenho vergonha de te estar a pedir isto depois de tanto tempo sem falar contigo, mas eu não sei mesmo que fazer.” Pude ver um brilho formar-se nos seus olhos, enquanto as suas mãos viajaram até à parte superior dos seus braços.

“Anda até minha casa. Podemos falar mais à vontade.” Sugeri, visto que com a quantidade de vampiros manhosos que existe na cidade não era seguro falarmos ali.

Ela anuiu com a cabeça e depressa retomei o caminho até minha casa, agora acompanhada pela minha velha amiga.

 Às vezes consigo ser tão lamechas que até me dá vontade de vomitar. Mas adiante...

Este é o último capitulo que tinha de reserva, o que significa que muito provavelmente vou demorar mais tempo a atualizar! Choremos.

Adiante, outra vez, conhecem o Mundo Segundo? Ou os Dealema? Eu estou completamente viciada neles e o mais impressionante é que são portugueses. EU NUNCA OUÇO MÚSICA PORTUGUESA! Vão ouvir, eles são tão fantásticos!! E EU JÁ ESTIVE COM O MUNDO SEGUNDO E TIREI UMA FOTO COM ELE E QUASE QUE VOMITAVA UNICÓRNIOS E ESCALAVA ARCO-IRIS!! 

Se te deste ao trabalho de ler esta nota és uma pessoa fantástica e não, eu não sou deficiente!

Adeus

Love you all xx

You And I || z.mOnde as histórias ganham vida. Descobre agora