Ethan
Merda, não consigo acreditar que vim aqui fora para encontrar a Emma e o Ezra, aqui sentados falando de se esconder de mim. Ela se abraça ao Ezra assustada, ando a passos largos pela grama fria.
- Ethan. - Emma diz, claramente surpreendida por minha presença.
- Ethan. - Repito as palavras dela em tom de deboche.
O Ezra se afasta dela e eu tento manter a calma. Por que caralhos ela esta aqui fora com o Ezra, sozinha? Eu falei para ela me esperar. Quando perguntei para o Matt onde Emma estava, tudo o que ele disse foi "Ezra, vi eles passando". Dez minutos depois de procurar na porra daquela casa toda, decido cassar aqui fora, e aqui estão eles. Juntos.
- Eu pedi para você me esperar, linda. - sorrio tentando manter a calma e junto as mãos como se estivesse rezando.
Se eu arrebentar a cara dele, Emma não vai querer ir embora comigo, e eu não vou deixar ninguém vendo ela preferir ele do que eu.
- Era para você voltar logo querido. - Ela responde de volta.
Suspiro e respiro fundo antes de falar novamente. Estou tentando manter a calma, mas porra, ela quer tornar tudo mais difícil.
- Vamos para dentro. - digo pegando sua mão.
Tento afasta-lá do Ezra, e eh também tenho que me afastar. Se bem que eu adoraria quebrar a cara dele.
- Você podia fazer uma tatuagem de leão. - Emma me diz enquanto levanto ela do chão.
- O quê? - Essa garota deve estar bêbada.
- É...você tem que ver a nova tatuagem do Ezra, Ethan. É tão linda. Mostra para ele, Ethan. - ela sorri animada.
Por que é que a Emma estava olhando as tataugens dele, e o que eu perdi? O que mais eles estavam fazendo? Ele sempre quis ela desde a primeira vez que viu ela no evento, tal como eu, quando vi ela no meu quarto. Esse cara é um talarico.
- Eu não... - O Ezra começa. Consigo ver o quão desconfortável ele está e Emma também.
- Vai, me mostra. - mando.
Para meu horror e completa irritação, ele levanta a camisa e tira um trapo, nojento. A tatuagem é bem legal, mas para que ele mostrou isso para a Emma.
- Não é legal? - Emma sorri. - Eu tenho uma tatuagem no bumbum. - Ela fala tentando susurrar.
Ela não está falando sério. Uma parte da minha irritação foi embora devido as graças da Emma.
- Você está bêbada? - Pergunto.
- Talvez. - ela da pequenas risadas eufóricas.
- Quanto você bebeu? - eu bebi duas bebidas e ela parece que bebeu muito mais.
- Não sei... quanto você bebeu? - ela brinca, e levanta a barra da minha camiseta. As mãos geladas dela se encosta na minha pele quente e eu hesito antes de ela encostar sua cabeça no meu peito. Veja isso Ezra, ela gosta de mim.
- Quanto é que ela bebeu? - Pergunto ao Ezra.
- Sou fiscal de bebidas agora? - Ele brinca dando um sorriso para mim e eu fecho a cara. - Não tenho certeza, nos jogamos beer pong, mais usamos vodka, invés de cerveja.
- Nós quem? Espera... vocês dois jogaram? - pergunto entre os dentes.
- Não, é vodka pong. - Ela me corrige e gargalha. - Ganhamos também, duas vezes. - Ela coloca dois dedos na minha cara.
Essa é a Emma, a mulher que aparentemente estou apaixonado, a mais esperta de todas que está se vangloriando de ter ganho um jogo de bebidas.
- Vodka pura? - Pergunto.
- Foi uma mistura, so tinha um pouco de vodka. - Ezra responde.
- E você trouxe ela para cá, para o escuro, quando ela começou a ficar bêbada? - levanto a minha voz.
- Ethan, eu que chamei para cá, ficar aqui fora. Ele nem queria, porque sabia que você parece um velho rabugento.- A Emma diz para mim e tenta tirar sua mão do meu peito nu. Mas pego sua mão de volta e coloco na minha pele debaixo da minha camisa. Envolvo os meus braços em volta da cintura dela, puxando-a para mim.
- Não se esquece que se você não tivesse me deixado sozinha eu iria jogar com você. - Ela fala levemente arrastada.
Eu sei que ela está certa. Mas tem tantas pessoas para ela jogar, eu sei que ele parece ter sentimentos por ela, mas mesmo assim, nada comparado com o que estou sentindo, mas consigo ver a forma que ele olha para ela, até parece que se importa.
- Não sei, eu acho que estou certa... - sinto ela sorrie no meu peito.
- Ok, Emma. - resmungo tentando fazer ela calar.
- Vou para dentro. - O Ezra fala, colocando a mão no bolso antes de ir embora.
- Sabe acho que você deveria voltar para onde quer que você estava. - Ela tenta se afastar de mim novamente.
- Não vou a lugar nenhum. - respondo, me equivocando sobre minha ausência.
Os olhos dela estão brilhantes e ainda mais marcados com a volta preta que ela colocou nos olhos.
- Não poderia esperar que eu ficasse contente em te ver com o Ezra na frente das pessoas.
- Preferia que eu tivesse com um desconhecido? - Que garota irritante bêbada.
- Você não esta entendendo. - resmungo.
- Para de ser resmungão se não, não saio mais com você. - ela ameaça.
Quero gritar com ela, dizer que ela é chata quando está bêbada, e voltar la para cima, mas tenho que admitir que essa Emma mais atrevida que o normal é divertida. A escolha de palavras dela ao me insultar e chamar de resmungão, é fofo. Aliás ela bebeu demais, não posso deixa-lá sozinha.
- Não vou ser resmungão. - Reviro os olhos.
- Não revire os olhos. - ela me repreende e retiro os meus braços da cintura dela.
- Tudo bem Emminha. - sorrio.
- Foi isso que pensei. - ela tenta não sorrir.
- Você ta muito mandona. - Repreendo.
Sinto as mãos dela descerem pela minha barriga.
- A bebida me faz corajosa. - Ela morde o lábio inferior. - sabe o que estou pensando? - ela me pergunta e fico envergonhado por pensar besteiras.
- Me diga. - aperto sua cintura.
- Você não vai fazer a tatuagem?
Fico sério no mesmo instante.
- Vamos para dentro. - Digo.
Ela enfia sua mão dentro em cima da minha barriga e se coloca na ponta dos pés. Assumo que ela vá beijar a minha bochecha, mas ela leva sua boca ao meu ouvido. Assobio quando a mão dela desce para o ziper da minha calça.
- Acho que devíamos ficar aqui. - ela susurra.
Caralho.
- A vodka te deixa bem mais corajosa. - a minha voz se quebra...
- Sim... e me faz ficar bem ex...- ela começa a dizer demasiado alto. Cubro a boca dela quando um grupo de mulheres bêbadas passam por nós.
- Temos que ir para dentro, antes que aconteça alguma coisa. - Sorrio e as pupilas dela dilatam.
- Eu iria gostar muito se algo acontecesse. - ela diz no momento em que minha mão saí da boca dela.
- Caralho Emma, algumas bebidas e você se torna a que não tem vergonha de nada. - sorrio, bem excitado.
Tenho que ir para dentro antes que aceite a oferta dela e arraste ela para os arbustes.
- Só para você. - ela pisca o olho e não consigo segurar a risada.
- Vamos. - coloco a minha mão no braço dela e a conduzo do jardim para casa.
Ela faz beiçinho o tempo todo, fico encantada por as suas caras, ainda mais, especialmente quando ela puxa o lábio inferior para baixo. Eu poderia facilmente me inclinar e puxa- lo entre meus dentes. Posso ser tão pervertido quanto ela, sem estar bêbado. Ela ia ficar tão chateada se tivesse me encontrado fumando no quarto com os garotos, não tinha como, eles estavam esfregando quase na minha cara. De qualquer forma eu sei que o fumo séria a última das preocupações dela se ela tivesse entrado lá dentro.
Puxo ela pela multidão e a conduzo para o lugar com menos gente aqui em baixo, que é a cozinha. A Emma deita os seus cotovelos contra a pia da cozinha e olha para mim. Como é que ela está tão bonita como quanto saímos do apartamento, e todas as garotas aqui já estão horríveis? Depois da primeira bebida a maquiagem delas começam a borrar, o cabelo começa a suar e parecem estar mais desleixadas. A Emma não, parece ser o caralho de uma deusa. Comparada com todos.
- Quero outra bebida, Ethan. - A voz dela baixa.
- Você já está muito bêbada, melhor não.
- Quer destruir a minha felicidade? - Ela coloca a lingua para fora como uma criança.
-Tudo bem, mas, tem que parar de falar como se fosse uma criança. - brinco.
- Ok senhor, peço mil desculpas pela linguagem imatura, não irei repetir a...
- Ou um homem velho. - sorrio.
- Ok caralho, então vou parar porra, de falar como uma merda... - ela não termina de falar porque começamos a rir muito.
- Você está doida hoje. - digo.
- É divertido. - ela dá pequenas risadas.
Fico feliz por ela estar se divertindo, mas não consigo evitar a irritação por ela ter se divertido com o Ezra, não comigo. Vou ficar calado para não estragar a noite dela.
- Vamos encontrar o pessoal. - ela se levanta bebendo um gole da sua bebida.
- Ali estão eles! - aponto para o Matt e a Milly sentados no sofá.
Enquanto passamos pela sala de estar, um pequeno grupo de rapazes sentados no chão se vira para olhar para Emma. Ela chama a atenção dos olhos desejosos deles, puxo a barra do vestido dela mais para baixo. Mando um olhar de aviso e quase todos eles se viram, exceto um loiro que se parece levemente com o Gustavo, que continua olhando enquanto passamos. Penso em ir ate lá e perguntar qual foi dele, mas decido só pegar na mão da Emma.
A cabeça dela se vira para trás, para olhar para nossa mão juntas e os olhos dela se arregalam. Porque é que ela está tão surpresa por eu ter pegado na mão dela? Quer dizer, não é algo que eu me sinta confortável normalmente, mas, ela é minha namorada de mentira, tem que se acostumar.
- Aqui estão vocês dois. - A Milly chama enquantos nos aproximamos.
A Vicky esta sentada no chão ao lado de um cara, que penso que seu nome seja Joshua, tenho certeza que esse cara é filho de um homem que vende carros, o fazendo valer a pena em termo de dinheiro. Eles parecem completamente ridículos juntos porra, mas to feliz por ela me deixar em paz.
- Estávamos la fora. - digo.
- Estou entediado. - Jhosh, mexendo na latinha de cerveja.
- Ainda vamos sair depois? Já são quase onze horas. - Matt pergunta.
- Podemos sair depois da meia noite, ou amanhã a noite. - O Joshua sugere.
- Essa festa tá uma merda. - Vicky revira os olhos.
- Ah, eu não quero sair mais, prefiro ficar aqui. - Matt fala, ignorando a Vicky e se entreolhando com a Emma.
Sento no fim do sofá e puxo Emma para o meu colo. Vários olhos caem entre nós, mas quero nem saber. Desafio alguém a dizer algo. Em segundos todos desviam o olhar, exceto a Vicky que me dar um sorriso. Não o retorno, mas também não tiro Emma do meu colo, que é o que pensei em fazer, primeiramente.
- Deviamos jogar verdade ou desafio. - Vicky sugere, e eu lembro muito bem que ela odiava joguinhos, não brincava de nenhum e nem gostava que eu brincasse.
- É, pode ser. - Emma concorda.
- Você odeia esses jogos. - Digo revirando os olhos.
- Acho que seria divertido essa noite. - ela ri.
Sigo os olhos dela para a Emma, e nem quero pensar no que se ta passando na cabeça da Vicky.
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É vishi, atrás de eita ;-;
Boa leitura ♡