Confinada

By mryanoficial

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Ariela nunca conheceu o lado bom da vida, desde que nasceu sua vida vida foi banhada em trevas, medo, escurid... More

Bem vindo ao meu Romance trevoso \o/
Prologo
Capitulo 1 | O começo
Capitulo 2 | Luz e escuridão
Capitulo 3 | Como seria a sensação de liberdade?
Capitulo 4 | Perdas e ganhos
Capitulo 5 | Um buraco negro
Capitulo 6 | Um novo começo
Capitulo 7 | A despedida
Capitulo 7.1 | A despedida
Capitulo 8 | Perdida
Capitulo 9 | Um caminho sem volta?
Capitulo 10 | Quando tudo vem abaixo
Capitulo 11 | Qual o preço da liberdade?
Capitulo 12 - Sem rumo
Capitulo 13 - Um erro e tudo pode vir abaixo
Capitulo 14 - Escolhas difíceis
Capitulo 16 - O ultimo adeus
Capítulo 17 - O longo caminho até aqui
Capítulo 18 - Sempre alerta!
Capítulo 18 - Sempre alerta! - continuação -
Capitulo 19 - Era bom demais para ser verdade
Capítulo 20 - Uma virada inesperada
Capítulo 21 - No limite
Capítulo 21 - No limite (cont...)
Capitulo 22 - Você de novo?
Capítulo 23 - Uma surpresa nada agradavel
Capítulo 24 - Um bom plano mas não o melhor.
Capítulo 24 - Um bom plano mas não o melhor (cont...)
Capítulo 25 | Maldita língua
Capítulo 26 - Talvez seja o destino
Capítulo 26 - Talvez seja o destino (cont...)
Capítulo 27 - Uma hora as coisas saem do planejado
Capítulo 27 - Uma hora as coisas saem do planejado (Cont...)
Capítulo 28 - Águas profundas
Capítulo 28 - Águas profundas (cont...)
Capítulo 29 - Um sorriso talvez?
Capítulo 29 - Um sorriso talvez? (cont...)
Capítulo 30 - Afogando
Capítulo 30 - Afogando (cont...)
Capítulo 31 - Cair e se levantar
Capítulo 31 - Cair e se levantar (cont...)
Capítulo 32 - Partilhar
Capítulo 32 - Partilhar (cont...)
Capítulo 33 - Que os jogos comecem
Capítulo 33 - Que os jogos comecem (cont...)
Capítulo 33 - Que os jogos comecem (cont... 2)
Capítulo 34 - Preparativos
Capítulo 34 - Preparativos (cont...)
Capítulo 35 - Nervos a flor da pele
Capítulo 35 - Nervos a flor da pele (cont... )
Capítulo 36 - Inesperado
- Capítulo 36 (cont... ) -
Capítulo 37 - O grande dia
Capítulo 37 - O grande dia (cont... )
Capítulo 38 - Ora ora!
Capítulo 38 - Ora ora! (cont... )
Capítulo 38 - Ora ora! (continuação part 2)
Capítulo 39 - Alucinação ou realidade
Capítulo 39 - Alucinação ou realidade... cont 1
Capítulo 40 - Passado, Presente... futuro?
Capítulo 40 - Passado, Presente... futuro? (cont... )
Capítulo 41 - Colocando os pingos nos is
Capítulo 41 - Colocando os pingos nos is (cont... )
Capítulo 42 - Apos a tempestade vem...
Capítulo 42 - Apos a tempestade vem... (cont...)
Capítulo 43 - Novos lados
Capítulo 43 - Novos lados - cont...
Capítulo 44 - O cordeiro se tornou um lobo.
Capítulo 44 - O cordeiro se tornou um lobo - cont...
Capítulo 45 - Novos ventos?
Capítulo 45 - Novos ventos - cont...
Capítulo 46 - sensações
Capítulo 46 - Sensações cont...
Capítulo 47 - Amor, paz, diversão e algo mais
Capítulo 47 - Amor, paz, diversão e algo mais - continuação
Capítulo 48 - Laços
Capítulo 48 - Laços cont...
Capítulo 49 - Que diabos esta acontecendo?
Capítulo 49 - Que diabos esta acontecendo? Cont...
Capítulo 50 - Te peguei!
Capítulo 50 - Te peguei! - Cont...
Capítulo 51- O que eu também não entendo
Capítulo 52 - ultimato
Capítulo 52 - Ultimato - cont...
Capítulo 53 - Os próximos passos
Capítulo 54 - O que vem a seguir?
Capítulo 54 - O que vem a seguir - cont...
Capítulo 55
Capítulo 56 -
Capítulo 57
Capítulo 58

Capitulo 15 - Instintos nunca falham

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By mryanoficial


1 ano e meio depois...

Acordo assim que os primeiros raios de sol invadem a pequena  janela ao lado da cama, resmungando me levanto  e cuidadosamente vou desativando as pequenas armadilhas espalhadas pelo minúsculo e decrepito apartamento em que moro. Não me sinto segura sem elas, verdade seja dita acho que nunca mais saberei o significado disso.

Dormir era  algo dificil, o sono cada dia mais leve, qualquer minúsculo barulho me acordava, sempre fazendo meu coração disparar, talvez fosse minha imaginação ou uma especie de premonição, instinto ou mera paranoia mas sentia, sem sobras de duvidas, que eles ainda estavam atras de mim, um premio ao qual papai fez tanta propaganda que os tornou obcecados, sedentos por um gosto, uma prova. Maldito seja por mesmo após a morte continuar tentando me arrastar pro inferno.


Me arrumo calmamente para o serviço, já fazia alguns meses em que trabalhava na pequena lanchonete no bairro onde moro. O lugar não era dos melhores mas era a única opção "segura" que consegui na cidade. 

Fazia mais de um ano que havia fugido de onde moro, desde então já havia passado por três cidades diferentes, não conseguia permanecer na mesma por um longo tempo. Inicialmente tudo corria bem, conseguia emprego em um lugar afastado, onde não seria necessário qualquer tramite legal ou vinculo empregatício e o melhor de tudo receberia diariamente. Não eram os melhores lugares para se trabalhar, o salário também não era grande coisa mais era a melhor forma de me manter no anonimato, escondida, porem por mais que me mantivesse nas sombras, algo sempre atiçava meus alertas, fazendo algo dentro de mim rugir "fuja", um rugido tão forte e ensurdecedor que quando dava por mim já estava sentada em um ônibus com meus poucos pertences rumo a qualquer lugar o mais distante dali.


Vivia em um completo looping paranoico, na verdade continuo vivendo, juro que tento relaxar, tento ser o mais normal possível até por que ser diferente acaba chamando mais atenção do que deveria, mas é difícil quando se tem sempre aquele sensação de que o perigo esta ali a espreita, esperando somente um movimento em falso para se aproximar e dar o golpe.


Pronta, refaço as armadilhas das janelas e portas tomando o máximo de cuidado para não cair em uma delas. Uma das poucas vantagens de se morar nesse lugar são as varias opções de fuga fornecida e a péssima situação do local. Graças ao velho piso de tacos do corredor, era possível montar pequenas armadilhas, armadilhas que possibilitariam que ouvisse qualquer pessoa se aproximando do pequeno e solitário corredor em que se encontrava meu apartamento. 

Subir todos os seis andares de escadas não era algo fácil quando se estava exausta do trabalho, havia dias que sequer levantar os pés para subir os degraus era um enorme sacrifício, mas tudo valia a pena somente pelo alivio de ser ter vários opções de entrada e saída, de saber que não estava encurralada como um bichinho assustado.


Saio do prédio por uma das saídas traseiras, todos dia uma rota diferente, nenhum padrão, nada que pudesse ajuda-los a me encontrar. Me mantenho alerta, sempre, mas faço questão te mostrar uma despreocupação que não existe, como se fosse somente mais uma jovem andando pela cidade sem qualquer problema na vida.

Quando deixei tudo para trás,  pensei que enfim estaria livre, mas como se libertar sabendo tudo que sei? Vivendo tudo que vivi? O medo passou a ser algo dentro de mim, não uma sensação mais algo incrustado, tatuado, tão parte de mim como o sangue que circula em minhas veias.

As vezes me pego imaginando como seria minha vida se tudo fosse diferente, se tivesse me livrado disso tudo mais cedo, se tivesse conseguido fugir com mamãe, se tivessem nos ajudado na primeira vez que chamaram a policia,  tantos "se" que não levam a lugar algum só a uma enorme magoa e tristeza, um golpe profundo em meu coração que as vezes me toma o ar tão fortemente que só consigo pensar em como conseguir ficar de pé novamente e por que não me entregar a escuridão de uma vez. Mas prometi a mamãe que nada disso seria em vão, seu sacrifício não seria em vão, eu lutaria, seria feliz e me vingaria de todos.

Olhando disfarçadamente para os lados, dou mais uma volta pelas ruas adjacentes a lanchonete e finalmente entro. Como sempre Roberto o dono da lugar dispara seu olhar sujo e desejoso por mim, não importa o quando minhas roupas sejam vários números acima do que realmente deveriam ser ou o quanto tento disfarçar qualquer parte do meu corpo de ser exposta, o homem sempre me jogava esses olhares. Tento ficar o mais quieta possivel, longe de seu escrutínio, mas todos os dias temos a mesma briga sobre o bendito uniforme, se é que aquilo poderia ser chamado de uniforme, algo tão justo e curto que se ficasse pelada daria o mesmo resultado. Roberto sempre briga comigo por causa da legging que colocava por baixo do vestido, o largo casaco e claro por ter costurado o decote absurdo. Pouco me importava toda a ladainha que soltava em mim, ele nunca venceria essa luta. Para meu completo azar ou sorte ainda não saberia dizer ao certo, muitos clientes estavam ali por minha culpa, sondando a área em busca de uma oportunidade ou brecha minha e Roberto sabia por isso não me demitia e aturava minha insubordinação. 


Ha duas semanas uma nova menina foi contratada, seu nome era Livia e confesso que foi um sopro de ar naquele lugar, assim pensei, até se tornar uma enorme dor de cabeça. A menina era um doce de pessoa, tímida porem muito bonita e isso atiçou o desejo do dono e alguns clientes. Livia não era astuta como eu na arte de se livrar de toda aquela sujeira, o que me fazia trabalhar sempre com um olho atento a sua volta e claro mante-la afastada das outras duas garçonetes.

Julia e Andressa as duas musas do chefe, duas mulheres sem qualquer decência, faziam tudo que fosse necessário para tirar o máximo dos clientes e claro do patrão. Não era segredo algum que eles se encontravam algumas vezes, inclusive durante o expediente  e faziam questão de que todos soubessem, ali não rolava ciúmes, nem uma relação, tudo se baseava somente no próprio beneficio. Ambas adoravam me irritar, como se eu quisesse algo com Roberto e sentisse ciúme delas, pobre coitadas, preferia morrer dolorosamente a deixar aquele ser asqueroso encostar as mãos em mim.

_ Ei Belz! Belz? Bella! Terra chamando! - Livia sorri timidamente parando ao meu lado.

_ Desculpa! 

_ Sem problemas. Estava apenas dizendo que seu admirador secreto chegou cedo hoje. - olho em direção ao setor que me foi designado e reviro meus olhos.

_ Parece que hoje o dia vai ser longo. - solto um bufo frustrada prendendo meus cabelos em uma longa trança e sigo até a mesa do bastardo que não compreende que não é não.

_ Boa sorte! - Livia diz com uma leve risadinha.

_ Bom dia! Em que posso ajuda-lo?

_ Bom dia Bella! Esta bonita hoje... 

_ Caso queira provar, o  especial de hoje será  ovos mexidos com ervas, bacon e purê de batatas - digo interrompendo qualquer tentativa de flerte.

_ Alguém esta de mal humor - diz com um sorrizinho abusado mas ignoro.

_ Que tal mais alguns minutos para o senhor se decidir? Volto em breve. - dou as constas antes que ele tenha a oportunidade de responder. O homem era insistente mas parecia inofensivo pelo menos era o que meus instintos gritavam, ao contrario do meu chefe, com aquele eu precisava estar sempre atenta. Ainda mais agora que ele parece ter trocado de alvo e focado toda sua energia na novata.



O dia transcorreu como sempre, talvez um pouco mais movimentado que o normal graças a mais nova aquisição do lugar, Livia. As vezes rezava para que ela fosse esperta e partisse sem olhar para trás mas a menina assim como eu precisava do dinheiro. Quem estou querendo enganar, se eu mesma fosse esperta já deveria ter partido a muito tempo mas confiava em meus instintos e por mais que aquela sensação de perigo iminente estivesse ali a espreita, ela ainda não havia se tornado um sinal de alerta.

Com as costas e pernas reclamando encaro o relógio, torcendo para que já estivesse no horário da saída, mas a sorte nunca esta ao meu favor. Ainda restava uma hora até a lanchonete fechar mas o movimento estava mais fraco, poucas pessoas nas mesas, muitas na verdade só esperando sua conta. Notei Roberto se aproximando de Livia, um predador focado em sua caça, se fazendo de bonzinho,  vestindo a pele de um cordeiro para alcançar seu objetivo. Alguns minutos depois Livia largou as mesas e se foi para a porta que dava para a parte traseira do local. Meus instintos gritavam que algo estava errado, muito errado, olhei ao redor procurando as duas outras garçonetes, se algo estivesse acontecendo aquelas saberiam e ajudariam Roberto em busca de um dinheiro a mais, mas elas estavam ocupadas de mais flertando com clientes em uma área mais afastada ao fundo. 

Olhei bem ao redor, vendo se algum cliente precisava de algo mas tudo estava certo, então com uma desculpa esfarrapada de precisar de sal fui até a cozinha, fingindo encher o saleiro olhei ao redor mas nada de Livia, sai rapidamente com o coração pulsando. Ela não poderia ser tão idiota e caido na lábio do chefe,. Vou caminhando até a escritorio de Roberto, com meus ouvidos na porta tento ouvir algo mas só consigo captar silencio,  quando alguém me puxa pelo braço quase me matando de susto.

_ Caralh... - cubro a boca antes que o grito saísse.

_ Desculpa! - Livia diz baixinho - Mas o que você ta fazendo? Se ele te pega ouvindo por trás da porta ou as outras você sabe que esta ferrada.

_ Você quase me matou Livia! Eu vim saber onde você estava. O que o Roberto queria? Espero que não tenha caído nas graças dele. - digo baixinho empurrando ela para o estoque.

_Não! - seu olho se arregala e eu solto o ar que havia prendido - Eu... Eu só vim organizar as novas mercadorias no estoque, minha sessão estava vazia então Roberto me mandou pra ca.

_ Certo! Só fique atenta. Você sabe o que acontece aqui as vezes...

_ Eu... eu sei. - sua voz sai tremula.

_ Se tranque no estoque enquanto arruma e quando acabar me encontre no salão, não saia com mais ninguém, hoje você sai comigo. Entendido?

_ Vo... você ta me assustando Bella.

_ Tem alguma coisa errada hoje, eu não sei o que é mas algo esta diferente. Por favor, só fique de olho. Sempre que puder eu venho dar uma olhada em você.

_ Ta... ta bom! Mas não precisa ficar se preocupando comigo assim, eu sei me cuidar  - encaro bem seus olhos, vendo o medo neles e finjo dar de ombros. Saio andando de volta ao salão mantendo sempre um olho lá e aqui.


O tempo vai passando e os clientes aos poucos vão se dirigindo a saída, assim que o salão fica vazio começamos a limpeza, Roberto  havia voltado para o salão, falado com suas tietes e saído. Limpei o mais rápido possível, o sangue pulsando, a cabeça gritando para fugir, correr dali, mas assim que me viro para ir até Livia a campainha da porta anuncia um novo cliente.

Levanto meus olhos e quase caio de bunda não acreditando, aquele maldito cliente estava ali de novo. Tento me esconder em uma das mesas mas ele caminha em minha direção. 

_ Oi Bella!

_ Boa noite! Sinto muito mas a cozinha já esta fechada.

_Eu... eu sei disso. Vim acompanha-la até em casa se não for problema. A noite hoje esta mais escura que o normal, não seria prudente deixar uma moça sair sozinha por essas ruas.

_ Muito gentil de sua parte mas já tenho companhia. Muito obrigado. Posso fazer mais alguma coisa pelo senhor?

_ Me chamar de Pedro seria pedir muito? - Da um sorriso que para qualquer outra garota seria um arrasador de corações, mas não pra mim.

_ Claro! Sen... Pedro - Aceito para me ver livre dele o mais rápido possivel mas o homem se senta e fica me observando.

_ Pedro, nos já estamos fechando você precisa se retirar. - Minha pele inteira se arrepia, merda, algo estava acontecendo. Livia...

_ Você esta bem Bella? Esta mais nervosa que o normal.. - um estrondo na cozinha nos interrompe. Jogo o pano na mesa e saio correndo para os fundos. Assim que entro no corredor posso ouvir a voz fraca de Livia, seguida de um choro baixo e varias coisas caindo.

Avanço com tudo pelas portas da cozinha e quase tropeço ao ver Roberto  segurando Livia em uma das bancadas, puxando sua roupa, rasgando sua blusa, enquanto ela chorava e se debatia, tentando se soltar do seu aperto. Rapidamente corro até Roberto e pulo em suas costas, um braço fortemente preso em seu pescoço e o outro em um de seus olhos, as pernas mortalmente presas ao seu redor. 

Roberto grita ao meu ataque surpresa, recuando rapidamente comigo em suas costas, me fazendo bater nas varias fileiras das estantes de ferro, derrubando tudo em nosso caminho. A porta da cozinha se abre novamente em seguida um Pedro pálido invade o lugar, olhando a cena sem saber o que fazer.

_ Tire ela daqui! Agora! – grito enquanto Roberto continua tentando se livrar do meu aperto. 

Pedro foge com Livia o mais rápido possivel mas para na porta da cozinha me olhando, mas ignoro, somente gritando que fuja.

Roberto bate com tanta força em uma parede que acabo me soltando e caindo no chão, com um ódio jamais visto naqueles olhos ele se joga em mim, tentando me dominar. O homem era bons centímetros mais alto, sem falar que deveria pesar o dobro do meu peso, quando suas mãos prenderam meus braços sob minha cabeça, rujo de odio, continuo me balançando, chutando, mordendo, fazendo de tudo para me soltar de seu aperto, mas seu risinho vitoriosos me faz parar. Encaro seu rosto assustada, esperando, fingindo que ia ceder, que tinha aceitado o fim, o que viria a seguir e o coitado cai feito um patinho. Assim que seu corpo se inclina mais e mais sob o meu, os olhos queimando em luxuria e odio, deixando claro que eu pagaria por aquilo e que ele aproveitaria cada minuto daquele prazer... chuto o meio de suas pernas o fazendo cair de lado.

Livre, me levanto pronta para correr, mas ele segura meu tornozelo me desequilibrando. Antes de cair puxo a alça de uma panela e com toda a força possivel jogo sobre ele, tentando usar um dos braços para não cair de cara no chão. Ele urra quando a panela atinge sua cabeça e isso parece dar mais força ao homem. Maldito!

Me levanto, encarando bem aquele homem asqueroso, covarde. Pego uma das enormes facas sob o balcão e aponto para ele.

_ Você, seu verme imundo. Deveria entender que não é não. Não somos suas malditas prostitutas. - grito com o odio fervilhando.

_Você vai pagar caro por isso sua putinha. Aturei de mais esses seus desaforos, essa sua pose superior, mas não esquente Bella querida, eu vou fazer prazeroso para ambos por mais que você não mereça. - diz com um sorriso lupino me arrepiando inteira. 

Antes que se quer percebesse ele se joga e segura a faca da minha mão, tento usar o máximo de força para não largar mas ele soca meu estômago tão forte que perco ar. Mal consigo me recuperar quando sou jogada longe, um rugido de dor escapa e todo fica preto.


Acordo tossindo, o corpo doendo e um cheiro de... fumaça. Abro meus olhos sobressaltada dando de cara com o lugar tomado por chamas. Tremendo olho ao redor, os olhos ardendo pelo calor, mas me forço a procurar Roberto, qualquer sinal de perigo vindo dele,  mas não consigo ver nada. Me arrasto tateando o chão, procurando desesperadamente a saída dos fundos, mas acabo dando de cara com a sala onde guardavam o gás sobressalente. Ai meu deus! O gás! O fogo estava tão perto daquela sala, tão perto. Eu precisava sair dali, agora!

Tremendo me levanto, apoiando todo peso nas inúmeras prateleiras de ferro espalhados pela cozinha, lutando para respirar não só pela dor mas pela espessa fumaça. Me arrasto o mais rapidamente que posso, urrando de dor a cada passo.  Quando me aproximo da porta dos fundos, tropeço em algo, caindo com tudo. Arquejando com a dor, tateio o chão tentando me afastar, mas escorrego em algo pegajoso, olho para trás e o fogo já havia tomado toda a cozinha, invadindo agora o cômodo do gás. Me arrasto ferozmente os metros restantes, escorregando inúmeras vezes. Quando finalmente consigo sair do meio de toda aquela confusão ouço um pequeno chiado, me levanto, correndo com a ultima energia que me resta e me jogo atras de um carro estacionado aos fundos no momento que uma enorme explosão acontece.

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Hey gente!

Tudo bem?

Desculpem o sumiço, mas foram tempos difíceis essas ultimas semanas e acabei ficando meio bloqueada. Prometo voltar com as postagens ao normal em breve.

Mas oh! Postei um capituluzão como pedido de desculpas rs

Espero que tenham gostado. E se preparem que vem muita boa coisa pela frente. 

muahahaha

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Beijos

Não desistam de mim rs

 s2

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