The Family

By FANFICTLOAD

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13, esse è o número exato de adolescentes morando em baixo do mesmo teto. 13 também é a quantidade de tempo q... More

Prólogo:
1. Divorce.
2. marriage.
3. House.
4. Approximation.
5. Fire and Water.
6. Friendship.
7. Relations.
8. Just talk.
9. Prove what it says.
10. Coral.
11. Natural.
12. Viral.
13. Festival.
14. Jessica.
15. judged.
16. Instagram.
17. Perfetct Fail.
18. Hazel.
19. halloween.
20. Heaven to hell.
21. How did mom do.
22. Jazzy.
23. Little miss in reality.
24. Jaxon.
25. Influence.
26. Grey.
27. Effect.
28. Illegal camping.
29. Drugs.
30. Jett.
31. Back.
32. Rose.
33. Bullying.
34. Justin.
35. Love songs.
36. You are the music in me.
37. Heartbeats.
38. The melody of my life.
39. Blue.
40. Alert.
41. Manner.
42. Catfish.
43. Jacob.
45. Possessive.
46. My crime.
47. Testimony.
48. Jane.
49. Part of history.
50. Violet.
51. Violence.
52. Just like me.
53. Truth hurts.
54. Help.
55. Verdict.
56. Bieber.
57. Toronto.
58. Parker.
59. Greenwood.
60. The family.
61. Brothers and sisters.
62. Black Sheeps.
63. Black Sheeps - part 2.
64. United.
Epílogo:
Notas de agradecimento:
The family 2 is coming

44. Canadians.

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By FANFICTLOAD


Violet Parker Point Of Views.

                              10:06 a.m.

                 03 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

      Aquela ideia parecia extremamente ruim para mim, me fazerem encontrar e morar com um cara que nunca vi na vida, com certeza não era bem o que eu queria. Sei como minha mae è, e sei bem mais o que ela poderia fazer, mas, essa outra opção, me apavora ainda mais.

      Eu nunca quis saber quem era o outro cara, quando toda a verdade da minha vida veio à tona, tudo que eu precisei foi ter o apoio do meu pai, que é o Oliver, ninguém mais, não me importei nem me interessei em momento nenhum em saber do outro, até porque, se a minha mãe achou nele uma chance de ficar rica, eu me sentia parte de um plano para engana-lo.

      Era horrível pensar que a Astrid me planejou minuciosamente para ser filha de um cara rico que a ajudaria a ficar rica, o plano obviamente saiu errado porque a minha avó impediu que ela continuasse com essa loucura, mas eu estou aqui, sou filha desse outro cara que estava prestes a ser enganado pela Astrid e me sinto péssima só se pensar nisso.

    Imagina a reação dele ao saber que tem uma filha que era para ser um golpe?

— É a única solução que encontramos. — Oliver disse tentando me passar calma pelo olhar. — Não podemos deixar você com a Astrid. — Reforçou isso e tinha que ter um outro jeito, Tudo não podia está perdido dessa forma.

— Ela nem gosta de mim de verdade, me quer por...— Ponderei antes de dizer o real motivou, que era o pedido da Hazel. — Por capricho, apenas isso, ela... não gosto de nenhuma das ideias! — Passei as mãos entres os cabelos, me sentindo ansiosa e seria péssimo ter um ataque de ansiedade bem ali na frente de Oliver e Pattie para que eles vejam o quanto estável eu era.

      Eu entendi a preocupação de me deixarem com a Astrid, mas a preocupação de me deixarem com um cara que nunca vi na vida?

— E se ele não me quiser? — Perguntei sendo sincera e olhando para os dois que não sabiam responder essa pergunta para mim. — Não podemos obrigar alguém a me querer, eu não quero ser rejeitada de novo. — Pedi e Pattie assentiu, entendendo o meu lado e sei que eles apenas estavam querendo buscas o melhor para mim, mas talvez o melhor não exista.

— A gente vai pensar no que fazer. — Foi a única coisa que meu pai disse antes de me abraçar de lado, tentando me passar todo o seu carinho que sempre tinha e isso me confortava ao máximo.

       Eu não precisava de outro pai quando Oliver era tudo que eu tinha e já bastava, ele cuidou de mim desde que nasci e não me abandonou mesmo depois de saber de tudo, ele me amava como filha dele pois era de coração, bem além de sangue, na minha cabeça não se passava a ideia de ter um outro pai ou sei lá, eu não queria ter que encarar o fato que mudou a minha tão de frente assim.

   Mesmo que fosse muito necessário, eu não queria.

        Jacob Bieber Point Of Views.

                              11:04 p.m.

                 03 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

      Eu tive luta essa noite e era para focar unicamente nisso, nada mais poderia está tomando a porra dos meus pensamentos, mas isso era quase impossível, tinha a Violet e ela dominava tudo em mim, mais do que poderia dizer. Óbvio que eu queria ela comigo, me deixaria muito mais focado saber que ela estava sobre o meu controle, mas agora além da Violet está com o Justin, tinha a vadia da sua mãe que surgiu do inferno para tentar acabar com um resto de paciência que eu tinha.  

      Lutei e venci como sempre, mas a minha cabeça não estava ali, tudo era muito automático, eu só socava a cara do infeliz e pensava em como resolver meus problemas, que pena que nem todos podem se resolver com socos, mas alguns podem.

    Já não dava mais para aguentar ficar longe da Violet, eu tinha que trazer ela de volta para mim e a distância dela e a falta de contato, já estavam me tirando toda a paciência, me fazendo crer realmente que ela não me ama como eu achei, mas ela vai voltar por conta própria e ver todo amor que sentimos um pelo outro, e eu vou fazer ela voltar.

    Meu pai sempre me ensinou a focar nas coisas que eu queria mas jamais deixar a luta de lado, mesmo que a minha cabeça estivesse a mil eu tinha que vencer e eu já havia aprendido bem isso, mesmo com toda essa merda eu venci e nada poderia me derrotar, eu era o melhor naquela porra e em tudo que eu queria, criava meu próprio legado e foda-se o que o meu pai um dia me disse.

— Quer a boa ou a má notícia? — Tin entrou no vestiário e eu não queria falar com ninguém, muito menos com ele. — Vou contar a boa! — Falou analisando as minhas expressões. — A boa é que o cara morreu, isso te da pontos...— Cruzou os braços se encostando na parede. — A má é que as apostas em você caíram. — Falou com calma esperando uma reação minha e eu me virei para olhá-lo novamente no mesmo instante.

— O que disse? — Perguntei entre dentes só para ter certeza e Tin deu um sorriso amargo e nada feliz.

— Comparado com as outras lutas, as apostas em você só fazem cair e hoje o adversário teve mais apostas positivas do que você! — Gesticulou, explicando como se eu realmente não tivesse entendido, mas eu entendi muito bem.

— Eu não ligo. — Mexi os ombros virando as costas para Tin e ele deu um risada sarcástica e maldosa que me fez virar para ele de novo, já não aguentando ver sua cara.

— Acho que você não entendeu. — Pontuou como se estivesse falando com um idiota. — As pessoas cansaram de ver você vencer sempre, desde que o Justin quase te venceu, parece que todos os apostadores resolveram torcer contra a você, apenas porque cansaram de te ver vencer, é como se a sua luta fosse sempre a mesma coisa, você sobe lá, bate no cara e vence, não tem surpresa, não tem emoção, mas a luta com o Justin parece ter feito o público querer isso! Esse inesperado, a surpresa! — Deu ênfase como se aquilo tudo fosse incrivelmente fantástico para ele e eu juro que queria fingir que Tin não estava falando e ir embora, mas ele tocou no nome que mais odeio ouvir na vida.

      Desde a luta com o Justin..... Quando o Justin quase te venceu.... a atitude surpreendente do Justin....

     Quando é que a porra das pessoas vão aprender a não me compararem com o bosta do meu irmão?

— Está querendo dizer, que depois do Justin ter mostrado que sabe uns golpes, a merda desses caras, que não tem mais nada para fazer, começou a torcer para qualquer pé-rapado que subir naquele ring me vencer? — Eu sei que foi exatamente isso que o Tin falou, eu só estava repetindo para que ele visse o quanto merda isso soou.

      Só podia ser a porra de uma brincadeira ridícula, uma única luta mudar a cabeça de um bando de homens idiotas e com dinheiro sobrando, mudando todo os seus olhares sobre mim, apenas porque o meu irmãozinho acertou um ou dois socos? Quando as pessoas iriam entender que o Justin jamais me venceria, ele apenas teve uma sorte, que eu mostrei ser falha quando o derrotei.

— Olha Jacob, você é o melhor daqui a anos, seu pai fez as apostas em você valerem mais do que em qualquer outra luta nessa cidade, você era o ouro, mas o público cansou do mais do mesmo. — Mexeu os ombros como se não fosse nada demais. — Acontece sempre, aconteceu com o seu pai também....

— Eu sei! — Exclamei o interrompendo. — Por isso ele criou o legado Bieber, ele era invencível, ótimo, as apostas nele caíram e aí meu pai queria dinheiro fácil e resolveu fazer um filho, eu sei dessa porra! — Aquele assunto me deixava furioso, com vontade de socar a cara de quem estava na minha frente até a pessoa não poder respirar mais, e Tin não estava se ligando nisso.

     O legado Bieber foi criado porque meu pai era o melhor, mas o público cansou dele vencer sempre e queriam novidade, ele teve um filho apenas para lutar no seu lugar, a minha estreia nos rings teve o maior número de apostas já feito nessa cidade, todos estavam ansiosos para ver o legado Bieber passado de pai para filho. Eu substitui meu pai, fiz ele continuar ganhando muito dinheiro e escondendo tudo na sua empresa de mecânica de fachada, meu pai sabia que as lutas clandestinas davam muito mais dinheiro que um emprego comum e ele só não queria perder a grana por ter ficado cansativo para a plateia.

      O meu pai era um filho da puta.

— Não vou falar com você agora. — Fez um gesto banal na minha direção vendo o olhar de ódio que eu lhe lançava. — Quando você estiver calmo, baixado essa adrenalina da luta, a gente conversa melhor! — Avisou antes de sair me deixando sozinho e eu soquei a parede para não socar a cara dele.

     Ninguém sabia o quanto aquela conversa me irritava, não era apenas falar do legado, nem do meu pai, era falar que eu tinha me tornado como ele, um cara que já não é mais tão interessante para o público, e tudo isso por causa do outro Bieber ter me dado dois socos, eu conheço a mente desses caras idiotas, eles acham que pelo Justin ser uma surpresa ele deveria está mais vezes em um ring, por isso abaixaram as apostas em mim.

     É como uma merda de um boicote ridículo que não vai da certo, o Justin nunca mais vai voltar a lutar, primeiro porque ele é legal demais para isso, segundo porque eu mesmo jamais deixaria os apostadores colocarem seus olhos no meu irmão novamente para fazerem essa comparação sem sentido.

     Não importa o que as apostas dizem, eu sou o único Bieber que essa academia vai ver e eles vão ter que se se acostumar com a porra que eu quiser fazer, o número de aposta pode chegar a zero e eu ainda serei o rei daqui, porque eu não sei fazer outra coisa, eu nasci para isso e farei isso até morrer, não importa o que digam ou não, todos vão entender por mais ou menos que não se derruba o melhor lutador dessa cidade.

    E eu conheço Tin, ele não veio com essa merda de assunto atoa, ele estava furioso com os números e pensando obviamente em coisas que não deveria, para o bem dele, e espero que pare de pensar, porque se não, eu vou ter que fazer parar.

      Violet Parker Point Of Views.

                              07:45 a.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

— Você está bem mesmo? — Justin perguntou me olhando enquanto andávamos na calçada do colégio em direção ao portão.

— Sim, estou, ontem foi um dia muito louco para pensar em tudo, mas no final, estou bem. — Suspirei profundamente e ele segurou a minha mão.

— Sei que deve ser difícil falar sobre o seu pai biológico, mas acredito que minha mãe e o Oliver só querem fazer o melhor para nós! — Garantiu e eu tinha certeza disso, e até mesmo uma fé de que eles pudessem achar uma outra solução que não envolvesse o outro cara.

— Casal eu tenho uma notícia! — Jessica se aproximou por trás quase saltitando e entrou no meio de nós dois. — Falei com a minha mãe, expliquei tudo por horas essa manhã! — Comentou como se estivesse extremamente cansada e isso explica ela não ter vindo com a gente. — E ela considerou que é uma ideia extrema e doida, mas que pode da certo! — Bateu palmas animadas.

— Então você convenceu a Pattie a aceitar? — Perguntei curiosa e Jessica assentiu mostrando que conseguiu o que eu realmente achava que era impossível.

— Minha mãe é advogada e ela sabe que 90% desses famosos da internet tem um escritório para gerência sua vida, então depois de eu insistir bastante ela aceitou contratar a equipe, mas com uma condição. — Ponderou olhando para o Justin e para mim deixando a gente curiosos. — Ela disse que o escritório terá que ajudar outros jovens também, ou seja, além de eu e da Coral, ele ajudaria pelo menos outros dois, assim valeria a pena o investimento caro! — Explicou e a ideia parecia incrível demais.

     Ajudar outros jovens que também não tem o mínimo de controle nas redes sociais e estão sujeitos a comentários de ódio o tempo todo, poder filtrar isso e impedir que casos como o da Jessica aconteça, realmente não tem como ser uma ideia ruim, a Pattie era uma mulher tão inteligente que me surpreendia cada vez mais.

— Então você vai voltar mesmo. — Justin comentou com um meio sorriso mostrando está mais animado para isso, ou no caso se acostumando.

— Vou voltar, e vou mostrar a Coral que ninguém é melhor do que ninguém, na internet podemos ser substituídos todos os dias por pessoas novas que aparecem, assim como a Coral fez comigo, e assim com eu vou fazer com ela! — Disse com ênfase e eu teria medo, muito medo, isso se não conhecesse a Jessica de agora e tivesse a maior certeza do mundo que ela fará a coisa certa.

    O quanto louco tudo virou? A meses atrás a ideia de ter Jessica com uma câmera me aterrorizava, não só pelo que ela fez com a Coral mas também pelo o que Jessica fez consigo mesmo, e agora ela voltar para as redes sociais e voltar com tudo, parece ser a única chance de tirar a Coral do burrico.

— E... vocês pode ir entrando. — Justin disse quando chegamos na porta do colégio e ele parecia querer disfarçar algo, que me deixou desconfiada.

— Por que não entra com a gente? — Perguntei curiosa e Justin parecia não saber por alguns segundos.

— O Alex, falou para eu esperar ele bem aqui, pelo visto tem um assunto sério, o pai dele voltou de viagem e parece que as coisas não estão boas, e ele faltou na última semana! — Explicou uma história que não me convenceu muito, mas eu não queria bancar de louca desconfiada e apenas assenti para Justin.

      Até porque ele não teria motivos para mentir para mim, não escondíamos nada um do outro e estávamos muito bem juntos, então apenas resolvi confiar no Justin, como sempre faço sem esforço algum.

— Tudo bem. — Comentei olhando para Jessica que balançou os ombros. — A gente se vê na aula! — Afirmei, Justin assentiu com um meio sorriso vendo eu e Jessica nos virmos e entrarmos no colégio.

       Mesmo que algo dentro de mim pedisse para desconfiar do Justin agora, eu não podia fazer isso com ele, talvez eu apenas esteja paranóica demais com tudo o tempo todo.

     Justin Bieber Point Of Views.

                              07:50 a.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

     Quando eu vi os dois parados de longe me olhando eu tive a certeza que alguma merda estava acontecendo, toda a vez que os dois apareciam era para alguma coisa errada, da última vez eu acabei lutando com o meu irmão

       Por isso não deixei Jessica e Violet verem os dois ali, elas também sabiam o quanto eles eram encrenca de verdade e com certeza iam ficar preocupadas, então tentei disfarçar ao máximo e fazer elas entrarem antes de ir falar com eles, sei que os dois não vão sair da frente do meu colégio até falarem comigo, então era melhor fazer isso logo antes que assustasse mais alguém.

     Me aproximei dos dois que tinham um largo sorriso no rosto, tão falso quanto eles, eu sabia bem que nenhum dos dois prestava e já estava pronto para ouvir qualquer merda que fosse.

— Dessa vez nem precisei me esforçar. — Tin comentou fazendo seu filho ri e só eles mesmo estavam achando graça naquilo dali.

— Já falei para não ficarem me seguindo e ainda mais na frente do meu colégio? — Levantei uma das sobrancelhas e os dois se entreolharam antes de me encarar de volta.

      Era óbvio que os dois não iriam ouvir o que eu falava sobre apenas se manter longe de mim, ambos faziam o que queriam e não sei porque eles não estão lá puxando o saco do Jacob como sempre fazem, ao invés de estarem aqui me perturbando de manhã cedo.

— Só estamos aqui para dizer uma coisa. — Sebastian pontuou cruzando os braços e Tin deu um passo à frente, com um olhar sério, como se o assunto realmente fosse importante.

— Jacob é ultrapassado. — Falou sendo sincero e eu ri, de verdade, apenas ri daquilo que foi o maior absurdo que já ouvi.

      Eles não conhecem o Jacob né? E se conhecesse não estariam chamando ele de ultrapassado por aí.

— Vocês surtaram não é? — Perguntei tendo certeza disso. — O Jacob não é ultrapassado, não para a merda que vocês fazem, ele é bom nisso, vence todas! — Dei ênfase para caso os dois não lembrem.

     Jacob encheu aquela academia de dinheiro com suas vitórias, nunca ter perdido era um mérito e tanto, meu irmão pode ser um tanto sociopata e mesquinho, mas ele é bom na luta e para esses cara ele era um rei até ontem, não entendia como o Jacob havia virado ultrapassado, mas achei realmente hilário eles virem dizer isso para mim, primeiro como se eu fosse me importar, e segundo como se eles realmente acreditassem nisso.

— Desde que você lutou com ele as apostas do Jacob só fazem cair, as pessoas perguntam por um novo Bieber, elas descobriram você, agora querem você, o Jacob se tornou algo batido para eles, é sempre certo que o Jacob ganha, não tem emoção! — Explicou e eu entendi, mas de verdade não sei se queria.

       Eu já estava compreendendo o caminho que os dois queriam seguir aquela conversa e eu já estava afim de pular fora antes mesmo de eles chegarem ao ponto, não iria acontecer o que estavam querendo ali, nem em seus sonhos mais fodidos, eles que se contentassem com o Jacob, pois era o único Bieber que iriam ver em cima de um ring.

— O Jacob me venceu naquela luta, os seus apostadores estão loucos, e pode realmente ser chato ver uma mesma pessoa vencer sempre, mas não tem porque me envolver nisso! — Tentei parecer o mais educado que eu pude em dizer aquilo e os dois se olharam antes de voltar a me encarar.

— É o seu destino, é o legado do seu pai! — Tin falou com força, basicamente como se ele acredita-se nessa merda que disse. — O Jeremy colocou filhos no mundo, com pouca diferença de idade e você acha que foi para que? — Perguntou e aquilo que ele estava insinuando era ridículo.

— Está tentando dizer, que meu pai só teve eu e o Jacob para que a gente lutasse e seguisse esse legado idiota? — Questionei bastante sério para Tin, que se manteve calado, quase como se fosse exatamente isso o que ele quis dizer, mas eu não iria acreditar.

      Que coisa mais sem sentido, ninguém faria isso, muito menos o meu pai, ele pode ter feito coisas erradas, muitas por sinal, mas ele amava os filhos muito mais do que uma luta, tanto que eu não quis lutar e estou aqui agora, bem longe dessa porra toda.

— Por que você acha que ele te ensinou a lutar por fora? Por que você acha que o Jacob te odeia? Já se perguntou? — Tin tentou colocar aquilo na minha cabeça de uma forma sombria. — O Jeremy sabia que precisava de um substituto para o Jacob e ele é você! — Ele estava convicto disso de uma forma doentia demais.

       E para mim não tinha razão nenhuma para ouvir as merdas que ele dizia muito menos ficar ali esperando por mais uma. Óbvio que tudo aquilo era um mecanismo estranho para me convencer de que lutar é o meu dever e eu fui criado exclusivamente para isso, mas Tin não iria conseguir me enlouquecer como queria, não como enlouqueceu o Jacob.

— Não me procure mais, nem aparece na porta do meu colégio, eu não vou lutar para vocês e nem muito menos substituir o Jacob! — Pontuei deixando bem claro. — Vocês são loucos com essa história de legado, não faz sentido nenhum para mim e não é isso que vou levar para a minha vida, nem meus irmãos! — Disparei antes de me virar e sair de perto dos dois. Antes que ambos ficassem tentando me convencer com palavras que jamais iriam fazer sentido.

      Tinha algo estranho na forma como eles tratavam isso de legado, parecia algo como uma doutrina a se seguir e era bizarro demais, não importava para mim se o meu pai um dia disse que seus filhos seguiriam essa merda de luta, o Jacob faz isso, ele tem todo o sangue frio para essa função correndo dentro de si, e não me envolvia, só lutei com o Jacob daquela vez porque ele ameaçou por Jaxon para lutar e eu não podia permitir.

     Aliás, não consigo crer que Jacob saiba do que estava se passando ali, os dois estavam tentando se livrar do meu irmão me colocando no lugar e se eu fosse tão filha da puta quanto ele para aceitar apenas como vingança, ele estaria fodido. A sorte do Jacob é que não sou nem 1% igual a ele para tentar atingi-lo no seu ponto mais fraco como ele faz frequentemente comigo.

      Hazel Parker  Point Of Views.

                              10:20 a.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

       Eu estava preocupada com a bronca que eu iria levar de Pattie e do meu pai por esta demorando tanto no meu intervalo, mas eu precisava ver a minha mãe e falar com ela sobre tudo que rolou depois da sua visita a minha casa.

       Era como esta com uma mistura de alívio e dúvidas ao mesmo tempo, a minha mãe saiu da Austrália, estava em Toronto e pronta para me ajudar no que eu precisava para salvar meus irmãos dos problema que se meteram e mostrar por mais que eu posso salvá-los melhor do que a Violet um dia fez.

      Depois do que aconteceu com a Blue eu estava decidida de vez a por um ponto de final naquela falta de controle absurda, Pattie e Oliver não tinha controle algum, eles nunca sabiam de nada que acontecesse de baixo do teto deles e isso poderia acabar em tragédias maiores do que as que já aconteceram.

     Então eu liguei para a minha mãe, foi a decisão certa a se fazer, eu lhe contei tudo que estava escondendo a meses com medo que ela jogasse a culpa para mim, por não ter feito direito tudo que ela ordenou antes para afastar os Bieber dos meus irmãos e infernizar aquela casa  até que meu pai e Pattie se separassem.

     Mas parecia que tudo estava se virando contra nós, nenhum Bieber sofreu um dano grave, já meus irmãos, cada um deles sofreu, inclusive eu que estava sendo chantageada.

     Foi uma atitude de total desespero, sim, mas foi a minha única escapatória, assim que contei tudo para a minha mãe ela disse que iria pensar, eu precisava que ela pega-se a guarda de todos os meus irmãos, sem exceção, apesar de eu não suportar a Violet eu não podia deixá-la para trás, não sabendo o peso na coincidência que isso me traria.

      E por incrível que pareça foi a parte mais difícil de convencer a minha mãe, ela estava convicta de que não queria olhar para a Violet nunca mais depois de ela destruir a sua vida e eu também estava destinada aquilo, mas mesmo que eu me sentenciasse a passar a vida olhando para a cara da Violet era melhor do que ela morta me deixando com culpada aqui.

— Não precisa se preocupar, seu pai não pôde te impedir de me ver! — Fez um gesto banal ajeitando os óculos escuros ao se sentar na mesa da lanchonete e eu assenti acreditando nela. — Então, alguma novidade para me contar? Eu tenho que passar tudo para o meu advogado, quero entrar com o processo amanhã mesmo! — Pontuou jogando os seus cabelos pretos compridos para trás dos ombros.

      Eu já havia contado tudo que minha mãe precisava para mover o processo, tudo que eu podia contar, falar de Jacob e Violet era ridículo sabendo que ele me ameaça seriamente e tem cara de que cumpriria cada uma delas, também não falei dos casais entre Bieber e Parker que se formaram naquela casa, não que eu não quisesse, mas todos iam me odiar se eu fizesse isso.

A única coisa que eu precisava era que minha mãe ajudasse a tirar meus irmãos do meio de toda essa confusão que se tornou nossas vidas, os casais não tem nada haver com isso.

— Já te contei tudo que eu sei. — Afirmei tentando convencê-la disso, mas minha mãe estava desconfiada de mais, ela não é burra, muito pelo contrário, ela sabe que tem mais coisas lá do que pude contar.

— Ok, vou acreditar em você. — Me olhou sugestiva, com um meio sorriso fofo. — Te juro que estou ansiosa para o tribunal, quero ver como Pattie vai se defender, não tem jeito, isso já é causa ganha! — Se vangloriou e eu dei um meio sorriso tenso. — Conselho tutelar, a polícia, todos viram o que aconteceram, todos vão ficar ao meu favor! — Garantiu e eu sabia bem disso.

— Eu sei, mas lembra do que eu falei, nada de jogar coisas pesadas contra o meu pai, a guarda é compartilhada, eu e meus irmãos ainda vamos poder vê-lo! — Expliquei aquilo que já havíamos conversado pelo telefone e parecia que a minha mãe não entendia, pois sempre fazia uma cara de surpresa quando eu a lembrava.

O plano todo não é para magoar ninguém e sim apenas ajudar, eu sei quanto o meu pai ama seus filhos, ele só não sabe controlá-los bem, e a minha mãe tem total controle sobre isso, meu pai sempre foi mais coração e minha mãe mais seria, não quero me afastar dele e nem dos Bieber, mas dizer isso para a minha mãe não parecia uma boa ideia.

Quando eu cheguei a Toronto eu tinha uma missão dada pela minha mãe, que era separar aquela família que não tinha o mínimo sentido para mim e nem para ela, tentei, tentei muito mesmo, mas no final acabei criando um vínculo enorme com alguns Bieber, o que eu nunca poderia contar para ela sem que surtasse comigo, minha mãe não fazia ideia e não podia saber sobre a minha amizade com o outro lado, ela nunca iria me perdoar.

— Eu sei meu amor. — Esticou as mãos sobre a mesa pegando as minhas. — Eu sei que você gosta do idiota do seu pai, você e seus irmãos, mas eu sei o que estou fazendo, confia em mim, como sempre ok? — Piscou os olhos para mim e eu assenti apenas confiando em minha mãe. — Os Bieber nunca mais vão mexer com a cabeça de vocês! — Garantiu e eu não iria tentar explicar que não era bem assim, minha mãe tinha isso em sua mente e nada iria tirar.

— Em falar em pai...— Ponderei e minha mãe continuou me olhando atenta. — A Violet, você pelo menos tentar fingir que não a odeia. — Pedi e Astrid riu, achando graça antes de soltar as minhas mãos.

— Você quer que eu finja que gosto da Violet? É uma piada, Hazel? — Levantou uma das sobrancelhas para mim, como se realmente quisesse saber isso. — Eu já não estou fazendo bastante por você, querendo mesmo pegar a guarda daquela lá, agora fingir que gosto dela já é demais! — Revirou os olhos. — Aquela garota destrui a minha vida, a nossa vida e vale lembrar que vocês só foram parar naquela casa, naquelas condições, por causa da Violet! Se ela tivesse feito o que você e seus irmãos pediram no início e ficado calada para o seu pai, nada disso teria acontecido! — Tentou me convencer disso e minha mãe tinha total razão.

Era a culpa da Violet, talvez por isso ela tenha se dedicado tanto a ajudar meus irmãos, peso na consciência por ter nos colado naquela casa com outras 6 crianças que, apesar de terem se juntado a nós, tornou tudo muito grande para se controlar.

— Sabe o que é pior? — Ela perguntou me olhando seria. — É que eu ainda não entendi por que você quer ela com a gente? Essa história de que ela também pode sofre algo não me convenceu, parece até que você está com pena da Violet ou criando algum sentimento por ela! — Cruzou os braços como se essa ideia de eu gostar da Violet ou ter pena dela, lhe deixasse irritada.

Eu não podia contar sobre Jacob e Violet, apesar de que justificaria, eu não podia falar, ele já estava me ameaçando se soubesse que a minha mãe descobriu tudo, ele saberia que foi eu na mesma hora e aí eu estaria fodida antes mesmo de fugir daqui.

— Eu empurrei a Violet da escada, só queria me redimir, porque eu jamais queria machucar ela! — Inventei aquilo, que eu já havia dito para a minha mãe e principalmente afirmado que me arrependia.

— Já falei para você nunca se arrepender das suas ações, isso te torna fraca. — Avisou como uma advertência e ela sempre dizia isso. — A Violet não importa, nunca importou de verdade, mas você sim e é injusto o que seu pai anda fazendo com você por conta desse acidente, por isso não entendo o porque quer levar a Violet com a gente! — Pontuou sua dúvida e eu estava começando a acreditar, que se eu falasse para a minha mãe sobre o que o Jacob faz com a Violet, ela ainda não acharia o argumento suficiente.

Eu não queria parecer fraca, muito pelo contrário, eu tinha que ser a menina mais forte e inteligente na frente da minha mãe, e esse tempo todo aqui só com o meu pai me fez amolecer muito, criei amizade com alguns Bieber, coisa que jurei para a minha mãe que nunca faria e ainda fiquei com pena da Violet, o que parecia ser a pior parte para a minha mãe.

Mas um dia, antes da minha mãe ter toda essa raiva da Violet, ela já foi a coisa mais importante para ela. Me lembro quando eu tinha 10 anos e eu tive uma grande briga com a Violet por algo que não me lembro, meu pai me colocou de castigo, mas a minha mãe veio até a mim e disse que a Violet não tinha moral nenhuma ali, nem muito menos com o meu pai, pois ela não era a filha dele de verdade. Para uma criança de 10 anos ouvir aquilo foi algo que eu nunca esqueci, minha mãe me contou tudo, disse que era um plano para que nós duas, eu e ela, ficássemos bastante ricas, mas a vovó descobriu e proibiu a minha mãe de fazer qualquer coisa, pois se não, logo contaria que era um golpe, foi nessa atitude da minha avó que Astrid pegou raiva da Violet e foi naquela conversa que eu peguei raiva dela também.

Eu queria ser filha de um cara rico, eu tinha ambição suficiente para isso, mas as nossas vidas estavam nas mãos da Violet, o sonho da minha mãe de da uma condição melhor para mim estava nas mãos da Violet e ela no final nem para isso serviu.

Com 10 anos eu já sabia a verdade de tudo, guardei esse segredo por mais 10 anos, fingia que estava tudo normal, mas no fundo eu sentia tanta raiva, magoa, a mesma que a minha mãe sentia, quando toda a verdade veio à tona eu tive que fingir está surpresa, mas eu nunca fiquei de verdade.

Violet nunca entendeu bem porque eu não gostava dela e a manipulava para fazer tudo para mim, mas eu sempre soube que ela era diferente, e como a minha mae sempre diz, um plano que não deu certo.

— E o pai da Violet? — Perguntei sem pensar muito e minha mãe fechou mais ainda sua expressão para a minha pergunta. — Só to perguntando porque, você não quer a Violet com a gente, mas ela é herdeira de algo, o pai dela é rico não e? — Tentei levar a minha mãe no mesmo raciocínio que o meu.

— Ela é herdeira, mas a Violet já tem 18 anos, se ela só falar que não quer dividir o dinheiro com a mãe ela pode, o dinheiro é dela, eu tive a chance até a Violet fazer 16. — Explicou com um olhar sério de frustração. — Mas por que entrar nesse assunto logo agora? — Me olhou curiosa.

— Porque eu estava pensando aqui, a Violet vai morar com a gente, se esse pai dela souber da existência, ela pode ganhar alguma coisa, e morando com a gente....— Olhei sugestiva para a minha mãe, que assentiu mostrando que estava entendendo.

— A gente podia usar do dinheiro dela de algum jeito. — Concluiu o que exatamente eu tinha em mente. — Apesar de eu ter a herança do meu falecido ex velho marido, até que poderia funcionar, a Violet é boazinha vai querer ajudar os irmãos. — Disse pensativa e eu assenti. — Olha até que você pensou direito dessa vez! — Me olhou orgulhosa.

— A gente precisa da Violet no final de tudo! — Gesticulei me inclinando mais para frente. — Mas a pergunta real mesmo é... Quem é o pai da Violet? — Perguntei curiosa demais e quase podendo jura que essa era a pergunta do século.

Com aquela conversa eu estava começando a convencer a minha mãe a aceitar ficar com a Violet de boa, e não apenas a tratar mal ao ponto que minha irmã pudesse alegar isso no juiz e fugir da guarda, porque do jeito que a Violet é burra, vai preferir ficar naquela casa com o Oliver do que viver com a gente, mas lá ela vai acabar nas mãos do Jacob de um jeito ou de outro.

— Nem pensar. — Minha mãe negou dando uma risada como se já estivesse entendendo o meu plano. — Não vou revelar quem ele é! — Afirmou com soberania me fazendo bufar.

— Fala sério mãe, esse cara ficou escondido esse tempo todo e ele é podre de rico! Você não vai poder guardar isso para sempre! E tente pensar que no que te falei, Violet com dinheiro...— Fiz um gesto sugerindo e minha mãe me olhou como se estivesse pensando na hipótese. — Pelo menos me diz se ele é do Canadá, sei lá! — Mexi os ombros e ela respirou fundo.

— Ele mora no Canadá. — Murmurou em voz baixa. — Mora em Toronto. — Confessou por fim e eu abri a minha boca surpresa por ele está mais perto do que realmente imaginei. — Mas não vou dizer quem ele é nem morta, a Violet vai acabar lucrando com isso mais do que a gente! — Negou para si mesma e eu fiz uma careta lamentando.

— Se a Violet estiver com a gente, ainda podemos lucrar, você está rica, a Violet se convence fácil, a gente pode ir pegando de pouquinho e pouquinho e aí a gente faz o seu dinheiro render com o dinheiro dela! — Dei ênfase na última ideia que eu tinha para a minha mãe se convencer a abrir a boca e contar aquilo que ela guardava só para ela a 19 anos.

— Talvez eu conte...— Jogou os cabelos para trás me fazendo quase derreter de curiosidade, eu passei a minha vida toda tentando imaginar quem era esse rico cara que é pai da Violet. — Mas se eu fizer isso tem que ser na frente da Violet e do Oliver, aposto que eles vão ficar muito surpresos. — Mudou o olhar para algo mais misterioso e eu queria mesmo saber mas agora.

— Por que meu pai ficaria surpreso? — Perguntei e minha mãe mexeu os ombros não querendo mais falar sobre isso.

— Você tem que voltar para o trabalho não é? — Se levantou da mesa pegando a sua bolsa. — E eu tenho unha marcada agora, a gente vai se falando! — Fez um gesto banal como se não tivéssemos no meio de uma conversa importante ali. — Beijos amor! — Mandou um beijo no ar para mim, antes de apenas sair e me deixar ali.

Não posso crer que minha mãe fugiu bem na hora de dizer quem era o maldito pai da Violet que passei a minha vida toda querendo descobrir quem era, eu já havia pensando muito mas a única informação que eu tinha era que era muito rico e agora acabei de descobrir que ele mora em Toronto, exatamente nessa cidade, que é uma incrível e fodida coincidência.

Mas aposto que coloquem uma leve pulga na orelha da minha mãe e ela vai pensar muito em contar, porque ainda podemos lucrar com isso, se é para aturar a Violet que seja com o dinheiro dela junto, ela ainda pode ser a nossa galinha dos ovos de ouro.

Justin Bieber  Point Of Views.

                              02:03 p.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

Eu estava sem paciência para aguentar outra vez Tin e Sebastian me procurando, eles eram muito insistentes e eu não queria olhar para a cara deles mais, então eu iria direto a única pessoa que poderia mandá-los parar com aquela merda.

— Tem como pedi para seus amigos não irem encher a minha paciência! — Falei sério olhando para o Jacob, que apenas se virou para me olhar e parecia não entender nada do que eu falei. — Tin e Sebastian foram no meu colégio hoje, de novo, e dessa vez vieram com aquele papo de legado e de substituir você! É melhor você explicar para eles que eu não vou lutar e nenhum dos meus irmãos vai! — Disparei em sua direção, fazendo Jacob me olhar sério parecendo que só entendeu agora o que eu estava querendo dizer.

Talvez o Tin e Sebastian não tenham falado nada para ele sobre esse lance de substituir, porque com certeza o Jacob surtaria, ele odeia que tentem pegar o lugar dele, ele se tornou o rei da luta exatamente para isso, mas eu tinha que deixar claro que eu estava fora daquela merda, Jacob que se resolvesse com os dois.

— Que porra você falou? — Perguntou furioso se aproximando de mim e não sei porque ele estava me olhando como se eu tivesse tentando derruba-lo sendo que é obviamente o contrário.

— Seus amiguinhos não estão felizes com a queda nas apostas em você e vieram até a mim falando que era o meu destino substituir você e toda uma porra que já estou cansado de sempre ouvir nessa história de legado! Eu não quero saber de luta e não quero saber de legado! — Dei ênfase nas palavras. — Sei que você não me quer lá, então faz eles pararem de me irritar! Você é o rei de lá e pode ficar tranquilo que eu não vou interromper isso! — Expliquei e Jacob continuava me olhando com ódio, quase como se a culpa fosse minha.

Eu só estava ali na frente dele querendo deixar claro que não quero nada com aquela academia, com os amigos de Jacob e quero que parem de me encher, sei que Tin e Sebastian não vão me ouvir, é a terceira vez que eles me procuram, mas agora espero que o Jacob faça algo para essa história parar de vez.

Juro que quero ficar bem longe dele e dos seus problemas.

— O Tin teve mesmo a cara de pau de fazer isso pelas minhas costas. — Murmurou com uma risada amarga, como se na sua cabeça isso já fosse acontecer. — Ele tá fodido. — Sussurrou e eu preferi fingir que não ouvi, os dois que se resolvam a final.

— Só quero deixar claro que não me interesso em substituir você, seja lá o que aqueles caras digam, até falar que eu nasci para isso eles falaram e não é como se eu acreditasse! Então você fica longe do meu caminho e eu fico longe do seu! — Avisei para ele e Jacob apenas continuou me encarando.

Meu pai criou essa merda de legado e ninguém aqui estava afim de seguir mais do que o Jacob, ele era o único Bieber nisso e será até o fim, eu to fora e o Jaxon também.

— Pode ficar tranquilo, Justin, você nunca vai me substituir nem tem o mínimo de talento para isso. — Disse entre dentes para mim e eu assenti quase agradecendo a Deus por não ter nada haver com o Jacob mesmo. — Pelo menos nisso a gente concorda não é? — Assenti para o que ele falou antes de apenas me virar e sair.

Eu não deveria nem ao menos está falando com o Jacob, mas já que me vi forçado a fazer, pelo menos deixei as coisas bem claras ali, eu não ligava a mínima para aquela história de legado e queria ficar bem longe daquela confusão toda.

Jacob que se resolva com seus amigos.


Violet Parker Point Of Views.

                              02:03 p.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

— Acho que estou quase mudando de idade. — Jessica disse roendo suas unhas e Grey revirou os olhos se encostando no sofá.

— Ótimo, então não reative! — Mexeu os ombros como se para ele pouco importasse e eu o olhei sério.

— O Grey está tentando dizer...— Dei ênfase. — Que você tem que fazer isso no seu tempo. — Tentei acalmar a Jessica.

Pattie autorizou ela a voltar e disse que iria ajudar com a criação do escritório para gerenciar as mídias, a Jessica só precisava reativar o Instagram e da início ao seu plano de trazemos a antiga Coral de volta antes que seja tarde, mas a Jessica estava tremendo do nosso lado quando chegou finalmente a hora e voltar.

Falar é fácil, fazer que é difícil.

— Acho que faz tanto tempo, que parece que estou tipo indo para o palco fazer um show sei lá! — Gesticulou afoita e ansiosa, me fazendo concordar com ela.

— É parece mesmo um show. — Grey murmurou e ele poderia fingir que não estava odiando aquela ideia.

Não que Grey não quisesse uma namorada popular, ele com certeza queria, mas depois de tudo que as redes sócias causaram na Jessica, a ideia de tela de volta era assustadora para e para todos nós, porém dessa vez tudo estava quase sobre controle, teria uma equipe trabalhando para não acontecer o que já aconteceu uma vez e também era a única forma de ajudar Coral que a gente encontrou.

Desde a polêmica e do vídeo a Coral mal falou com a gente, ela não estava parecendo querer mudar e isso não tinha como ficar pior, eu entendo que é doido achar que a volta da Jessica pode fazer a Coral mudar, mas tenho que concordar com o que Jessica disse quando sugeriu isso, se foi ela que colocou a Coral lá, só ela pode tirar.

— O que eu perdi? — Justin entrou na sala e tentei não imaginar o porque de ele ter se atrasado, até porque seu sorriso lindo que eu era apaixonada, não me deixava pensar em nenhuma outra coisa.

— Nada por enquanto...— Jessica suspirou encarando o seu celular que estava na mesa de centro quase como se ele fosse uma pessoa ou algo assim. — To tomando coragem! — Avisou antes de olhar para nós.

Olhei para o Justin querendo que ele lesse a minha mente e fala-se alguma coisa para a irmã dele se acalmar, porque eu já usei todos os argumentos que eu tinha e que eu não tinha, mas não adiantou muita coisa. A Jessica estava nervosa demais e isso não podia acontecer, ela tinha que voltar de um jeito bom.

— Jessica, vamos lá você é foda! — Justin disse para ela, que parecia não acreditar nisso. — Sei que você teve alguns problemas com isso antes, mas sei que você vai mandar bem, sempre manda! — Afirmou e eu tinha que concordar com ele, a Jessica ficou nisso por anos ela sabe o que fazer no final.

— Eu sei, só não sei se tenho como ser o que era antes! — Passou as mãos nos cabelos ansiosa e parecia que ela tinha medo.

— Você não precisa ser como antes, pode ser como é agora, a gente confia em você, sabemos que pode fazer isso e muito mais, você tem uma coragem que a gente não tem! E uma rainha nunca perde a majestade! — Dei um sorriso para ela, que retribuiu para mim mostrando que gostou do que ouviu.

Cutuquei o Grey para que ele falasse alguma coisa legal para a Jessica naquele momento, ou pelo menos tentasse ficar feliz por ela, a Jessica estava fazendo aquilo para ajudar a Coral e outras pessoas, não era como se ela fosse voltar a ser a cobra que era antes, aquilo envolvia uma Jessica que escondida um enorme segredo de todos.

— Você já passou por coisa pior. — Grey disse finalmente. — Pode enfrentar o que for e eu acredito que você consegue, fez todos nós acreditamos que isso pode da certo e a Coral precisa da sua ajuda. — Ele tentou ser legal com ela e finalmente falou algo bom sobre essa história.

Acima de qualquer preocupação do Grey pela Jessica tinha o fato de ela poder realmente fazer muito mais por bastante gente, a Jessica mudou, ela agora era uma menina que pensava muito mais nos outros e tudo que ela passou lhe ensinou muito sobre a vida, eu acredito que a Jessica vai conseguir fazer isso melhor do que se qualquer um de nós tentássemos, eu mesmo não tenho nenhum dom para aparecer como ela.

— Tá bom! — Levantou pegando o celular. — É pela Coral né, bem antes de ser por mim! — Respirou fundo três vezes. —   Eu estou pronta. — Avisou me fazendo sorrir orgulhosa para ela.

— A Coral vai surtar, se preparem. — Grey avisou e era muito óbvio, mas acho que ninguém aqui estava pronto, a Coral mudou muito, nem sei como ela vai reagir a tudo isso.

Com certeza ela vai sentir a ofensa que é, e vai ver que com a volta da Jessica agora ela tem uma nova adversária a altura dela, cabeça da Coral estava tão louca que eu não poderia pensar em como ela irá levar isso.

      Violet Parker Point Of Views.

                              03:02 p.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

— Espero mesmo que tudo de certo! — Falei para Justin e abri o meu Instagram no celular para ver que a Jessica já estava de volta e que as pessoas começavam a comentar.

      A Coral iria surtar, eu sabia disso, mas era melhor esse choque de realidade do que ela continuar agindo como se o mundo todo fosse apenas dela, eu só queria que a minha irmã voltasse a ser o que sempre foi.

      Eu tinha sempre que pensar em muitas coisas, não meus irmãos, na minha própria vida, eu não conseguia fingir que nada estava acontecendo, eu me preocupava com tudo e todos a cada momento e isso era quem eu sou.

      A volta da minha mãe estava deixando a minha cabeça completamente doida, era como se a minha vida tivesse virado novamente e agora estava muito igual ao começo, eu precisava me situar de tudo de novo, os ânimos na casa não estavam nada bons, Jessica voltando às redes sociais, realmente parecia o início.

— Vai da certo a Jessica é esperta. — Justin afirmou andando ao meu lado e eu o olhei bem atenta.

— Ok, para onde você está me levando mesmo? — Perguntei curiosa me lembrando que ele não disse para onde iríamos e isso estava me deixando bastante curiosa, o Justin adorava fazer surpresas e eu não gostava muito de suspense, combinação perfeita.

— Eu falei, você não ouviu? — Perguntou curioso e eu revirei os olhos por saber que ele estava debochando de mim. — Você as vezes parece está no mundo da lua. — Avisou e eu o olhei com um olhar estreito.

— Eu não esqueceria se você falasse! — Eu tinha certeza disso e Justin riu mostrando que estava falando aquilo só para me provocar.

— Lembra quando a gente conversou como amigos pela primeira vez? E aí eu falei uma coisa que te deixou morrendo de vergonha e você saiu correndo? — Perguntou e era óbvio que eu lembrava, o parque, ele até cantou para mim e aquilo era doido demais porque eu passei muitas vergonhas em um dia só.

— Claro que lembro. — Olhei para o Justin. — Lembro da música também, aquele foi o auge! — Exclamei rindo e o Justin parou de andar para me olhar melhor, com os seus olhos brilhando sob mim.

— Que bom que lembrou da música. — Comentou voltando a andar e me deixando mais curiosa ainda, principalmente porque eu não conhecia o lugar que eu estava.

— Onde estamos? — Insisti em perguntar voltando a andar atrás do Justin, ele ficou em silêncio mesmo assim, continuando seu caminho pela calçada até parar e olhar para mim de volta.

— No Toronto Music Garden! — Apontou para o seu lado e eu olhei bem, ainda sem entender mas o lugar era lindo demais para me deixar pensando, eu apenas estava muito encantada.

— Eu já ouvi falar desse lugar. — Murmurei ainda encantada, olhando para dentro e era bem famoso para algumas pessoas, ele foi todo criado baseado em uma musica, tinha jardins lindos e cada trecho de uma musica representava uma dessas partes.

— Esse lugar é incrível, foi dedicado a Suíte de Bach No. 1 em Sol Maior. — Falou e eu queria mesmo entender de termos de musica para saber do que o Justin estava falando, mas não compreendo, mesmo assim o lugar é lindo, ainda mais para quem ama a musica como o Justin. — Eu vim aqui com a minha escola quando era criança e achei tão incrível, eu sempre amei a musica, então se tornou meu lugar favorito no mundo para relaxar e compor. — Confessou e eu o olhei quase apertando suas bochechas pela fofura das suas palavras.

     A conexão do Justin com a música era sigilosa mas grande, ele não mostrava sempre mas a gente sabe desde o momento que conhece ele que isso é a sua paixão e era incrível o fato do Justin ter essa ligação com esse lugar incrível.

— Eu entendo quase nada de musica mas amo escutar! — Afirmei passando pelo portão e o Justin me seguiu. — Esse lugar é tão lindo! — Afirmei me virando para o Justin e esbarrei nele por esta perto demais.

— Não tanto quanto você. — Disse perto do meu rosto e eu sorri antes de me afastar. — Não quer saber por que te trouxe aqui? — Sugeriu com um largo sorriso e tentei pensar em alguma razão.

— Não é para falar da ideia que nossos pais tiveram de achar meu pai biológico, né? — Cruzei os braços olhando estreito para o Justin e o lugar era lindo e ótimo para me convencer de qualquer coisa que o Justin quisesse.

      Já falamos sobre tudo isso, sobre a ideia dos nossos pais de achar o meu pai biológico e todo o resto, o Justin achava que poderia da certo, e eu achava que era um absurdo completo, mas que podia mesmo me salvar.

— Bem, já que tocou nesse assunto...— Ponderou me olhando. — Violet vai, não é uma ideia tão absurda assim. — Ele estava mesmo falando disso de novo. — Seu pai pode garantir que você não fique com a Astrid, o que seria muito pior! — Reforçou falando aquilo que já tinha me falado antes.

      Eu sei disso e pensei bastante, mas tinha muitas coisas que não conseguia me convencer de aceitar isso, era horrível pensar que existe um cara por aí que é meu pai e eu não faço ideia do que ele é, como ele pensa, nadinha.

— Ok, pode ser um bom plano, mas se ele não gostar de mim, ou não me quiser? — Questionei. — Eu vou ter que aprender a ser rejeitada de novo, e pior se ele aceitar e for uma pessoa tão ruim quanto a minha mãe, eu não conheço ele, ninguém conhece, não quero colocar a minha vida nas mãos de um estranho! — Desabafei aquilo que estava mexendo com a minha cabeça a dias.

Tinha muitos poréns naquela história, era um tiro no escuro afirmar que o meu pai biológico poderia ser um homem tão bom quanto o Oliver e que aceitasse cuidar de mim com toda a boa vontade do mundo, quando não soube de mim por todos esses anos.

É no mínimo ser otimista demais acreditar.

— É você tem razão, eu mesmo nunca iria deixar você ficar com um estranho. — Me puxou para perto de si. — Mas podemos procurá-lo, apenas para tirar a dúvida se ele é um cara ruim ou um homem de bem, vai dizer que não tem nenhum pouco de curiosidade de saber quem ele é? — Me olhou curioso e neguei mostrando que não tinha curiosidade nenhuma.

— A Pattie pediu para você falar comigo né? — Justin negou rapidamente para a minha perguntar e ele estava falando a mesma coisa que ela e meu pai diziam o tempo todo para mim.

— Ela comentou comigo que você não queria aceitar, vir falar foi escolha minha. — Apontou para si mesma e eu suspirei cansada daquele assunto e apenas querendo seguir a minha vida sem pensar em uma outra parte dela que pode ser um problema. — Violet, eu estou com você. — Levantou meu rosto com delicadeza para eu lhe olhar. — Posso te ajudar a procurar o seu pai e se ele for um homem ruim a gente finge que ele nem existe! — Tentou me convencer, me olhando com seus olhos cor de mel que me tiraram do chão. — Já pensou se você tem irmãos? Não acha que eles mereciam conhecer você? — Tentou tocar no meu ponto mais fraco e era incrível como Justin me conhecia.

— Maldade falar isso! — Cruzei os braços fazendo uma cara triste, pois realmente eu sempre pensei no outro lado, não no homem, mas sim se ele tinha família e se eu tinha outros irmãos, eu amo tanto os meus que fico pensando se não tem mais por aí.

— Podemos fazer isso juntos Violet, pelo menos tentar, melhor do que ver você ficar com a cobra da sua mãe! — Deu ênfase, mostrando que não gosta nem um pouco dessa ideia. — Prometo que não vou deixar ninguém nesse mundo magoar você. — Sussurrou me passando essa confiança e eu desviei os olhos rapidamente para pensar.

     Óbvio que eu confiava no Justin de olhos fechados, eu sei que nem ele, nem a Pattie e o Oliver, fariam algo para me magoar ou me ver mal, eles estavam apenas tentamos me ajudar e mesmo que a ideia de descobrir quem é meu pai biológico parecia horrível para mim, talvez fosse realmente a única saída.

      Nunca ouvi nada sobre ele, apenas sei que é rico, nem sei onde mora, se é casado ou tem filhos, nada, achá-lo não seria tão fácil, mas eu poderia tentar, apenas tentar.

— Ok você me convenceu! — Me rendi vendo o Justin da o seu melhor sorriso para mim. — Podemos tentar achá-lo, mas só tentar! — Avisei seria e o Justin assentiu me puxando para mais perto e beijando todo o meu rosto até o meu pescoço.

— Eu amo a pessoa incrível que você é. — Falou perto do meu ouvido, antes de voltar a me olhar. — Mas nem era sobre isso que te trouxe aqui! — Me olhou estreito e eu abri a boca para falar alguma coisa, mas apenas não queria xingá-lo. — Você que iniciou o assunto eu te trouxe aqui por uma razão bem diferente! — Riu da cara que eu fiz. — Quer saber o que é? — Fez mistério e assenti rapidamente, ouvindo meu celular tocar no instante seguinte.

Peguei o telefone e o nome da Coral brilhava na tela em uma ligação, olhei rapidamente para o Justin que também já podia entender o que estava por vir, então apenas respirei fundo antes de atender e por no viva voz.

— Oi Coral! — Falei tentando agir normalmente.

— A Jessica voltou com o Instagram e ninguém me contou nada! — Gritou tão alto que eu acho que nem precisaria do viva voz para se escutar.

— Voltou? Como assim? Não sabia! — Menti e esse era o combinado, Coral não podia saber que era um plano, porque ela obviamente agiria contra.

— Ela não pode fazer isso, é o meu momento de brilhar! Parece que a Jessica não gosta de ver ninguém ter mais destaque do que ela! — Falou amarga e eu olhei para o Justin que estava tentando entender assim como eu, o que aconteceu com a Coral que conhecíamos.

— Olha, fica calma tá, as pessoas estavam com raiva da Jessica quando ela desativou! — Comentei e ouvi Coral resmungar alguma coisa do outro lado.

— As pessoas estão comemorando, Violet! O nome da Jessica já é o mais citado as pessoas estão felizes porque....— Ela parou de falar aos berros e eu esperei que concluísse. — Porque agora ela pode concorrer comigo. — Murmurou como se odiasse falar isso. — Não é justo! — Resmungou como uma criança mimada.

Aí Coral...

— Não precisa ficar desesperada, na internet tem lugar pra todo mundo! — Tentei ser otimista e eu poderia dizer que Coral iria me xingar se eu continuasse a falar daquele jeito.

— Mas não para mim e para a Jessica! — Disse entre dentes e eu respirei fundo vendo que isso vai bem longe. — A gente se fala depois! — Desligou sem dizer mais nada e eu olhei para o Justin quase não acreditando que estava mesmo falando com a Coral.

— Parece o fim do mundo. — Justin comentou sarcástico e eu estava preocupada demais para usar sarcasmos agora. — Elas vão se resolver, Jessica tem um plano todo traçado e vai da certo! — Tentou me acalmar ao ver que meu olhar não estava nada bom.

— Roubar todos os holofotes da Coral, isso parece que vai acabar em briga! — Dei ênfase e Justin riu de leve.

— A Jessica adora uma briga, é uma Bieber. — Usou o duplo sentido das lutas com isso e conseguiu me fazer ri levemente mesmo que estivesse preocupada.

— Certo, mas você disse que tinha algo para me falar! — Gesticulei voltando o assunto de antes e Justin fez uma cara de que se lembrou disso.

— Claro, pensei em mostrar isso para você em casa, mas aqui seria mais especial. — Piscou para mim antes de puxar a minha mão para sentar na grama ao seu lado.

— Ok, estou pronta! — Afirmei não aguentando mais de curiosidade e parecia que só por saber disso Justin usava muito mais dela do que poderia.

— Você sabe que o produtor recebeu uma musica minha, e ele amou por isso me procurou! — Começou a dizer e eu me lembrava obviamente. — Então, essa musica eu escrevi para você. — Ri achando que era mais uma brincadeira, mas o Justin estava me olhando sério.

    O que?

— Como assim para mim? — Perguntei confusa vendo que ele não estava brincando comigo. — Uma musica... de verdade? — Eu estava surpresa de verdade e Justin assentiu francamente fazendo meu coração bater mais forte.

— Varias na verdade, mas eu gosto dessa em especial! — Confessou e eu não tinha reação para aquilo, achava realmente que não tinha mais como o Justin me surpreender, mas ele sempre consegue.

— Como se chama? — Tentei não demonstrar que estava tremendo com a ideia de ter uma musica sobre mim escrita pelo Justin e ele sorriu.

— Fall. — Falou e eu já amei o nome, acho que amaria qualquer coisa que ele me fala-se sobre essa musica. — Quer ouvir? — Óbvio que eu queria, não era nem uma pergunta.

— Por favor. — Pedi quase sem voz para tudo aquilo e eu estava sentindo que meu coração poderia ser ouvido de longe, eu queria gritar de amores pelo Justin.

O Justin pegou seu celular e colocou a música para tocar, e assim que começou a melodia inicial e eu podia jurar que iria começar a chorar, era perfeita mesmo sem ouvir a voz dele e ver a letra, eu já conseguia sentir toda a emoção que ele quis transmitir com isso e era como tudo que ele fazia.

Eu ouvia toda a letra com atenção, era como se um anjo estivesse cantando ela e a letra.... era a coisa mais linda que já ouvi, parecia que o Justin havia capitado tudo que estava acontecendo comigo, com a gente, e colocado ali, eu nunca senti tanto amor dentro de mim quanto naquele momento. Só queria não chorar como uma criança, mas era impossível, tinha tantos sentimentos naquelas melodias que elas tocavam meu coração de um jeito que nunca senti antes.

— Você está chorando por que odiou? — Perguntou curioso parando a música para me olhar com atenção e eu neguei rapidamente não conseguindo segurar o sorriso.

— Eu estou chorando porque amei e é tão linda! — Me aproximei dele praticamente colocando meu rosto no seu. — Eu amo você, de verdade e amo tudo que você faz! — Afirmei de coração fazendo o Justin sorri. — Você que é um anjo na minha vida. — Dei ênfase, olhando no fundos dos olhos dele.

— Eu também te amo. — Justin disse de volta. — Nada e nem ninguém vai nos separar. — Garantiu e eu confiava na palavra do Justin e eu queria muito que nunca mais nada estivesse entre nós dois.

— Nada e nem ninguém. — Afirmei de volta abraçando o Justin com força e querendo apenas ficar nos braços dele para sempre.

Jacob Bieber Point Of Views.

                              11:37 p.m.

                 04 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

Ninguém deveria tentar me passar a perna, tinha muitas coisas que eu odiava na vida, e uma delas era quem tentava me enganar de alguma forma. Cresci sabendo que um dia eu poderia ser substituído pelo meu irmão, mas ver os caras que eu confio tentarem fazer isso acontecer, era muito pior.

Meu pai queria isso, mas ele estava morta, aí tinha que vir a merda do Tin e tentar. Que cuzao burro, ele não sabe mesmo como as coisas funcionam para mim.

— O futuro da academia tá nas mãos das apostas altas! — Tin começou a falar enquanto eu estava sentado na sua frente em seu apartamento meia boca, apenas o ouvindo enrolar a 10 minutos.

Ele e o filho babaca não tinham coragem de dizer as coisas na minha cara, eles tinham medo, sabiam que na porrada não tinham como me vencer e quando eu me irrito eu sempre resolvo tudo do mesmo jeito.

     Eu vim até Tin, queria mesmo saber o que ele tinha a dizer sobre as apostas, queria ver se ele teria coragem de sugerir o Justin para me substituir olhando na minha cara. Ele não teria, por isso não fez e foi direto no meu irmão falar com ele, querendo me passar a perna de uma forma muito errada, mas ninguém ia tentar ser mais esperto do que eu.

— Eu sei, estou ajudando o Alex, logo ele receberá muito dinheiro. — Avisei e Tin assentiu enchendo o seu copo de bebida e eu acompanhei os movimentos dele.

— O Alex é bom, mas o legado...— Me olhou sugestivo. — Você sabe da história. — Fez um gesto na minha direção bebendo do seu copo e eu assenti sem demonstrar muita reação.

— Meu pai e você criaram a academia para ter lutas clandestinas, ele era o rei de lá e teve uma época que cansaram dele, aí ele teve a brilhante ideia de ter um filho para por no lugar. — Contei a história que Tin sabe muito bem assim como eu. — Ele me fez de propósito, ele queria um menino para seguir seus passos e criou uma expectativa de 18 anos até meu início! — Balancei a cabeça me lembrando de quando ouvi essas palavras.

        Eu tinha 16 anos, meu pai queria me convencer a entrar na luta e começar meus treinamentos, ele sabia que eu era um garoto um tanto rebelde e precisava de palavras duras para me convencer, apesar de tudo eu quase não me metia em brigas, então ele precisava usar o ensinamento certo.

     Então meu pai me contou toda essa história e ainda muito mais. Meu pai tinha um plano com essa história de legado, ele não queria perder o dinheiro que ganhar com luta clandestina, então ele precisava disso, e me fez, foi sorte vir um menino, tinha 50% de chances de ser uma menina, mas meu pai sempre teve muita sorte, mas parecia que as coisas não tinham saído como ele queria.

— Meu pai não quis filhos, ele quis lutadores, mimava a Jessica e depois a Jazzy porque chegaram erradas, os meninos já tinham um destino. — Comentei analisando as expressões de Tin. — Você sabe que o Justin foi feito para me substituir? Como quando se cria um robô e se tem um reserva para caso esse saia de foco.... e eu sei disso desde criança, sabe por que? — Olhei atento para Tin. — Porque meu pai me disse, assim na minha cara, ele disse isso e outras coisas ruins e eu nunca odeie tanto alguém quanto odiei o Justin na vida, porque ele não era o meu irmão, ele era um clone bom meu! — Falei entre dentes. — Por isso ele o ensinou a lutar por trás, mesmo sem o Justin querer, meu pai tinha tudo em mente! — Ri pensando em tudo isso.

      Não existia porra mais louca do que essa história de legado, nada mexia mais com a minha cabeça do que acreditar que o Justin poderia me substituir, eu cresci pensando nisso, eu vivia a merda da minha vida com isso na minha cabeça e fiz de tudo para que nunca fosse real, até ver Tin tentando fazer isso acontecer por trás, porque ele sabia bem que eu não iria aceitar.

— Seu pai tinha um DNA diferente, você sabe lutar, o Justin provou que sabe, é o destino de vocês! — Deu ênfase como se fosse um fato. — Sei que você tem birra com o Justin, mas tem que pensar nos Canadians, nós temos uma reputação nessa cidade, todos esperam um Bieber no ring, e mesmo que você não de números o Justin pode da, pensa no dinheiro, no grupo! — Me olhou com atenção.

É, os Canadians eram ótimos, o dinheiro que ganhávamos com a luta era incrível, mas não valia a pena ter o Justin na academia apenas por dinheiro, eu pagaria para ter meu irmão bem longe de mim se fosse preciso.

Sabe, eu gostava muito de Tin antes, ele era como um pai para mim, sendo que parece que assim como o meu pai ele só estava pensando em me substituir, colocar o Justin no meu lugar, e assim como foi com Jeremy, eu me senti traído, como se meu pai tivesse me trocando de novo pelo Justin.

A academia era tudo que eu tinha na minha vida e eu não queria ver ela nas mãos de alguém que pensava em me tirar de jogo desse jeito, antes de me tirarem de lá, eu vou tirar os outros.

— Claro que eu penso nos Canadians! — Olhei o relógio em meu pulso vendo que estava na hora. — Por exatamente eu pensar nos Canadians que não posso deixar você comandando lá, sinto muito! — Avisei sem nenhuma emoção e Tin riu achando graça.

— Moleque, seu pai deixou a maior parte da academia para mim, você não pode me tirar! — Afirmou se achando e seria mesmo isso.

— Tem cláusulas doidas naquele contrato, você leu? — Perguntei olhando para a bebida do meu copo intacta e Tin assentiu orgulhoso disso.

— Você só assume tudo em caso emergente de, ou eu ser preso, ou eu morrer, caso contrário, o Sebastian ainda poderia assumir no meu lutar e ser o chefe de lá porque é meu filho, sabe, o lance do legado! — Disse sarcástico e eu dei uma risada pela ousadia dele, mas Tin não estava errado, era exatamente isso.

— Pois é, mas eu te garanto que vou tomar conta de lá, vai ser um lugar incrível, vou fazer aquela academia crescer tanto que vai se tornar a maior desse país, você vai se orgulhar de mim. — Prometi para ele de coração e Tin não estava entendendo, porém já iria.

— O que está tramando? — Questionou sério e eu mexi os ombros, eu não estou tramando nada, até porque já fiz.

Fiquei em silêncio esperando, até que Tin se levantou com os olhos arregalados e eu permaneci do mesmo jeito o olhando da mesma forma, vendo ele esbarrar nas coisas se sentindo mal e tentando permanecer de pé, até que caiu no chão começando a ter algo similar a uma convulsão. Neguei lentamente olhando a cena e pensando que ele tinha tanto pela frente se não fosse uma traidor.

— As drogas acaba com as pessoas não é mesmo. — Me levantei devagar ainda o vendo estrebuchar no chão. — Sabia que overdose é uma das maiores causas de morte de pessoas dependentes de drogas? — Cruzei os braços perguntando a ele que obviamente não estava em condições de me responder. — Todos sabem que você usa drogas, mas nessa quantidade? — Olhei para a garrafa de bebida que ele tomou quase que completamente e nem se quer desconfiou que eu teria colocado todo o tipo de droga pesada nela antes de trazer para cá, um bomba completa.

A confiança era algo tão doido, ele nem esperou ou olhou para o líquido antes de virar como um bebum, e dentro tinha drogas o suficiente para matar um elefante, talvez ele aprenda esse lance de confiança no inferno.

Eu aprendi muito bem sobre isso, já não confiava em ninguém direito, eu sabia que poderia ser traído a qualquer momento e estava pronto para isso, assim que Justin me contou eu já tinha um plano em mente, sempre tive para caso as coisas saíssem assim do meu controle.

Ninguém poderia desconfiar de mim, o Tin se drogava, só passou do ponto e foi fatal, que pena, era um homem tão filha da puta.

— Diga ao meu pai no inferno que não terá ninguém no meu lugar, nunca. — Me abaixei do lado dele suspirando e vendo que já tinha morrido e nem esperou eu acabar de dizer. — Avisa ao meu pai que logo eu mando o filhinho favorito dele para lhe fazer companhia, Justin está na minha lista, mas um passo de cada vez. — Murmurei me levantando. — Primeiro eu preciso assumir a academia. — Dei um sorriso para Tin antes de apenas começar a andar para sair dali.

        Eu estava acostumado a matar pessoas todos os dias, não era como se eu fosse me emocionar com essa situação, meu pai nunca pensou nisso antes de me colocar para lutar né? Que em cima de um ring eu iria aprender a lidar com a morte de uma forma muito mais natural do que qualquer outra pessoa do mundo.

       E talvez esse seja o único acerto dele na minha criação.

      Justin Bieber Point Of Views.

                              09 :01 a.m.

                 05 de março  de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

— Pode me dizer que parente é esse? — Perguntei a diretora, que tinha ido na minha sala com a justificativa de que alguém da minha família queria falar comigo na secretaria, mas não disse nomes.

— Um primo, por você ser o mais velho da família ele veio aqui te da uma notícia nada boa! — Comentou entrando na secretaria e eu não tinha primos morando perto, nem lembro quando vi eles pela última vez e aquela história estava muito estranha.

      E logo entendi o que tinha de estranho, pois quem estava diante de mim era Sebastian, de cabeça baixa sentado na secretaria e eu não podia crer que além de ficar do lado de fora me controlando ele agora tinha entrando aqui e estava inventando mentiras para falar comigo. Parece que não serviu de nada o aviso que dei ontem de os querer longe, Sebastian e Tin não ouviam nada que eu falava.

     A diretora entrou na sua sala nos deixando apenas na presença da secretária que estava visivelmente o ocupada e mexendo em seu computador, me aproximei de Sebastian já sério e pronto para xingá-lo quando ele me olhou com uma cara diferente, ele parecia assustado e triste ao mesmo tempo, eu não poderia dizer, mas não soava como deboche e muito menos como algum plano.

— O meu pai morreu. — Disse de uma vez me pegando se surpresa. — Overdose. — Explicou em voz baixa e não parecia ser mentira, ninguém mentira com isso.

— O que? — Perguntei sem entender muito bem.

    Ainda mais por ele está ali na minha frente me contando isso, nunca tive nenhuma ligação com o Tin, o pouco foi quando o meu pai estava vivo e agora quando ele resolveu me seguir, mas nunca foi algo sério para ele vir me contar isso.

— O Jacob vai assumir a academia...— Falou ainda em voz baixa e eu não estava entendendo nada ainda. — Eu tenho certeza que meu pai não se drogaria ao ponto de morrer, ele fazia isso a anos...— Lamentou e não sei bem o que Sebastian queria insinuar. — Eu aposto que estou fodido agora, mas antes disso, antes de me impedirem de falar,  você precisa saber de algumas coisas! — Me olhou com uma certa certeza duvidosa e isso me deixou bem curioso.

    O que será que ele tinha para contar?

Notas finais:

Meu Deus voltei!

    Nem acredito nesse capítulo por Deus nosso senhor!

Olha nem vou falar muito pq o wattpad estava de graça com a minha cara e apagou meus parágrafos varias vezes e quase surtei! Porém estamos aqui!

Domingo tem capítulo! Ainda tem vaga no grupo da Dm! Vai ter perguntinhas no ig essa semana e cifrada nos post! Prestem atenção! A situação vai pegar muito mais fogo agora! Deus nos ajude!

  Bjs e até o próximo!

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