The Family

By FANFICTLOAD

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13, esse è o número exato de adolescentes morando em baixo do mesmo teto. 13 também é a quantidade de tempo q... More

Prólogo:
1. Divorce.
2. marriage.
3. House.
4. Approximation.
6. Friendship.
7. Relations.
8. Just talk.
9. Prove what it says.
10. Coral.
11. Natural.
12. Viral.
13. Festival.
14. Jessica.
15. judged.
16. Instagram.
17. Perfetct Fail.
18. Hazel.
19. halloween.
20. Heaven to hell.
21. How did mom do.
22. Jazzy.
23. Little miss in reality.
24. Jaxon.
25. Influence.
26. Grey.
27. Effect.
28. Illegal camping.
29. Drugs.
30. Jett.
31. Back.
32. Rose.
33. Bullying.
34. Justin.
35. Love songs.
36. You are the music in me.
37. Heartbeats.
38. The melody of my life.
39. Blue.
40. Alert.
41. Manner.
42. Catfish.
43. Jacob.
44. Canadians.
45. Possessive.
46. My crime.
47. Testimony.
48. Jane.
49. Part of history.
50. Violet.
51. Violence.
52. Just like me.
53. Truth hurts.
54. Help.
55. Verdict.
56. Bieber.
57. Toronto.
58. Parker.
59. Greenwood.
60. The family.
61. Brothers and sisters.
62. Black Sheeps.
63. Black Sheeps - part 2.
64. United.
Epílogo:
Notas de agradecimento:
The family 2 is coming

5. Fire and Water.

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By FANFICTLOAD

Notas iniciais: olha a carinha da Violet e o olhar sério do Jacob, indicando que tem muito babado no capítulo de hoje! Kkkkk boa leitura amores!

     

          Violet Parker's Point Of View.

                      03:54 p.m.

      1 de junho de 2016.

     Toronto, Canadá.

     Mesmo que meus olhos estivessem presos a um quadro horroroso de palhaços demoníacos que enfeitava a parede de frente para a cama de Jacob, eu sentia que os olhos dele estavam em mim o tempo todo, me medindo, esperando o momento que irei finalmente falar, já que estamos a uns bons cinco minutos nessa mesma situação.

     Silêncio total.

     Eu vim até aqui, já estou sentada em sua cama, exatamente qual a é chance de eu da para trás justo agora? Deveria ser nenhuma, mas confesso que em meio ao meu silêncio eu pensei em desistir.

    Com certeza sou a pessoa mais indecisa da vida. Eu já tinha ficado calma e decidida a falar com Jacob, a me abrir de verdade sobre as cosias que penso e vivo, mas por alguns instastes, me veio a mente que talvez confiar tão rápido em alguém que conheço a poucos dias seja um erro idiota.

    Mesmo que eu me sinta, estranhamente, atraída pelo Jacob, ele ainda sim é um semi estranho para mim, eu mesma não sei nada da sua vida, enquanto ele já parece ter arrancado boas coisas sobre a minha.

      Queria que fosse tão fácil ser aberta dessa forma, mas eu criei uma parede em volta de mim, uma espécie de escudo contra todos que pudessem ser controladores como Hazel, ela manda em mim, e nos meus irmãos e eu sou a única pessoa que poderia impedir isso, se tivesse um pouco mais de coragem e aprendesse a me impor.

      Jacob disse, que eu não gosto de me impor, mas que fiz isso na noite da apresentação, lá eu estava com raiva, cansada de ser pisada e acabei soltando coisas no calor do momento, e ele parece te visto nisso uma janela para algo em mim que ainda não sei explicar.

     Muitas coisas sobre Jacob Bieber eu não sei explicar, uma delas é porque ele se aproximou justamente de mim, a única que obviamente jamais falaria se ele não começasse a dizer coisas e mais coisas em minha direção.

     Desde a primeira conversa, Jacob garantiu que queria saber mais sobre mim, saber porque sou assim, talvez quando ele souber saia correndo e fuja de mim, não sou uma das pessoas com a vida mais fácil, mas mesmo assim ele quer saber, ele se importa e se interessa pela minha história mais do que qualquer um que eu um dia já cheguei a conhecer.

     Com um jeito único e sedutor, Jacob consegue mexer comigo não só pela aparência física e o ar de bad boy, mas por ele se importa tanto ao ponto de querer saber sobre mim.

     Jacob parecia ainda esperar eu começar a falar, sem pressão, apesar dos olhos azuis dele já me pressionarem bastante a todo o momento. Respirei fundo, trazendo todo o ar para dentro de mim, para poder dizer algo finalmente.

— Queria dizer que talvez minha vida não seja tão interessante assim...— Comecei a falar, quebrando o silêncio, Jacob riu de leve e eu o olhei, me arrependendo no segundo seguinte, já que ele está literalmente grudado em mim e nos rostos quase se chocaram.

— Toda a vida è interessante, Violet, a sua muito mais. — Disse com seu jeito único e intenso de falar, com o rosto tão próximo ao meu que eu poderia me sentir tonta apenas com isso, como se o ar em voz tivesse diminuído.

— Eu nunca fiz nada para que a minha vida fosse interessante. — Tentei não gaguejar, enquanto meu único foco agora é nós lábios atrativos de Jacob.

— Exatamente por você achar que não, é o que me atrai mais. — Deu um leve sorriso tentador antes de se virar para frente, tirando a proximidade dos nossos rostos e quase fui capaz de ficar irritada com isso, mas apenas me concentrei no que de fato vim fazer.

— A Hazel, ela sempre ficou muito grudada na nossa mãe, então por temos idades próximas, eu sempre fiquei com o meu pai. — Comecei a falar me lembrando da minha infância. — Astrid, a minha mãe, ela sempre foi um pouco mais intensa, mandona, já o meu pai, o Oliver, ele sempre foi mais família, sempre calmo e paciente, ele ouvia os chiliques da minha e apenas fica na dele... acho que só isso explica bastante o porque de eu ser assim. — Olhei para Jacob que assentiu, prestando o máximo de atenção.

     Eu nunca conversei sobre isso com ninguém e me sinto tensa em começar a falar com o Jacob, mas vê-lo presta atenção me motivou bem mais a continuar.

— E deixa eu adivinhar. — Me olhou. — A Hazel mandava e você obedecia desde o que... 4 anos de idade? — Perguntou curioso e mexi os ombros de leve me lembrando do quando difícil sempre foi com a Hazel.

— 3 anos. — Murmurei. — Ela jogava a culpa em mim e eu aceitava, acho que aí Hazel viu que eu era um bom saco de pancada. — Suspirei. — Eu não sei dizer, se tem haver com o fato de eu não ser, esteticamente, parecida com os meus irmãos. — Mexi nos meus cabelos loiros olhando para os mesmos. — Mas a Hazel só fazia isso comigo, com nenhum outro irmão...

      Eu não gosto muito de lembrar, mas sempre foi isso, Hazel me excluía das brincadeiras, me fazia de empregada, mandava em mim, me usava para acobertar cada merda que ela fazia, e eu aceitava calada, apenas por ela ser a minha irmã e eu queria manter viva a nossa relação, acho que eu demorei muito tempo para perceber o quanto tóxico isso era, ironicamente só fui notar, quando eu e ela fomos jogadas em uma situação onde eu não sou 100% sua irmã, acho que foi aí que a Hazel revolveu pisar em mim mais ainda.

— Quando tínhamos 10, nossa avó parte de mãe, Ursula, ela veio morar com a gente porque descobriu que tinha câncer, minha mãe não queria muito no início, achou que os filhos iriam sofrer mais se acontecesse algo, mas meu pai a convenceu. — Sorri ao falar de como meu pai sempre foi um homem incrível para todos. — E nisso, ela foi grande responsável pelo resto da minha criação, assim como também criou a Coral e Rose, que como pode notar são quase como eu. — Ri de leve e Jacob assentiu concordando.

      É interessante perceber que minha mãe ficou muito mais com Hazel, Grey, Blue e Jett, e eles são exatamente os mais intensos dos 7, assim como os mais comunicativos e os que se metem em maiores confusões. Talvez o problema tenha sido a minha mãe e a forma como ela dividiu a atenção e cuidados entre os filhos, já que eu tinha vezes que ela parecia selecionar bem isso. Eu não gosto de pensar assim, que a minha mãe havia selecionado alguns filhos para ter a sua atenção, Astrid fez o que pode, apesar do jeito dela, minha mãe sempre tentou ser mãe e somos 7 filhos, nunca o amor e atenção será igual para todos.

— Então você é uma menina criada pelo pai e pela avó. — Jacob disse analisando tudo e assenti. — Foi ensinada a ser boa e gentil o tempo todo, como a definição perfeita de princesa da Disney...— Senti o sarcasmo no tom de voz dele e o olhei levemente seria.

     Eu tenho o maior orgulho do mundo de ter sido criada pelo meu pai e minha avó, isso não muda em nada, aliás graças a isso sou uma pessoa 100% leal aos que estão comigo, mesmo que Jacob não tenha notado, tudo que faço o tempo todo é tentar manter a minha família unida, mesmo que para isso eu tenha que me fingir de cega e surda para as coisas que Hazel faz.

— Não, a Hazel foi criada para isso. — Balancei a cabeça e cruzei os braços. — Enquanto eu fui ensinada a sempre lutar por mim e pela minha família, Hazel parece que aprendeu exatamente o contrário, desde que fez 15 anos, ela tem um ideia fixa na cabeça que quer se casar com um homem rico e minha mãe apoiava...

— Espera aí! — Jacob pediu me interrompendo. — Sua mãe incentivava a sua irmã a arranjar um namorado rico com 15 anos? — Ele parecia incrédulo nisso e parando para pensar é bem louco mesmo, mas aconteceu.

— Sim, ela incentivou, no começo meu pai só falava que não era a favor, até que a Hazel fingiu ter depressão para o cara não terminar com ela... e quando o meu pai descobriu. — Mordi meus lábios. — E foi ai que meu pai disse para a minha mãe parar e ela parou, Hazel dizia que ia focar nos estudos, mas não era bem assim. — Parei por um instante percebendo o quanto eu sempre fui uma idiota em relação a minha irmã. — A Hazel fugia a noite para festas, mentia o tempo todo e eu acobertava.... Ela nem precisa pedir...

     Analisando tudo, agora enquanto eu falo, parece que eu era simplesmente a pessoa mais boba que poderia ter existido nessa terra, e ao lembrar da quantidade de vezes que a Hazel se aproveitou da minha bondade para fazer algo por ela, é aí que eu noto que esse meu jeito não é o melhor por eu ser calma, é extremamente errado por eu me fazer de burra submissa.

— Agora você consegue entender? — Olhei para Jacob que me encarava com cautela. — Consegue ver como não se comprometer é ruim? Nem consigo imaginar a quantidade de merdas que a Hazel fez e teve a sua ajudinha de irmã em acobertar tudo, e o pior, ela está levando todos os irmãos nisso agora. — Ressaltou e pude sentir um frio no estômago, como se eu tivesse tomado um completo choque de realidade agora.

      Meus irmãos não precisavam parar de falar comigo, mas a Hazel mandou eles pararem, assim como mandou eles voltarem a falar, como se fossem marionetes, a marionete que eu sempre fui. Acho que agora, eu vendo tudo diante de mim, consigo até dizer que a Hazel não era tão controladora com os outros irmãos antes de descobrir que eu não era filha do Oliver, parece até que ela começou a usar eles achando que eu não era mais parte da família.

— Ela.... Ela sempre me dizia, que eu vou para o céu, porque sempre fui boa... Mas na verdade ela só queria se aproveitar disso...— Incrível como é muito mais fácil para mim olhar isso agora, ter essa visão que nunca tive sobre a minha própria vida.

      Estou sentindo um aperto no peito ao perceber coisas que nunca eu iria notar, como por exemplo o quanto a Hazel é manipuladora e egoísta, pois eu sempre fiz tudo por ela, mas ela mesmo assim na primeira oportunidade que teve, me jogou para fora do seu círculo apenas por não temos o meu pai.

     E só voltou a se aproximar porque precisa de mim para acobertar tudo que ela faz, como sempre.

— Ela se aproveitava do seu bom coração, conheci muita gente que sofreu isso. — Jacob disse pensativo. — Quando eu fiquei na reabilitação, muitas pessoas lá tinham surtado por conta da exploração que sofriam em casa, eram jovens, tão jovens quanto você... E eles odiavam a própria família, culpavam a família por esta onde estavam, porque eles se aproveitaram do bom coração deles...— Me olhou. — É por isso que eu tinha que falar com você, saber sobre você... Eu vi, exatamente esses garotos.....

— Mas eu nunca faria nada para ir acabar em uma reabilitação. — Falei certa disso e Jacob ponderou a cabeça, como se não concordasse comigo

     É muito diferente não se impor e acabar parando em uma clínica de reabilitação para jovens infratores, eu nunca nem roubei uma caneta na sala de aula, quanto mais fazer algo tão grandioso para acabar em um lugar como esse.

— Você não entendeu... Tem gente que claro que foi presa por ser louco mesmo, mas tem alguns, esses jovens que citei, que estão la porque pagam o erro de algum parente! — Explicou me deixando sem entender. — Tem um cara que está lá preso no lugar do irmão que e maior de idade e nunca vai denunciá-lo por ser seu irmão! Tem outro lá que é super quieto, igual a você, ele está lá porque se meteu em merda para pagar a dívida de drogas da mãe! — Contou me deixando atordoada.

— Eu não podia imaginar que era assim. — Fui sincera,nem conseguindo raciocinar direito.

      Tem jovens que estão presos para defender sua família, basicamente o que eu faria se precisasse, entraria na frente de qualquer coisa pela minha família. Agora eu entendo o que o Jacob viu em mim.

— Tinha um cara lá de 18 anos, que ele foi preso depois que perdeu a cabeça algumas vezes, ele é considerado o causador da morte do pai, mas ele diz que não fez, mesmo que a perícia prove ao contrário.... E ele so não explica o que aconteceu porque quer proteger a imagem do pai, mesmo com ele morto. — Olhou nos meus olhos, me fazendo capitar toda a emoção dele ao dizer isso.

     É visível que Jacob viu e ouviu de tudo na reabilitação, mesmo que eu pudesse garantir que todos lá eram apenas garotos irresponsáveis e brigões, não é só isso, tem uma parte, mesmo que mínima, que é extremamente afetada. Eu só não podia saber que Jacob, logo ele que parece tão no próprio mundo, se preocupou com isso, não só com aqueles garotos, como comigo também.

— Foi por isso que você queria me ouvir? — Perguntei sinceramente. — Achou que eu ia surtar ao ponto de fazer algo? Ou iria defender a Hazel até o fim? — Eu esperava que Jacob não afirmasse, mas ele fez, firmemente como total certeza disso.

— Você pode não ter notado, mas no dia do casamento, eu olhei para você assim que te vi, te achei linda, mas vi que estava isolada, mesmo no meio dos seus irmãos. — Comentou e colocou sua mão sobre a minha, entrelaçando. — Depois a Jessica contou que você discutiu com a sua irmã, e durante a festa eu não tirei os olhos de você e vi que não ficava com seus irmãos, então imaginei que eles estivessem te excluindo. Na hora da apresentação, você mostrou frieza ao falar, sendo totalmente diferente do que é, e esses nesse segundos, Violet, que te levam a fazer algo que te leva parar na Reabilitação! — Eu preferia que ele não fosse tão direto assim, mas já que foi, quase não consegui palavras para responder.

      Jacob viu em mim algo que ele tinha visto ao monte onde estava antes, e isso é difícil de aceitar, sempre achei que estivesse tudo bem comigo, que eu era certa em ser desse jeito, até esse momento, agora para mim tudo que involve silencio, significa guarda mágoas e palavras que podem sair em outro momento, que podem ferir alguém ou a mim.

— Quando a minha avó morreu, ela disse que eu não era filha do meu pai e sim de uma tentava de golpe da barriga da minha mãe, que mesmo casada com o meu pai tentou isso... e não deu certo. — Tentei me manter instável mesmo com as emoções dentro de mim começando a aumentar. — Não foi fácil saber que eu não era filha do homem que eu via como espiração, assim como também não foi fácil ver minha mãe como alguém egoísta a esse ponto..... Foi a pior dor que já senti, eu queria sumir, mas eu estava certa que eu não tinha forças naquele momento de lutar pela minha família... Eu não sabia nem que eu era!

      As emoções me levaram a começar a falar uma série de coisas que eu não confiaria nem a mim mesma para saber, coisas que estavam dentro de mim o tempo todo e que me sufocavam, mas que eu engolia para apenas ficar bem, mesmo aparentemente.

— A Hazel deu a ideia de pedirmos ao Oliver para fingir que a vovó não disse nada, assim nossa família ficaria bem... Eu não neguei, pela primeira vez não fiz algo que a Hazel pediu, e justamente nesse momento, meus pai se separaram, obviamente a Hazel me acusou, ainda mais quando a mamãe foi embora e nunca mais deu notícias. — Tentei não deixar as lágrimas descerem pelo meu rosto e olhei para o teto, tentando evitar o máximo isso. — Minha mãe nem falou comigo depois, como se me culpasse também, meus irmãos por causa da Hazel me odiaram por meses e a única pessoa que se manteve me amando foi a única que não tinha o meu sangue... Eu destruí a minha família...— Não foi possível mais segurar as lágrimas, elas escorreram pelo meu rosto.

      Acho que a primeira vez que admito para mim mesma que destrui a minha família, e não estou dizendo isso por não ter aceito o plano da Hazel, e sim por todo o resto, talvez eu e meu jeito tenham levado a tudo isso, se eu não fosse tão boa, em algum ponto eu poderia acreditar que a vovó não contaria esse segredo, que meu pai não iria comprar uma briga com a minha mãe por ter mentido sobre mim, já que eu sempre fui a mais apegada a ele, a Hazel não pisaria em mim e eu não ficaria solitária por meses.

— Ficou louca? Claro que isso não é sua culpa, se tem alguém culpado é a vagabunda da sua mãe? — Jacob disse e olhei rapidamente para ele não acreditando em suas palavras grosseiras. — O que foi? Ela nem olhou para a sua cara depois do que aconteceu e quer que eu chame ela de super mãe? — Questionou sério e apenas fechei os olhos deixando mais lágrimas caírem.

     Jacob tem razão, a minha mãe também não ajudou muito, ela causou isso tudo, e no final ela nem ao menos falou comigo. Eu queria ouvir o que ela tinha a dizer, uma explicação, mas ela nem ao menos olhou na minha cara até sair e sumir. Talvez ela não se importasse tanto com os meus sentimentos quanto achei, reforçando aquela teoria do amor seletivo de mãe.

— Se eu não fosse tão medrosa, se eu soubesse me comprometer, talvez nada disso estaria acontecendo, meu pai não precisaria me defender... talvez a briga com a minha mãe nem fosse tão ruim. — Limpei algumas lágrimas que caiam, mas não adiantou muito. — E todos seriam felizes....

      Estou me abrindo de verdade, com todo o meu coração, eu queria ter feito algo, não queria ser jamais o motivo dessa confusão toda, se hoje estamos todos aqui é porque eu sou a culpada, mesmo que não totalmente, mas em partes.

— Você não precisa se culpar, a vida é difícil, mas nem sempre o que parece ser causado por nos é. — Disse me olhando com atenção e passou uma das suas mãos em meus cabelos. — Pensa pelo lado bom, você me conheceu...— Ri de leve com esse comentário. — E pensa pelo lado melhor ainda, graças a mim você abriu seus olhos e agora vai agir diferente, mudar....— Sugeriu e olhei para ele, Jacob tratou logo de tentar limpar as minhas lágrimas, enquanto eu tentava pensar no que ele disse.

— E como você acha que eu mudaria? Ficando igual a Hazel? — Foi uma pergunta sincera, já que eu não conheço nada mais diferente do que eu, mas Jacob negou rapidamente e continuou com suas duas mãos segurando o meu rosto e acariciando.

— Sabe o por que eu fui preso? — Perguntou me olhando nos olhos. — Eu bati em dois caras até mandá-los para o hospital, mas já fiz isso diversas vezes e nunca fui pego.... A anos atrás eu não era assim, quando o meu pai morreu tudo mudou, eu principalmente, nada fazia sentido e eu me perdi tentando achar isso que você também quer achar, o equilíbrio entre o bem e o mal...— Pontuou com uma calma que estava me transmitindo, me fazendo ficar relaxada e concentrada em suas palavras.

     Jacob não só mexe comigo, ele parece meio que me controlar as vezes, se estou super nervosa, ele apenas consegue tirar isso de mim, como agora, que seus olhos azuis como o céu, apenas levou embora metade da minha agonia e mágoas, como um remédio que cura a dor, Jacob Bieber erradamente, está se tornando uma droga que preciso.

— E como acha que daria certo comigo? — Minha voz saiu como um sussurro e Jacob ficou em silêncio por alguns segundos.

      Eu não sou como qualquer garota, tudo mexe muito comigo, mesmo que eu não demonstre sempre, há uma parte de mim destinada às coisas que me deixam sem dormir, Jacob é uma delas, se eu mudasse meu jeito, talvez eu pudesse encarar ele de outro jeito... um jeito que só tem na minha cabeça.

— Porque eu vou te ajuda, fazer com você o que não fizeram comigo, agora eu não sou mais explosivo, encontrei o equilíbrio, e você também pode encontrar. — Deu um leve sorriso para mim e me afastei dele, chegando um pouco para trás, como uma forma de defesa pessoal e mental.

    Não posso negar a desconfiança que me tomou ao ouvir isso, Jacob quer me fazer ser como ele? Onde exatamente isso ajuda, porque eu posso garantir que uma primeira impressão visual do Jacob da vontade de nos mantermos o máximo de longe possível, eu não quero me tornar alguém que as pessoas fogem, eu apenas quero saber como ser mais viva e não apenas uma peça do jogo de alguém.

— Não sei se é uma boa ideia...— Confessei. — Aliás, você não precisa me ajudar mais do que já ajudou abrindo os meus olhos. — Garanti e dei um leve sorriso tenso para Jacob que me encarava com um olhar de poucos amigos.

      Não é bem a minha ideia virar alguém como Jacob, a mudança que eu quero é apenas saber dizer sim ou não para a Hazel e encarar as situações de frente, de resto posso muito bem continuar sendo a Violet.

— Eu não quero mudar todo o seu jeito e te transformar em mim, até porque o que me encanta em você é isso. — Me olhou de cima a baixo. — Você é a água e eu sou o fogo, faz sentido? — Levantou uma sobrancelha com um olhar petulante e eu nem ao menos precisei respondê-lo. — Claro que faz, eu quero você do jeitinho que é, só com mais coragem, e eu vou te da essa coragem! — Afirmou com tanta certeza que até eu mesma poderia afirma que aconteceria.

     Confesso que minhas pernas tremeram levemente ao ouvi-lo dizer que somos como fogo e água, até porque eu concordo completamente, levando em conta tudo que eu sou, Jacob é exatamente o oposto. Mas mesmo assim eu não sei como ele pretende me deixar do jeito que sou, sendo apenas um pouco mais corajosa, como ele disse.

— Como? — Perguntei cética e Jacob riu de um jeito único só dele. — É sério, como você faria para isso acontecer? — Estou surpresa que Jacob ainda não tenha feito nenhuma piada com a minha insegurança, já que ele faz isso sempre que nos falamos.

— Você é tímida e muito medrosa, não vai rolar assim...— Mordeu os lábios mexendo exatamente como o ponto da minha insegurança, nada surpreendente. — Mas é fácil, basta confiar em mim, você confia? — Foi uma pergunta idiota, já que estou aqui falando da minha vida é óbvio que confio no Jacob.

— Confio, claro. — Fui direta e clara, o que fez ele sorri de canto para mim.

— Todos tem coragem, você tem, só não sabe como expor.— Se aproximou de mim, levando sua mão delicadamente para o meu rosto e me causando um arrepio por todo o corpo. — Existe vários jeitos de fazer uma garota se impor e eu sei todos eles. — O ar me fugiu ao ouvir essas palavras da voz roca de Jacob.

    Não sei o que ele está tentando dizer com isso, mas meu coração quase não se aguenta dentro do peito apenas com a proximidade e a força que suas palavras exercem sobre mim, cada uma delas, ditas de forma única, quase como se pudesse me enlouquecer.

— Eu gosto de você Violet, chega a ser perigoso a forma como me importo... imagina se eu... me apaixono. — Sussurrou perto do meu ouvido e fechei os olhos sentindo uma corrente elétrica passa pelo meu corpo. — Mas de uma coisa eu tenho certeza.... Nós dois não seremos irmãos...— Se afastou um pouco parando seu rosto diante de mim novamente, tão perto quanto da última vez.

      Disso eu já tinha certeza, eu e Jacob não somos irmãos, jamais nos tratamos como se quiséssemos ser, sei que meu pai e a Pattie querem que essa união aconteça, mas talvez realmente ocorra uma união aqui, mas não da forma como eles imaginam. Se eles vissem isso agora eu e Jacob estaríamos em grandes problemas, mas por incrível que pareça, pela primeira vez na vida, eu não estou nem aí para os problema que eu posso me meter estando tão perto assim de Jacob.

       Ele muda não só a minha forma de pensar, assim como muda as minhas ações, basta se aproximar e eu esqueço totalmente quem eu sou.

      A proximidade entre nós parecia aumentar mais a cada segundo,  mas so não parecia que ele queria me beijar porque está na cara que ele quer, se não quisesse não estaria tão perto, não diria as coisas que disse.

     Tão difícil afirmar que eu não quero também, até mais do que ele se duvidar. Jacob é como um imã, me atrai completamente de uma forma que quando está perto eu não consigo ver meios de me afastar.

     Não sei onde isso vai nos levar, mas eu não vou parar e pensar, eu irei até onde for.

       Os lábios de Jacob roçaram de leve nos meus e isso já foi o suficiente para um calor diferente subir pelo meu corpo, uma chama que nunca senti antes, em nenhum segundo. Ainda não era um beijo, mas só esse leve e provocativo contato já me fazia perder o resto dos sentidos e a força em mim mesma.

     Eu poderia jurar que ele estava esperando eu tomar a iniciativa de beija-lo, mas nesse segundo não consigo nem ao menos manter a minha respiração regulada. Quero beija-lo, óbvio que quero, minha cabeça só precisa tomar em conta e me fazer agir.

     Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa ou em tomar alguma atitude, meus ouvidos foram capazes de ouvir gritos bem ao longe, junto com um falatório sem fim, no início achei que era coisa da minha cabeça, isso até tentar deixar mais claro e notar que não é, muito pelo contrário, são gritos aqui dentro de casa.

— Está ouvindo? — Me afastei de Jacob subitamente olhando para as escadas do sótão, jurando que poderia ouvir mais dos gritos ao longe.

— Não estou ouvindo nada. — Resmungou desanimado e neguei ficando de pé no mesmo instante.

     Não é possível que Jacob não esteja ouvindo isso, da para entender os gritos finos de alguém e outra gritaria junto, não é algo muito perto mas também não longe o suficiente para ser na rua.

— Tem alguma coisa acontecendo! — Olhei para Jacob seria e ele franziu a testa, como se tentasse ouvir o mesmo que eu. — Vamos ver o que é! — Exclamei pegando na mão dele o puxando da cama para começar a andar.

     Eu não sei o que está acontecendo nessa casa e por essa razão eu não queria ir tentar descobrir sozinha, nunca se sabe o que pode está se passando e pelo menos Jacob não tem medo de nada.

      Descemos as escadas e os gritos de tornaram mais claros no mesmo instante que começamos a andar pelo corredor, o falatório era visivelmente uma discussão. Olhei para Jacob e acho que já entendi o que está acontecendo aqui. Fomos para o segundo andar mais rápido e assim que paramos no início do corredor já era possível ver de onde vinha os gritos e a discussão.

       E imagina? Parker de um lado do corredor, Bieber de outro, mas dessa vez não parece que eles estão apenas discutindo como das últimas vezes, agora Grey estava segurando Blue, tirando os pés dela do chão enquanto a minha irmãzinha tenta avançar em direção a alguém e gritava coisas desconexas, enquanto meus outros irmãos batem boca com os Bieber. E não estava uma situação muito diferente do lado deles, Justin tentava conter Jessica que estava na frente de Jazzy e parece defendê-la de alguma coisa, e pelo o pouco que já vi, está tentando defendê-la de Blue.

    O que diabos aconteceu aqui?

— Gente! — Tentei falar em meio à confusão e passei para o lado dos meus irmãos, tentando entender o que está acontecendo, mas eles só sabiam gritar com os outros e nem ao menos me deram bola.

      Bufei irritada e passei as mãos nos cabelos sem saber o que fazer para que eles parem de querer se matar no meio do corredor. Tentei achar Jacob no meio dos Bieber, mas ele não estava mais lá, simplesmente sumiu, ou saiu para não se meter nessa confusão sem tamanho que está acontecendo aqui. Pelo ânimos já da para notar que algo grave aconteceu, se Grey não segurasse Blue ela já teria partido para cima de alguém e a Blue nunca foi disso, ela chega esta vermelha de raiva.

— Grey! — Me aproximei dele passando pelo Jett que só faltava rosnar para o outro lado. — O que está acontecendo? — Gritei confusa, ele me olhou sem saber se segurava a Blue ou falava comigo.

— A Jazzy, ela rasgou os livros favoritos da Blue! — Apontou para o chão perto dos pés de Jessica e era possível ver uns três livros com suas folhas soltas e rasgadas no chão. Abri minha boca surpresa.

— Por que? — Perguntei e Grey tentou me responder, mas acho que com isso ele diminuiu as forças e Blue se soltou, correndo em um piscar de olhos para o outro lado e agarrando os cabelos da Jazzy.

      Ambas têm 11 e 10 anos de idade, mas agora estão brigando como se tivessem 30, o que me deixou levemente em choque a princípio antes de correr para tentar tirar a minha irmã de cima da garota, já que a Jazzy estava visivelmente em desvantagem, os Bieber também estavam tentando fazer isso e no final, todos tentavam separar a briga de duas crianças pré adolescentes.

— O que é isso? — A voz do meu pai se fez mais alta que as outras e eu apenas o senti entrar no meio e puxar Blue para trás com apenas uma mão.

— Chega! — Pattie gritou no meio de todos e ninguém mais abriu a boca ou moveu um passo se quer, diferente do meu pai, nós já sabemos que a Pattie é muito mais rígida, da última vez tivemos que limpar uma sala de jantar sozinhos.

— Vocês estavam brigando? — Meu pai perguntou sério e acho que ele está mais irritado do que costumo ser, talvez ele já tenha ficado assim quando separou uma briga do Jett uma vez, mas piora quando se ver a Blue, a doce Blue, fazer isso.

      Ninguém disse nada, nem um som feito e duvido que alguém se manifeste agora, basicamente é o que sempre acontece, a gente briga entre si, quando Pattie e Oliver chegam, ninguém faz mais nada.

— Brigando com tapas! Pelo amor de Deus! Vocês estão loucos? — Pattie exclamou furiosa e eu podia ver seu rosto avermelhar ao decorrer que o silêncio não lhe respondia. — Você eram para se tratarem como irmãos, não como animais! — Disparou e olhei de leve para o outro lado, vendo Jacob parado alguns poucos metros atrás, apenas olhando tudo de longe.

      Foi ele que chamou nossos pais, óbvio, melhor decisão a se fazer ao invés de se meter no meio como eu fiz, mas eu fiquei preocupada, a situação estava muito séria e eu apenas não pensei.... agi por impulsos para defender os meus, como sempre.

— Ninguém vai responder? — Meu pai moveu seus olhos para seus filhos, mas nada foi dito. — Blue, você é um ano mais velha que a Jazzy, então fale! — Mandou olhando para ela e todos fizeram o mesmo esperando que explique.

     Minha irmã estava vermelha e descabelada, sua respiração ofegante e parecia até que ela queria chorar. Se o que Grey disse é certo, a Jazzy rasgou só livros favoritos da Blue, e isso já justifica tudo, Blue trata os livros dela, qualquer um, melhor do que trata as pessoas se duvidar.

— Ela! — Apontou para a Jazzy, com a voz embargada. — Rasgou os meus livros preferidos! — Disse já chorando e me deu um aperto no peito e uma vontade enorme de abraçá-la.

— Jazmyn Bieber. — Pattie olhou para ela nada feliz com isso e a menina do lado de lá, já chorava enquanto tentava ajeitar os cabelos.

— Ela quebrou meu troféu favorito para colocar os livros dela na prateleira do quarto! — Gritou em lágrimas e se agarrou ao Justin ao seu lado, chorando de soluçar e agora me deu pena dela também.

     Na verdade as duas são apenas crianças, não sei a que ponto isso foi parar em uma briga física, mas ambas são muito novas para terem esse pensamento, assim como da para ver que elas não queriam isso tudo, apensas estão chateadas com o que perderam.

— Blue, por que fez isso? — Meu pai disse mais calmo, já começando a se sensibilizar com as duas em lágrimas.

— Era a minha parte do quarto, ela queria os troféu dela lá! Não é justo, então eu fui tirar...— Olhou de canto de olho para a Hazel um pouco atrás dela e minha irmã mais velha assentiu de leve. — Ele caiu...— Concluiu me fazendo notar que Blue está mentindo, mas isso não é o pior que notei.

     Hazel...

— Jazzy, e isso desde quando justifica rasgar os livros dela? — Pattie colocou as mãos na cintura ao olhar para a filha que afastou o rosto do Justin para olhar a mãe, mas antes disso encarnou bem diretamente a Jessica que não precisou dizer nada.

— Eu fiquei irritada...— Isso não justificou nada, Pattie e Oliver parecem ter comprado, mas eu não.

     Isso de longe tem cheiro de armação, não das duas que são crianças, mas sim de duas pessoas que sabem bem o que estão fazendo. Hazel e Jessica, elas compraram birra uma com a outra desde o segundo que se viram no primeiro dia, como se não bastasse todas as discussões começaram por elas, no dia da apresentação, no café da manhã, e claramente essa de agora também.

     Só quem é burro não nota que de alguma forma Hazel e Jessica influenciaram as mais novas a fazerem o que fizeram, assim causando uma briga generalizada de novo. Sendo que dessa vez elas pegaram pesado demais, usaram as pequenas para isso, para colocar em cheque algo que elas criaram entre si. Não haveria brigas se não fossem elas, eu poderia dizer que conviveríamos em plena paz se elas não instigassem e começassem cada confusão.

— As duas estão de castigo até aprenderem a se tratar como pessoas e irmãs! — Pattie deu a sentença e eu quase respondi que se depender de Jessica e Hazel isso nunca iria acontecer. — Se eu ver as duas brigando mais uma vez, eu pego os livros e os trofeus e guardo no porão, fui clara? — Alternou o olhar entre as duas, que assentiram rapidamente sem nem ao menos reclamar.

— Agora vão para o quarto por favor. — Meu pai pediu e elas se moveram, saindo pelo mesmo lado, mas sem trocar nenhuma palavra se quer. Olhei para Hazel que parecia bem calma e tranquila, a cara nem oscila diante da merda que causa, como pode?

— Os outros, voltem para as suas vidas, e se eu ver mais alguém brigando por aí, todos ficaram sem celular! — Pattie alertou e todos assentiram antes de começarem a andar seguindo seus caminhos.

Puxei Hazel pela mão, antes que ela pudesse ir e me aproximei para perguntar em voz baixa, apenas para que ela me escute.

— O que você disse para que a Blue fizesse isso? — Mantive toda a calma dentro de mim ao fazer essa pergunta e Hazel riu maldosa antes de olhar para os dois lados e ter certeza que ninguém mais prestava atenção.

— Só foi um pouco de incentivo com palavras, não podemos deixar os Bieber se acharem melhores, vamos acabar com eles. — Sussurrou para mim e eu conseguia ver o veneno em cada palavra dita por Hazel.

— Isso não é uma guerra, Hazel. — Tentei não ficar nervosa com a forma que ela disse isso, mas Hazel apenas negou, com um olhar leve quase como se tivesse certeza do que afirmaria a seguir.

— Eles começaram, eu apenas estou defendendo os meus. — Garantiu com um leve sorriso cínico. — E como uma boa irmã, você vai ficar calada, eu sei o que estou fazendo, eles vão levar tanto, que irão aprender a respeitar os Parker, por bem, ou por mal. — Piscou para mim, se afastando e seguindo Coral que a esperava.

Quase não tinha palavras dentro de mim para expressar o que estava sentindo no momento, não era raiva da Hazel e da Jessica, mas sim indignação, como elas acham que podem montar um jogo de xadrez e usar os irmãos como peça? Isso é doentio, Hazel já não bate nada bem da cabeça e para bobear, achou alguém que bate na mesma sintonia.

E agora isso vai virar um manicômio.

Olhei para o lado e as únicas pessoas que restaram era Justin e Jacob, encarei o Jacob, esperando que ele consiga mesmo sem dizer nada me da uma luz sobre o que fazer agora, eu já sei que não passo ficar parada, mas até então não sei como. Mesmo tentando prestar atenção ao que Justin dizia, Jacob me olhava por cima dos ombros do irmão, como se quisesse dizer que está prestando atenção em mim e ao mesmo tempo me incentivando.

Acho que, o melhor a se fazer é contar ao Oliver e a Pattie exatamente o que Hazel anda tentando fazer e creio que Jessica também, aposto que os dois não vão aceitar isso e tomarão alguma atitude certa, que não cabe a mim fazer.

Então é isso, vou contar a eles.

— Vocês sabem para onde meu pai e Pattie foram? — Perguntei a Justin e Jacob que me olharam e depois se olharam, como se estivessem curiosos para saber o que vou fazer.

— No quarto deles. — Justin respondeu mais rápido e Jacob sorriu me apoiando antes de andar e começar a sair do local.

Justin continuou parado e respirei fundo antes de começar a andar em direção ao quarto dos únicos que podem para essa confusão. É o certo a se fazer e eu tenho que fazer o certo.

— Ei! Violet! — Justin me chamou e olhei para ele por cima dos ombros. — O que pensa que vai fazer? — Estreitou os olhos para mim, como se pudesse entender a minha intensão se esforçasse um pouco mais.

Eu não deveria dizer nada, aliás eu não vou, não sei até onde o Justin sabe e concorda com as atitudes de Jessica, mesmo que esteja tudo bem entre nós, não quero arriscar que os outros saibam que fui eu que contei tudo, a Hazel é capaz de me matar sufocada com o travesseiro se souber.

Ignorei o Justin voltando a andar um pouco mais centrada em direção ao quadro dos nossos pais, mas o meu silêncio não bastou para que Justin me deixasse em paz, acho que isso meio que confirmou alguma leve suspeita na sua cabeça.

— Violet, você não pode contar! — Falou e olhei rapidamente para trás vendo que ele me seguia apertando os passos para se aproximar.

Aí não, só faltava essa.

— Contar o que? — Me fiz de desentendida e tentei aumentar mais a velocidade e me manter bem longe de Justin, ao mesmo tempo que o foco era chegar ao quarto deles logo.

— Que obviamente a Jessica e a Hazel estão metidas até o pescoço em todas as confissões! — Jogou certeiramente e não sei como ele sabia que ia ser exatamente isso que estava querendo contar.

— As pequenas não tem culpa. — Parei de andar e olhei para o Justin que se aproximou em instantes de mim. — Eu não posso deixar ela ficarem em problemas por causa de Jessica e Hazel! — Fui bem clara e Justin respirou fundo, parecendo está prestes a querer me explicar algo difícil.

— Violet, eu mais do que ninguém quero o bem da minha irmãzinha, mas isso é briga de gente grande, não é contando para os nossos pais que vai parar, muito pelo contrário as duas vão tentar achar quem falou e vão jogar alguma para cima dos pequenos! — Pontuou calmamente mostrando que tem total razão, e deixou a entender até que ele já pensou nisso antes.

— Eu falo que fui eu! — Tentei não mudar de ideia mesmo com as palavras certas dele. Eu preciso fazer alguma coisa, pela primeira vez na vida e Justin não via me impedir disso.

— Claro, aí você não tem provas e assim que as duas souberem que foi você, vão te atacar friamente. — Disse petulante, levantando uma sobrancelha, como se me tentasse a continuar mesmo assim. — Vai por mim Violet, eu sou tanto contra essa guerra quanto você, mas assim não vai resolver nada. — Ele está coberto de razão.

Mas só de lembrar do rostinhos das pequenas, da forma como Jessica e Hazel manipularam toda a situação, eu não me importo se eu for atacada, pior é as crianças se atacando o tempo todo por influência das maiores, isso eu não posso aceitar mais, não depois da minha conversa com Jacob. Eu posso fazer a diferença para os meus irmãos, eu vou fazer.

— Eu aguento, sempre aguentei....— Dei um sorriso tenso para o Justin que me olhou surpreso, mas antes que ele pudesse dizer algo, corri na direção onde ficava o quarto dos nossos pais, o deixando para trás.

— Violet! — Ele me gritou, me seguindo e correndo atrás de mim pelos corredores. — Você é louca? — Perguntou me seguindo e eu ia parar na frente da porta, mas como ele correndo tão perto, não deu, então eu dei meia volta e passei por ele correndo para o lado oposto.

— Você não pode decidir por mim! — Respondi olhando rapidamente para trás e Justin ainda me seguia, entrei em um quarto que estava com a porta aberta e na hora notei ser o de Jett e Jaxon.

— Eu me preocupo com você, se não percebeu! — Apareceu na porta e já estava visivelmente cansado assim como eu, apesar de não termos corrido muito, foi rápidos demais e isso já bastou para nos cansar.

— Você não vai me impedir! — Subi em cima da cama de Jett, assim que Justin entrou dentro do quarto, pelo menos sei que ele não pode tocar em mim, apesar de parecer ser essa a intenção.

— Garota você está falando sério? — Parou e me olhou com um olhar divertido ao se aproximar da cama. — Posso fazer isso o dia todo. — Sorriu brincalhão e dei um grito quando ele tentou me pegar e desci da cama correndo em disparada para fora.

Isso é ridículo, parecemos duas crianças brincando de pique e pega pela casa, mas não estamos nem de longe brincando, eu no caso não estou, estou pronta para falar com o meu pai e a Pattie sobre tudo e ninguém vai mudar essa minha decisão.

Corri mais rápido que o Justin dessa vez e cheguei com alguns segundo de vantagem até a porta do quarto dos nossos pais, mas antes que eu pudesse bater nela ou abri-la, Justin se aproximou em segundos e me virou rapidamente, me prendendo na porta, colocando seus dois braços segurando os meus e me impossibilitando de sair.

— Te peguei. — Afirmou ofegante assim como eu, tentei me mexer mas ele estava mesmo me segurando contra a porta do quarto e fiquei por alguns segundo sem saber mais o que fazer.

Talvez se eu gritar eles abram a porta e Justin tenha que me soltar, já que estou encostada nela, mas acho que isso traria problema para nós dois, não seria tão fácil explicar por que o Justin está me encurralando desse jeito na porta, e mesmo que eu tentasse explicar, uma cena vale mais que 1 milhão de palavras.

— Violet, me escuta, não adianta dizer aos nossos pais o que está acontecendo, o lance aqui é outro, Hazel e Jessica não se abalam fácil, não é castigo que vai parar elas, isso só vai acabar se de alguma forma, com algum milagre, alguns dos Bieber se dessem bem com os Parker... no caso nós dois. — Olhou nos meus olhos, bem no fundo deles, e eu queria poder dizer que entendi, mas isso não seria verdade.

Justin é bem inteligente, isso eu já tinha notado, mas as vezes parece que as palavras dele tem duplos sentidos perigosos, estranhos e nada normais, mas que eu de verdade queria entender o porquê de serem.

— Como assim? Sugere o que? Que nós os dois tentemos unir nossos irmãos e apaziguar qualquer conflito, apenas nós, juntos, por que nos damos bem e não queremos nada nessa briga? — Foi um pergunta obviamente irônica, para que Justin veja que coisas desse tipo jamais dariam certo.

— Exatamente! — Justin disse animado me fazendo abrir a boca levemente espantada, era uma brincadeira.....— Qual é a melhor forma de acabar com guerras? Mostrando interesses incomuns dos dois lados, os aproximando, e nada melhor que nós dois, uma Parker e um Bieber para fazer isso! — O sorriso lindo do Justin quase conseguiu me convencer 100% dessa loucura.

É uma completa maluquice, e não importa o quanto o Justin seja tentadoramente inteligente e fofo, isso não aconteceria muito fácil, os nossos irmãos parecem ter comprado uma briga enorme uns com os outros, não será tarefa fácil fazer ao contrário.

— Por que acha que nós dois seríamos capazes de conseguiu? — Questionei genuinamente, apenas querendo ver um ponto de destaque em nós dois juntos, por que desde o início, Justin e Violet só causa equívocos, nada de realmente bom.

      Ele me olhou, com o seu sorriso encantador que poderia iluminar o mundo, e por alguns segundos esqueci que Justin me pressionava contra a porta e estava perto, talvez, só talvez....

— Porque nós dois fazemos uma bela dupla, não acha? — Murmurou curioso e eu tive que ri com isso. — O que foi Violet? Você ainda não notou? - Me olhou sarcástico e neguei ainda sorrindo para ele. — Nós somos únicos e especiais.....— Garantiu sorrindo assim como eu e assenti concordando com isso e ele também movimentou a cabeça como sim.

       Justin oficialmente é a pessoa mais alto astral que eu conheço, não sei se outra pessoa me faria ri tão rápido quanto ele, acho que pelo menos isso de bom poderia ter no meio dessa confusão toda, uma pessoa legal e perfeitamente....

    Senti a porta atrás de mim se destrancar e eu quase cai para dentro dela quando foi aberta, mas por sorte o Justin estava segurando meus braços, ele me virou me colocando ao seu lado assim que sua mãe abriu a porta por completo e olhou para nós, levantando as suas sobrancelhas em dúvida no mesmo instante.

        Ótimo, eu ia dizer que vai da super certo essa união minha com o Justin, mas como funcionaria algo sendo que toda vez que estamos juntos acontece algo extremamente comprometedor?

— Oi mãe! — Justin disse e olhei de canto de olho para ele que sorri naturalmente, enquanto eu só faltava gritar que estava fazendo algo aparentemente errado.

— O que foi? Vocês dois...— Olhou para mim e para o Justin como analisasse a situação e eu queria gritar em negação a qualquer pensamento errado, mas como se faz isso?

  Pattie intimida tanto quantos os filhos dela.

— Eu e a Violet, queríamos saber se... amanhã? — Me olhou como se perguntasse e não consegui compreender o que ele estava falando. — Se podemos levar a Jane no parque de diversões amanhã à tarde! — Sugeriu sendo super inteligente e me pegando completamente de surpresa, ainda mais quando ele colocou o braço em volta do meu pescoço.

     Quantas vezes esse garoto já inventou mentiras? Desde o último episódio no banheiro com o meu pai eu comecei a acreditar que Justin Bieber tem um dom absurdo para se safar das coisas, inclusive as que eu jamais pensei que poderia ter como, por exemplo essa. Ele simplesmente sempre tem resposta para tudo, como se os pensamentos dele bolassem cada passo em um piscar de olhos. Só isso faz o Justin totalmente diferente de mim, se fosse eu a me explicar já estaria dizendo tudo de errado que fiz ou achei que fiz a vida toda.

— Vocês dois juntos? — Pattie perguntou desconfiada e Justin assentiu, apertando meu ombro de leve para eu assentir também e assim eu fiz. Pattie está desconfiada, eu também estaria se fosse ela.

— Claro, nós nos damos bem, apesar dos outros não, estudamos juntos na escola, e você disse para sermos irmãos, então...— Deu de ombros e Pattie cedeu, abrindo um sorriso enorme e orgulhoso para mim e para o Justin.

    Chocada como ele conseguiu convencer ela tão rápido de uma coisa que não é verdade.

— Isso me deixa tão feliz, vocês dois juntos, eu não ia querer algo diferente! — Exclamou contente. — Bem que Oliver disse que a Violet era uma garota sabia, posso ver agora, que com bom que está se dando tão bem com o meu filho e estão começando a se tratar como irmãos! — Assenti tentando manter um sorriso natural.

       Nos tratamos tanto como irmãos que nos últimos dias eu quase vi ele nu e meio que tomamos um banheiro juntos não tem nem muitas horas atrás. Meu subconsciente gritou dentro de mim.

— Estão autorizados a levar Jane no parque amanhã à tarde, e muito obrigada, por vocês dois entenderem a situação do Oliver e eu, não é fácil unir duas famílias com tantas crianças assim. — Olhei para o Justin, que fez o mesmo me encarando como se isso fosse muito tenso, e é.

      Imagino quanto deve está sendo difícil para eles lidarem com essas brigas todas e cada uma delas é causadas apenas por duas pessoas, ambas que se depender de mim e do Justin, não terão nenhum futuro nisso de guerra, não vamos deixar.

— Tudo bem. — Justin disse por nós dois. — A gente se vê. — Completou acenando para a mãe dele e eu fiz o mesmo assim que ele pediu licença e fechou a porta novamente.

     Justin respirou aliviado assim como eu e parecíamos que tínhamos nos livrado de uma grande enrascada e dependendo do que fosse dito talvez se tornasse uma. Olhei para o braço do Justin em volta de mim com cautela.

— É Violet, parece que temos um encontro. — Riu sendo irônico, mas eu não gostei muito disso, então tirei o braço dele de volta do meu pescoço e o encarei.

— Não, não temos. — Garanti e Justin revirou os olhos de leve antes de me olhar como se eu fosse uma boba.

— É um jeito de falar. — Justificou e eu sei que é, Justin sempre está sendo irônico e brincalhão 90% do tempo, eu meio que já consigo entender que nem tudo que ele diz é sério.

— Mesmo assim não vamos sair. — Sibilei começando a andar e senti ele segurar o meu braço me impedindo de da mais qualquer passo.

— O que? Por que? Pensei que estivesse tudo bem entre a gente. — Apontou para mim e para ele e assenti confirmando isso. Está tudo mais do que bem entre nós dois.

— Não é o melhor momento, o tempo que ficarmos fora pode acontecer outras brigas. — Expliquei e Justin fez uma cara de que entendeu onde eu quis chegar com isso.

      Minha preocupação única agora é os pequenos sendo manipulados por Jessica e Hazel, o resto não me interessa, eu não quero passar nem um segundo longe dessa casa e deles, se acontecer outra briga vai saber lá como pode acabar.

— Por isso mesmo que vamos! Nunca ouviu dizer que antes de uma grande missão os soldados se divertem? — Riu da sua própria pergunta e neguei lentamente o encarando e tentando não ri também. — Então, eles fazem! — Afirmou. — Te vejo amanhã, as duas horas, lá na sala. — Avisou antes de começar a andar para sair, mas parou antes de passar por mim. — E vê se sorri mais vezes, seu sorriso é lindo! — Piscou para mim antes de sair de vez e Balancei a cabeça não conseguindo esconder o sorriso.

— E o seu é bem mais. — Sussurrei apenas para mim, antes de começar a andar para o lado oposto.

      Violet Parker's Point Of View.

       10:04 p.m.

      1 de Junho de 2016.

      Toronto, Canadá.

— Eu gostei da empregada nova, ela cozinha bem. — Hazel afirmou enquanto penteava seus cabelos castanhos sentada em sua cama. Assenti ainda encarando o teto branco em cima de mim.

      Eu não sou falsa, nem muito menos consigo fingir ser, mas agora que abri meus olhos sobre Hazel, eu tenho que me controlar ao máximo para não deixar na cara o quanto estou irritada com ela, mais do que qualquer outra vez durante toda as nossas vidas.

— O dia hoje foi tão cansativo. — Hazel continuou falando comigo, não notando que a quero em silêncio. — Mas teve lá suas recompensas. — Ressaltou com um tom de voz diferente.

— O que? A briga das pequenas que você e Jessica causaram? — Soltei sem pensar e continuei com os olhos presos no teto do quarto, fingindo que isso nem ao menos saiu de mim.

— Não! — Exclamou jogando uma almofada em mim e a olhei vendo que ela queria atenção para contar o que de fato aconteceu, me sentei na cama. — Você sabe que quando vocês estão na escola os únicos que ficam nessa casa sou eu e o J1? — Assenti por ser óbvio já que Jacob e Hazel tem ambos 20 anos e já acabaram o ensino médio. — Então... Acho que eu ampliei minha chance com ele! — Sorriu animada e meu queixou caiu.

— O que? — Minha voz saiu indignada e acho que Hazel notou, pois franziu a testa pro alguns segundos antes de dá de ombros.

— A gente conversou bastante, ele me elogiou, disse que eu sou bonita e atraente. — Disse se achando a última pessoa da terra. — Mas não deveria te surpreender tanto assim, Violet, eu sempre consigo tudo que eu quero, o cara que eu quero! — Jogou os cabelos castanhos para trás do ombros.

     Senti um embrulho no estômago forte, eu quase poderia dizer que iria vomitar diante de Hazel, mas apenas continue encarando ela seriamente, me sentindo mais do que incomodada com o comentário.

— Pensei que você quisesse o Justin! — Pontuei tentando entender onde mudou e não que isso seja melhor, talvez fiquei até pior já que Justin tem namorada, mas o Jacob...

— Meu foco é J1 e J2, seja lá qual eu conseguir no final, ambos são gatos! — Deu de ombros como se não fizesse a mínima diferença e so pode ser piada. — Eu posso quase garantir que daqui a algumas semanas eu serei capaz de ter que escolher entre os dois, com ambos aos meus pés...— Apontou para os próprios pés, com um sorriso prepotente.

    O Jacob e a Hazel? Isso é totalmente fora de sentido e ridículo.... ou talvez não seja e eu que queira afirmar a mim mesma que é só para tentar afastar possibilidades. Não é mentira que Hazel sempre consegue o que quer, também não é mentira o quanto ela é bonita e cheia de si. Mas parece que é duramente difícil para mim aceitar o Jacob tendo qualquer coisa com ela.

      E o que o impediria? Nada, Jacob é solteiro, nunca nem se quer chegamos a nós beijar, por que estou tão irritada com a vida dos outros? Ele faz o que quiser, quando quiser....

      Eu só não consigo entender, porque ele quase me beija e chama a Hazel de bonita e atraente no mesmo dia. Talvez ele esteja fazendo a gente de idiota, a gente não, eu, por que Hazel já não é idiota por caras faz anos, óbvio que não, ela sempre sabe se impor, é corajosa, se fosse Hazel no meu lugar hoje, com Jacob encostando os lábios nos seus ela não pensaria duas vezes antes de beija-lo, o mundo poderia está caindo em volta e ela não ia parar.

     Deve ser isso, a Hazel é tudo que eu não sou.

— Boa sorte. — Desejei antes de levantar e pegar o meu celular em cima da cama olhando a hora e largando o mesmo ali.

— Onde vai? — Perguntou curiosa e neguei levemente antes de olhar para ela.

— Da uma volta, sei lá, só não to com sono. — Resmunguei antes de sair apresada e batendo a porta atrás de mim.

      Não sei porque estou tão chateado com isso, Jacob não me prometeu o mundo, ele nem ao menos disse que tinha interesse, investir em mim não significa que ele não poderia fazer isso com outras mil por aí.

      E parece que é como Hazel diz, homem no fundo é tudo igual, até mesmo o que achamos que é o mais diferente.

        Se eu não fosse tão lerda e parada, se tivesse tomado alguma atitude talvez agora eu não estivesse me perguntando onde errei para Jacob ter elogiado a Hazel, talvez o erro esteja aí, em eu sempre querer entender as coisas e nunca ir atrás delas de fato.

      Eu sou uma idiota sem coragem e burra ainda por cima.

    Abri a porta dos fundos que dava em direção a piscina e caminhei até ela, sentindo o vento do verão bater contra o meu rosto e bagunçar meus cabelos.

      Não posso mais negar, Jacob Bieber mexe completamente comigo, como ninguém jamais mexeu, ele me deixa sem chão e me tira do ponto de equilíbrio. Eu nunca senti isso antes, nem sabia como poderia sentir, mas Jacob me faz ter sensações que nunca antes explorei e que não quero que acabe.

       Se eu não quisesse o fim, deveria ter o beijado hoje quando tive a chance, ele estava lá, com aqueles lábios bem pertinho dos meus. Que burra não o beijaria?

        Eu,a maior burra em solo Canadense.

     Me sentei na beira da piscina e coloquei meus pés dentro da água. Tarde demais para querer tirar Jacob da minha cabeça né? Com certeza é. Me vejo pensando nele o tempo todo quase e agora muito mais, parece que não so acordei para os problemas da minha vida assim como acordei para os sentimento em mim também.

     Eu gosto do Jacob, quero ficar com ele, só me resta afirmar isso em voz alta, o que é uma missão impossível para a minha timidez.

         Maldito Jacob, malditos olhos, malditos lábios...

— Olha, acho quer a hora de criança que estuda de manhã está na cama. — Ouvi a voz do Jacob e pulei de susto ao vê-lo no lado oposto que o meu, sentado do mesmo jeito. Eu estava tão concentra a pensar nele que não notei a sua chegada.

— Não estou com sono. — Dei de ombros e quase não sei disfarçar o quanto estou incomodada com ele agora, tanto que Jacob notou do outro lado da piscina.

      Meu coração nunca para quieto quando eu vejo Jacob perto de mim, parece até que ele poderia sair de dentro de mim e se entregar por contra a própria para ele, sinto minhas mão soarem todas as vezes e isso só vem aumentando.

— Eu não durmo antes das duas da manhã. — Comentou tirando a camisa e meus olhos caíram sob seu abdômen no mesmo segundo. — Pelo menos hoje tenho uma companhia. — Sorriu sarcástico antes de entrar na piscina. Tentei não demonstrar o quanto me abalo por qualquer coisa nesse homem.

— A Hazel tem te feito companhia também. — Isso saiu azedo, eu tenho certeza que sim, mas foi tarde demais para corrigir quando notei.

Eu estou mesmo com ciúmes de um cara que não é nada meu? Pelo amor Violet, você tem que se da ao respeito, mas quando eu estou perto do Jacob eu esqueço o que é respeito próprio muito rápido.

— Hazel? — Ele perguntou me olhando e continuei seria, não precisando dizer mais nada para que ele me entendesse. — Ah sim, me lembro, conversei com ela hoje e falei que ela era bonita e atraente. — Confessou sem rodear e nem se da ao trabalho de inventar algo.

— Ela é né, incrível, todos os caras acham. — Tentei não parecer extremamente mais irritada agora, mas quase pude dizer que falei isso com a ironia pingando em cada palavra. Jacob assentiu e tirou sua calça ainda dentro da piscina a colocando na borda junto com a sua camisa.

Ok, eu juro que tentei respirar novamente, mas não consegui.

— Eu não sou como todos os caras, já notou? — Questionou e revirei os olhos de leve não querendo da muita bola para ele agora. — Tanto que sua irmã está sozinha no quarto e assim que eu vi que você estava aqui, eu resolvi vir para cá. — Sorriu para mim e eu queria bater nele por ter um sorriso tão convencido e que convence.

Jacob Bieber não é só um problema, ele também é uma grande tentação.

Ele não precisava dizer isso, já estava caída demais por seu charme irresistível, mas agora estou praticamente derretida, de uma forma que nem palavras conseguiriam sair dos meus lábios com facilidade.

E Jacob sabe disso, ele me entende, ele me lê, ele consegue sentir a distância tudo que está queimando dentro de mim e eu sei disso.

— Legal, eu vou dormir. — Afirmei me levantando e nem acredito que consegui ficar de pé firmemente depois de tudo isso, mas fiz assim mesmo. — Boa noite. — Falei antes de me virar e começar a andar.

Eu sigo sendo uma idiota, quando tenho a chance de tomar alguma iniciada, ele estava lá na minha frente e eu simplesmente virei as costas e sai, qualquer outra não faria algo assim.

Eu não sou qualquer uma.

Mas também não estou morta, na verdade estou bem viva, queimando de dentro para fora.

Parei de andar e respirei fundo três vezes antes de me virar e olhar para Jacob, que continuava no mesmo lugar. Eu poderia jurar que ele estava prestes a dizer que já sabia, como todas as vezes que me ver mudar de ideia, mas dessa vez, só dessa vez, aposto que ele não sabe não.

Voltei para perto da piscina, sem tirar meus olhos de Jacob nem um segundo, e eu não poderia dizer o que era mais azul, os olhos dele ou a cor da piscina, mas me sinto capaz de me afogar bem mais em seus olhos nesse caso.

Eu sem pensar muito tomo decisões bem mais diferentes do que normalmente, então exatamente sem pensar em nada, tirei a minha blusa, ficando apenas de sutiã e short, sentei na beira da piscina novamente e entrei dentro dela.

As cosias sem pensar dão mais emoção, e eu acabo de comprovar isso, a sensação dentro de mim vai além do que se pode explicar, eu não saberia dizer nunca como é se sentir outra pessoa por alguns segundos, sem pensar em nada além do agora.

Caminhei até o meio da piscina e Jacob afundou sumindo do meu campo de visão, revirei os olhos rindo de leve. Ótimo, ele não é bobo, a primeira vez na vida que estou tendo coragem e tomando a iniciava de algo ele ainda quer complicar.

Mas já que estou aqui, não tenho absolutamente nada a perder.

Mergulhei também, prendendo a minha respiração completamente, abri meus olhos em baixo da água, conseguindo enxerga bem pouco, mas eu conseguia ver Jacob a alguns metros a minha frente, ele se aproximou mais parando diante de mim, onde eu pude ver seu rosto e eu poderia ficar o olhando desse jeito para sempre. Mas logo fiquei sem ar e subi novamente, ao mesmo tempo que ele, o que permitiu que nossa proximidade continuasse.

      Nem é mais questão de atitude ou não, de coragem ou iniciativa, isso aqui é mais vontade do que qualquer outra coisa, acho que precisava mais do beijo de Jacob do que do ar para respirar, como se isso tivesse que me complementar de alguma forma.

        Coloquei os meus braços em volta do seu pescoço e juntei meus lábios nos dele, sem pensar duas vezes começando um beijo de verdade, entrando com a língua em sua boca, sentindo o gosto dos seus lábios contra o meu. Um beijo com urgência, como se de fato fosse algo de necessidade muito mais do que apenas vontade. Acho que nunca tive um beijo assim, totalmente intenso e profundo, que não me permitia a sentir mais nada alem dos lábios de Jacob contra os meus e suas mãos em volta do meu corpo. Talvez eu de fato não queira ter outra sensação nunca mais.

      E nada mais existia em volta, apenas nós dois e a água, combinação que eu não achei que seria tão boa quanto agora, mas é o que se encaixou perfeitamente, como um complemento para a toda a loucura.

      Água para acalmar a chama ou aumentá-la ainda mais.

Notas finais:

  Amores! Mais um capítulo para vocês, juro que vou postar outro até segunda! Eu queria agradecer pelo carinho enorme que vocês estão tentando por mim e pela fanfic, eu sempre leio os comentários e amo cada um!

      Enfim, espero que tenham gostado do primário beijo de Violet e Jacob! E eu juro que entendo vocês em relação a estarem dívidas entre Justin e Violet e Jacob e Violet, até meu coração se sente divido por eles kkkkkkk mas tem muitas coisas legais para acontecer e vocês vão amar, prometo!

     Me Digam o que acharam desse capítulo e também qual seria a junção dos nomes de Justin e Violet e Jacob e Violet para otp!

   Amo vocês, bjs!

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