X Justice X || h.s.

By RitinhaMalik

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April Sheperd é uma das melhores advogadas de Nova Iorque, com apenas 23 anos já resolveu os casos mais difíc... More

Introdução
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Trailer
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Aviso
Capítulo 10
Capítulo 11
Aviso
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23 - Parte I
Desculpem...
Capítulo 23 - Parte II
Capítulo 24
Capítulo 25
Desculpem...
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29 - Parte I
Capítulo 29 - Parte II
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 46
Nota...
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57

Capítulo 45

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By RitinhaMalik

"Todos de pé." Uma voz faz-se ouvir. "O tribunal está em sessão, o excelentíssimo juiz Simon Palmer preside." Recomponho-me, está na hora.

Observo o juiz que envergava a sua toga preta a dirigir-se até à cadeira que lhe destinava. O meu coração palpitava no meu peito, podia sentir o nervosismo a alastrar-se no meu interior, nunca tinha estado tão nervosa como hoje. Engulo em seco, respiro fundo, mantenho-me confiante, torno-me numa advogada.

"Podem sentar-se." O juiz ordena. Todos se sentam menos eu, Harry e o advogado de acusação.

"Quem é o advogado de defesa?" O homem de toga questiona.

"Eu, Meritíssimo, April Sheperd. Hoje represento o arguido Harry Styles, condenado a pena de morte, pelo o homicídio e violação de Nola May, Megan Alexandra Kepner e Olivia Hunt."

"Advogado de acusação?"

"Eu, Meritissímo, Nathan Williams." O meu colega responde.

"Muito bem. Bem eu li o processo e estou a par dele. Como se trata de uma audiência de revisão vamos passa-la a limpo, rever as provas, ouvir novos testemunhos se existirem. Se no fim da audiência, o tribunal considerar mais uma vez o réu culpado, será aplicada a pena de morte e será marcado um dia para tal. Entendido?" Faz-se ouvir. "Daremos então início à audiência." Afirma batendo com o seu martelo de madeira na mesa.

"Como se declara o arguido?" A grande pergunta é feita. Como se declara o arguido?

Sinto a palma das minhas mãos a suar, como se declara o arguido? Rezo a todos os deuses para que o Harry responda o que tem a responder. Ele é inocente, ele sabe que é, eu sei que é, mesmo que mais ninguém acredite nisso. Sei que se Harry se considerar culpado, o juiz não pensará duas vezes em condená-lo. No entanto, eu consigo ver o rosto cansado de Harry. Eu sei o quão esgotado ele está, o quão mau deve ser viver numa prisão, viver enclausurado. Um medo agonizante passa pela espinha. E se ele desistir? E se ele se declarar culpado por simplesmente não ter mais forças para nada? Morrer seria tão mais fácil, o sofrimento simplesmente acabaria e bem sei o quanto Harry sofre. Harry estremece a meu lado, longos segundos se passaram e ele ainda não disse nada, engulo em seco, sustenho a respiração.

"Inocente." A palavra sai rápido da sua boca, fazendo com que um murmurinho alto se instalasse na sala. Ninguém esperava esta resposta de Harry, há demasiadas provas que o condenam, é demasiado óbvio que ele as matou. O juiz mostra-se descontente com a resposta, contrariamente, eu posso respirar de alívio.

"Tem a certeza, Mr. Styles?" Volta a questioná-lo.

"Sim." Sinto determinação na sua voz.

"Muito bem, comecemos pela acusação. Podem-se todos sentar."

Harry POV

Sabia que ia ser chamado a depor, sabia que o filho da puta daquele advogado iria começar a fazer-me perguntas idiotas. Ele ia apertar comigo, ele ia fazer-me dizer coisas que não eram verdade, ele vai fazer-me perder o foco. Estou nervoso, muito nervoso, tenho medo que este nervosismo que sinto me faça dizer algum disparate. Esta é a melhor característica dos advogados, eles sabem dar-te a volta, eles sabem levar-te a pensar em coisas que não deves, a duvidar de ti mesmo. Eu conheço Nathan, esse merdas de todas as audiências que tive, de todos os julgamentos a que fui era sempre ele o advogado de acusação. Ele sabe o meu caso de trás para a frente, de frente para trás e infelizmente ele é bom. Não tão bom como April, mas as estatísticas do dia de hoje não estão a meu favor...

"Muito bem, gostava de começar por Harry Styles, o réu." Nathan diz, consigo perceber o desprezo que April sente pelo colega, pergunto-me se eles têm algum tipo de passado. O juiz dá um aceno de cabeça a um guarda perto de mim.

O guarda do Centro Prisional, o mesmo que me trouxe até aqui, pega no meu ombro com brutidão e encaminha-me a uma cadeira para o lado do juiz. Assim que me sento posso observar pela primeira vez hoje toda a sala, todas as pessoas. Admira-me o quão cheia está e pergunto-me se todos desejam que me seja aplicada a sentença de morte. Reparo num homem numa das filas da frente, este vem acompanhado da mulher e da filha. O seu olhar penetra no meu e por longos segundos apenas ficamos ali, a observar-nos. O seu olhar a exalar raiva e vingança, puro desprezo. Lembro-me já o ter visto nos outros julgamentos, penso ser um dos pais das vítimas que eu supostamente matei. Para aquele homem, eu sou um completo monstro, um ser desprezível que acabou com a sua felicidade, que lhe tirou a coisa mais importante do mundo. Os meus olhos desviam-se agora para a primeira fila e quase que sinto o ar a escapar-me dos pulmões, a ser sugado deles sem restar nem um pouco. Observo-a, capto cada detalhe do seu rosto, um rosto tão magoado, tão enrugado e cansado. Um rosto sem vida, um corpo sem vida, tudo por minha causa. Pergunto-me o que irá na sua cabeça, provavelmente questiona-se como foi possível que o seu filho fizesse tal coisa. Ao seu lado está a minha irmã, a minha melhor amiga. Já sei bem o que ela pensa de mim, ela deixou-o bem claro naquele dia em que me visitou, naquele dia em que não me respondeu se acreditava em mim... Gostava de puder contar com o apoio da minha família...

"Bom dia, Mr. Styles." Nathan cumprimenta-me cínico.

"Bom dia." Respondo o mais arrogante que posso.

"Então, poderia começar por dizer-me onde estava no dia 13 de fevereiro?" A sua sobrancelha arqueia fazendo-me ficar nervoso. Não percebo porque me fazem as mesmas perguntas vezes e vezes sem conta.

"Eu estive a trabalhar e depois fui para casa." Respondo desviando o meu olhar para April procurando um porto de abrigo.

"E diga-me, estava mais alguém consigo em casa?" Nathan questiona.

"Não, eu estava sozinho..." Respondo derrotado sabendo que a minha resposta não me vai ajudar.

"Portanto, o arguido afirma ter estado em casa no dia em que um dos corpos foi encontrado, no entanto, não tem qualquer tipo de alibi, não tem ninguém que confirme o sucedido. Expliquem-me, como podemos nós acreditar num homem acusado de triplo homicídio? Simplesmente não podemos. Pelo o que eu sei, nós até podemos acreditar que Harry Styles foi trabalhar no dia 13 para não levantar suspeitas e que logo a seguir se foi livrar do corpo de Nola depositando-o no armazém de papel."

"Eu não fiz isso!" Descontrolo-me com o que o advogado disse.

Ainda só vamos no início e eu já estou a perder o controlo, pergunto-me se conseguirei aguentar isto até ao fim. Um fervor interior já se começa a criar, uma raiva por aquele homem está a crescer, e infelizmente só aumentará durante o julgamento. Olho para April, esta mantém-se séria, contudo, a sua expressão serena que me olha relembra-me que eu tenho que ficar calmo. Perco-me na imensidão do seu rosto e naquele momento, era como se apenas estivéssemos os dois naquela sala de tribunal. Era como se todas as pessoas tivessem evaporado, todas menos ela. Todas menos a pessoa que eu amo. Os seus olhos castanhos fazem com que o fervor que sentia por dentro acalmasse. O seu lábio inferior carnudo a contrastar com o seu lábio superior fino, o seu meio sorriso a transmitir-me sentimentos agradáveis. Consigo agora perceber o quão bonita e elegante ela está hoje. A sua maquilhagem leve realça o seu rosto da mesma maneira que o seu batom vermelho-vivo realça a sua boca.

"Diga-me Harry, quantas vezes é que a sua família o visitou no Centro Prisional?" A sua pergunta faz congelar o meu interior, ele tocou num ponto fraco. "Uma vez? Nenhuma?" Tenta provocar-me. April percebe o meu desconforto, o meu silêncio diz muito, sinto como se tivesse levado um murro no estômago.

"Meritíssimo, esta pergunta não tem cabimento nem fundamento nenhum! Apenas está a provocar o meu cliente!" April levanta-se do seu lugar e dirige-se ao juiz.

"Eu vou chegar a algum lado, Meritíssimo. A minha pergunta é sim pertinente." Nathan contra-argumenta.

"Vou permitir." Ele afirma. "Responda à pergunta, por favor." O homem que vai decidir o meu futuro pede-me.

Permaneço em silêncio por alguns segundos. Engulo em seco, não quero responder ao que me foi perguntado, é demasiado difícil admiti-lo em voz alta. Cruzo o meu olhar com o de Gemma, não consigo identificar o que lhe vai pelo rosto. Medo, culpa, raiva, nojo? Sinto a sua falta, sinto falta da minha irmã.

"Preciso de uma resposta." O filho da mãe do advogado tira-me do meu transe mental.

"Uma vez." Digo com o olhar baço, não posso chorar. "A minha irmã visitou-me apenas uma vez. A minha mãe nunca me veio ver." Admito em voz baixa.

Assim que acabo de proferir as minhas palavras oiço um soluço vindo da multidão à minha frente. Consigo ver a minha mãe lavada em lágrimas, a mulher magoada e sensível despedaça-se em pequenos pedaços ali à minha frente. Gostava que ela acreditasse em mim, gostava que ela tivesse tido a coragem necessária para me ir ver. Não a condeno por não ter ido, sei o quanto ela estava a sofrer, mas teria sido bom vê-la, poder falar com ela, dizer-lhe a minha versão da história. Teria sido bom ter o seu apoio, teria sido bom ter qualquer tipo apoio que fosse.

"Portanto, mais uma vez como podemos acreditar em si quando nem a sua família acredita? Como podemos querer que diz a verdade quando nem as pessoas mais próximas de si o apoiam? Como é capaz de se dizer inocente com a quantidade infindável de provas que temos contra si?" A sua voz irritante a mexer comigo. "Deixe-me perguntar-lhe outra vez Mr. Styles, é ou não culpado? Matou ou não matou as raparigas?"

"Oiça, eu já disse que não fiz nada! Eu não matei ninguém!" Meio que grito furioso, demasiado furioso para conseguir manter a calma. Os olhos de April repreendem-me mas eu não sou capaz de ficar aqui a ouvir isto e não dizer nada.

"Vou pedir que se acalme, Mr. Styles." O juiz avisa-me.

"Gostava de apresentar a prova A-45 do Caso Styles, Meritíssimo." Nathan retira um saco com uns cadernos lá dentro.

Oh não... Não estes estúpidos diários outra vez...

"Reconhece?" Diz agitando o saco em frente à minha cara, demasiado perto. Cerro os dentes.

"Não." Digo seco e meio que minto, April já me confrontara com estes diários antes. Um arrepio corre pela minha espinha sabendo que por momentos ela acreditou mesmo que eu tinha escrito tal coisa. "De certeza? Deva talvez reavivar-lhe a memória?" Diz num tom provocativo.

"22 de Fevereiro de 2014

Hoje senti mais uma vez a adrenalina a possuir-me de modo diabólico. Tornei a matar, tive a sensação de prazer que já não tinha há muito tempo. Ver a rapariga indefesa novamente, ouvir os seus gritos de imploração, sentir-me poderoso." Ele lê o diário. "Gostaria que eu prosseguisse?" Pergunta com um tom desafiador. "A minha terceira morte, cada vez estas ficavam mais interessantes, mais poderosas, mais prazerosas."

"Seu filho da puta! Tu matas-te a minha menina! Tu tiraste-a de nós, eu próprio te vou matar, com as minhas próprias mãos seu cabrão!" Um homem diz do meio da multidão à minha frente, interrompendo a leitura de Nathan.  

A sua cara completamente lavada em lágrimas, completamente repleta de rancor e raiva. Sabia que a sua ameaça não era em vão, sabia que assim que tivesse a sua oportunidade era capaz de acabar com a minha vida. Vejo uns guardas a agarrá-lo, a pegar no seu colarinho e a levá-lo para fora da sala. O homem, debate-se e dirige-me palavras de ódio e ameaças à minha vida. Pergunto-me o que lhe acontecerá... Espero que só o tenham levado lá para fora para se acalmar.

"Talvez me pudesse explicar como estes três diários, cada um pertencente a uma vítima, foram parar a sua casa? Diários esses com detalhes minuciosos sobre a forma como os homicídios e as violações ocorreram. Diários esses que só podem ter sido escritos pelo assassino. Diga-me, a sua casa não tinha qualquer sinal de arrombamento, nenhum sinal de assalto, é simplesmente impossível que alguém tenha colocado lá os diários."

"Oiça, eu juro que não escrevi nada disso! Ao contrário do que todos aqui pensam, eu não sou um monstro que matou e violou as miúdas, eu era incapaz disso! Por amor de Deus, essa nem é a minha letra nos diários!" Meio que perco a paciência, isto está a tornar-se ridículo.

"E quem me garante que você não alterou a sua caligrafia apenas para escrever os diários! Quem?!" Nathan diz agressivo.

"E já agora explique-me também o H gravado na barriga das vítimas com uma navalha. Como é que, curiosamente, a sua inicial foi parar às raparigas? Era alguma espécie de troféu, de conquista, de marcação? Talvez quisesse que todos soubessem o que fez com elas, talvez queria deixar a sua marca, a sua assinatura." Provoca-me, cerro os punhos. Sinto-me indisposto, sinto-me nauseado e quase que posso sentir o líquido amargo a percorrer a minha garganta. Os meus olhos raiados de sangue, mostrando o quão enraivecido estava. "Ah, há mais! Temos ainda a testemunha ocular, a que diz tê-lo visto a abandonar o armazém de papel. Harry Styles, apenas se declare culpado. Sabe bem o que lhe vai acontecer, a quantidade de provas que temos contra sim não lhe dão nenhuma margem para dúvida."

Vejo a face de April fechar-se, os seus olhos a ficarem distantes. Sei que ela ainda vai ter a sua oportunidade de falar, de mostrar a todos que eu não sou culpado, mas conseguirá ela fazer isso? O filho da puta do Nathan fez um ótimo trabalho, acusou-me de tudo e mais alguma coisa. Alguém fodeu com a minha vida de tal maneira que eu agora vou desta para melhor...

Eu vou morrer, sei-o. Algo dentro de mim tem a certeza absoluta que eu nunca mais vou ver a minha Julieta, algo dentro de mim sabe que ela vai sofrer com a minha morte, e isso, sinceramente, é o que me deixa pior. Já me habituei tanto à ideia de que vou morrer que já não dou uma merda para isso. Alias, prefiro morrer do que ficar mais um dia que seja naquele Centro Prisional. O que me custa é saber a quantidade de sofrimento que vou deixar para trás... April, a minha mãe, Gemma, talvez Zayn... Todos eles vão passar por um inferno por minha culpa, eu vou provocar-lhes esse inferno.... Simplesmente não é justo. Alguém está a foder-me, mas não tinham que foder os outros. Não bastava deixarem-me morrer? Não bastava fazerem com que todos acreditassem que sou um monstro? Não bastava destruírem-me?

Pobre Julieta... Desculpa...

_________________________________________________________

Hello minhas queridas! Sei que desta vez o capítulo ficou um bocadinho grande, mas não fazia sentido cortá-lo ou pará-lo noutro sítio. Como estão? Unf... as aulas estão a começar...

Gostaram? Eu tentei que tudo fosse o mais real possível, mas como sabem não sou advogada por isso sei que isto não está nada perfeito.

O que acham do Nathan? Ele fez um bom trabalho? Gostaram desta sessão no tribunal?

No próximo capítulo será a vez de April falar.

Por favor, deem a vossa opinião. É muito importante que o façam neste capítulo porque não estou nada habituada a escrever este tipo de coisas, meio que improvisei um pouco.

Bjinhos a todos, e se não publicar ate ao ínicio das vossas aulas, bom regresso à escola/universidade. <3 Obrigada por tudo!

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