Quando a Cidade se Apaixona p...

By perftho

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Aurora acabou o ensino secundário este ano mas não sabe que rumo dar à sua vida. Em tal situação, os pais man... More

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By perftho

Dedico este capítulo à Scott_Hale ♡♡♡ obrigada por todo o apoio!

– Miguel

Mandei mensagem à Aurora perguntando-lhe se já estava pronta, ela respondeu-me que sim e em pouco mais de um minuto encontrava-se à porta da minha casa. Como ainda não tinhas cessado o nosso acordo – e eu esperaria que nunca o fizéssemos – fiquei de a levar a conhecer a vila hoje. Achei que seria um ótimo sítio para lhe mostrar uma vez que era a região mais urbanizada dos arredores e porque como estamos perto do Natal, as ruas estão enfeitadas com as decorações habituais desta época do ano. Penso que ela irá gostar visto que é o mais parecido com sua casa que eu lhe posso oferecer.

Saí de casa e ela já se encontrava à espera ao pé do carro. Hoje estava especialmente frio e por isso ela vestia uns jeans justos, um casaco castanho grande que lhe dava por cima dos joelhos, todo abotoado até cima, um cachecol de lá que parecia bastante quente e uns botins pretos. Mesmo com várias camadas de roupa, os meus pensamentos foram parar ao ser corpo invulgar e incrivelmente sexy.

Principalmente depois do que fizemos há uns dias no seu quarto.

Gostava das suas formas porque são deliciosamente naturais: ombros ligeiramente largos mas com as clavículas salientes, pernas grossas mas bem delineadas, a barriga não era lisa e nas suas ancas uma pequena camada de gordura acumulava-se mas o resultado era um tronco bem esculpido, com cintura fina e ancas largas; mas, o que me agradava especialmente era o facto de sermos opostos: eu era magricela, ela era carnuda. Ficava completamente descontrolado só de pensar na sua grande anca em cima da minha que era deveras estreita quando ela se sentava ao meu colo.

"Vamos?" Ela falou, interrompendo os meus pensamentos.

Nem notei que tinha ficado a fixa-la.

Um pouco atrapalhado pela minha atitude, caminhei para o carro e abri-lhe a porta; depois de ela entrar, dei meia volta ao carro, entrei do lado do condutor e, depois de ligar o motor, dirigi-nos ao nosso destino.

O carro era do meu avô, um modelo Audi que, embora já antigo, continuava a ser um carro muito bom – melhor do que o primeiro carro da maior parte dos jovens da minha idade. Como a idade não lhe perdoava muito, a minha avó decidiu oferecer-me o carro e comprar um mais pequeno que já só ela usava. Já era a segunda vez que andava de carro com a Aurora mas ela parecia igualmente impressionada, não conseguia perceber porquê. Talvez não esperasse que eu soubesse conduzir, talvez ainda não conduzisse e estivesse a tentar perceber como tudo funcionava ou talvez me achasse atraente enquanto conduzia.

Este último pensamento deu-me a volta à cabeça.

"Já tens a carta de condução?" Decidi perguntar-lhe.

"Sim, terminei antes de vir para cá."

Então a segunda hipótese estava fora de questão.

"Sendo assim trazes tu o carro quando voltarmos."

Ela riu-se.

"Para além das aulas não tenho muito mais prática. Se levasse o carro por estes caminhos estreitos à beira de precipícios sem proteção não demorava muito até cairmos por um." Ela sorriu e olhou para mim. "Mas dou-te uns pontos pela coragem."

Voltei rapidamente a pôr os olhos na estrada mas a concentração na condução era pouca visto que o meu subconsciente estava entretido com outros pensamentos.

A primeira opção é um pouco descabida, só pode ser a terceira opção.

Senti as minhas bochechas a coraram ao pensar naquela hipótese e não sei de onde, arranjei coragem para levar a minha mão livre até à sua coxa, poisando-a por cima das suas calças. Ela olhou para mim com uma mistura de malícia e doçura nos olhos e por isso deixei lá a mão durante o caminho inteiro.

{...}

Assim que chegamos à vila, fomos inundados pelo espirito natalício que, como em todas as pequenas vilas, se vivia intensamente no mês de dezembro. Estacionei o carro, e depois de sairmos, dirigimo-nos à rua principal. Lá, existia uma longa fila de construções antigas que eram todas preenchidas com pequenos comércios, cafés, cabeleireiros e uma farmácia solitária. Do outro lado da rua existia uma grande extensão de relva em que primeiro se situava um pequeno palco improvisado onde se realizavam concertos amadores em tempo de festividades, depois uma espécie de piscina decorativa com vários repuxos seguida de um café – o mais moderno da região – que estava sempre cheio e por fim, um parque infantil onde brincavam inúmeras crianças. Os enfeites e decorações natalícias estavam por todo o lado, quer nas montras das pequenas lojinhas, quer nos letreiros e portas dos cafés, quer na vitrina da farmácia, quer nos espaços públicos.

Levei-a a visitar as lojas. A maior parte vendia produtos regionais – os melhores da região – como louças artesanais, malhas e tapetes feitos à mão e mercearias dos agricultores locais. Todas as lojas tinham aquele ar antigo e aconchegador como se ainda não estivéssemos no século XXI. Observa-a os movimentos de Aurora com muita atenção: ela movia-se devagar apreciando cuidadosamente o que a rodeava e pegava em alguns artigos de modo a poder observar com a sua mão os detalhes mais pequenos. Notava-se que ela estava interessada e surpreendida. Apesar de todas as modernidades da cidade, este tipo de antiguidades genuínas não eram coisas que lá se pudessem encontrar.

Fomos passear pelo parque e para minha surpresa, ela deu-me a mão enquanto caminhávamos. Fiquei um pouco embaraçado porque eramos alvo de vários olhares inocentes das crianças que ali brincavam e que estavam, provavelmente, a rotular-nos como namorados.

Não eramos namorados, então, o que eramos nós?

Afastei esse pensamento rapidamente – se havia coisa que eu não queria eram complicações desnecessárias, principalmente porque não havia dúvida que nunca me tinha sentido assim tão bem durante os meus dezanove anos de vida. Gostava de estar com Aurora e ela gostava de estar comigo, tão simples como isso.

Perguntei-lhe se ela queria uma bebida quente e ela aceitou educadamente. Dirigimo-nos, então, para o tal café moderno. Ela sentou-se na única mesa livre enquanto eu fui buscar duas canecas de chocolate quente. Quando me sentei à sua frente ela tinha um olhar deliciado e lembrei-me que aquele espaço lhe devia trazer memórias de casa.

"Obrigada." Disse ao pegar na caneca.

Ela deu um gole na bebida quente e continuou com o seu olhar observador.

"Gostas do espaço?" Perguntei-lhe.

"Sim, faz-me lembrar os cafés de Lisboa e é uma memória agradável." Ela falou com ternura na voz.

"Também gosto muito de vir aqui." Fiz uma pequena pausa para um gole rápido. "E a vila? O que achaste?"

"É muito bonita. Parece que nos leva para um tempo distante, principalmente com toda esta decoração natalícia."

"Eu adoro vir cá nesta altura, sinto-me sempre tão aconchegado."

Ela olhou-me pensativa, depois falou.


"Sabes, eu nunca fui muito dada ao natal. Talvez fosse por não ser religiosa ou por não ter aquele laço forte com a família mas sempre vi esta época como outra altura qualquer do ano só que trazia a vantagem de receber presentes." Ela fez uma pausa e deu um gole longo na bebida. "Surpreendentemente, aqui é diferente, aqui sinto uma energia diferente, sinto... como se diz? Oh sim, o espírito natalício."

Sorri ao ouvir as suas palavras pois deixava-me contente saber que a sua atitude tão retraída e negativa em relação ao mundo exterior estavam a mudar.

"Afinal não és assim tão durona como pareces." Falei na brincadeira, ela riu-se.

"E o mais impressionante disto tudo é que é o primeiro natal que vou passar sem os meus pais e sinto-me incrivelmente bem."

"Isso é porque nós só queremos ao nosso lado as pessoas que nos fazem bem, especialmente nesta altura."

Ela colocou uma expressão mais séria ao ouvir a minha a minha fala.


"E os teus pais? Não vêm passar aqui o natal?"

"É engraçado perguntares isso porque ainda hoje de manhã liguei à minha mãe a perguntar-lhe o mesmo. Ela disse-me que o Ricardo não tinha mais dias livres de trabalho senão o dia de natal e por isso não podia vir e como eles não o podiam deixar sozinho uma altura como esta, também não podem vir. Sabes, o costume."

"Oh Miguel, sinto muito."

"Não te preocupes, já estou habituado. Além disso, aqui estou rodeado de pessoas muito melhores."

Com toda a coragem que ainda me restava, peguei na sua mão por cima da mesa para que ela percebesse que me estava a referir não só aos meus avós mas também a ela. Ela mostrou-me um lindo sorriso e continuou a falar, mudando de assunto para um mais alegre.


"A propósito, já pensei na tua prenda. Acho que vais adorar."

"Eu também já pensei na tua mas ainda estou um pouco indeciso."

"Porquê?"

"Porque pensei em algo sem qualquer valor material, uma coisa feita com o coração que só tem valor porque é para ti."

"Miguel, eu não quero nada caro, quero-te a ti e garanto-te que ficarei mais contente com um cartão vindo de ti do que com uma jóia de qualquer outro."

Senti um leve aperto no coração ao ouvir as suas palavras.

"E além disso, também é uma coisa sentimental que eu te vou dar." Ela terminou, sorridente.

Lembrei-me de outra coisa, que vinha mais ou menos a prepósito do que estávamos a dizer. Era algo que me tinha ficado na cabeça e que eu queria desesperadamente perguntar-lhe.

"Aurora eu queria fazer-te uma pergunta..." Falei reticente.

"Diz."


Recorri às profundezas do meu interior para de lá retirar uns pedacinhos de coragem que eu nem sequer sabia que existiam e falei.

"Porque é que ontem não fizemos sexo?"

Reparei que ela ficou surpreendida e ligeiramente embasbacada com a minha pergunta.

"Porque perguntas isso?"

"Porque estávamos sozinhos em casa e tu tinhas dito que querias muito... comigo, tu sabes."

"E quero mesmo Miguel mas acho que simplesmente não foi o momento certo."

Ficamos um momento em silêncio, cada um a vaguear nos seus próprios pensamentos.


"Isto quer dizer que queres fazer amor comigo?"

A troca entre a palavra 'sexo' e 'amor' baralhou-me os sentidos.

"S-sim."

Ela riu-se da minha resposta gaguejada.

"Olha que estou capas de apostar que não demorará muito até acontecer. Não demorará nada mesmo."


Ola meus amores, perftho is back!!!

*yey party*

E desculpem lá a demora mas como vos tinha dito fui de ferias e depois ainda demorei mais um tempinho a escrever este capitulo mas espero mesmooooooooooooooo que gostem!

Novidades fresquinhas, tenho um rapaz debaixo de olho. Chama-se Miguel (eu tenho cá uma queda para este nome....) e tem 18 anos (ao seja é um ano mais velho que eu). Conheci-o nas comemoraçoes do 25 de Abril pq ele é amigo do primo de uma amiga minha e nesse dia fomos sair todos. Ele é lindo de morrer, cabelo moreno, alto (ele é mais alto que eu e isso é mesmo muito raro pq sou bastante alta!) e bem formado (aquelas costas jesus, uma pessoa perdia-se na largura daqueles ombros). Na quarta feira passada, o meu grupo de amigos, que o inclui a ele, fomos todos à piscina de outro amigo nosso e pronto eu quase morri so de olhar para ele de tronco nu. mas enfim, o que interessa é que descobri que ele é bue timido pq não conviveu mt connosco (preferiu ficar a jogar fifa do que ir para a piscina -.-) e só falou uma vez comigo :'( para piorar, ouvi-o a falar com outro amigo meu sobre uma gaja... E NAO GOSTEI. no entanto a esperança é a ultima a morrer e por isso é que aqui estou a escrever este mega textao sobre ele. Muito obrigada a todas as guerreiras que leram isto até ao fim, estão no meu coração ♡

vamos entao à perguntinha de hoje: têm irmãos? Eu tenho uma irma mais velha, tem 24 anos e chama-se Sílvia. por um lado é fixe pq ela ja tem carta de conduçao e entao as vezes dá-me boleia (se pedir com jeitinho) mas por outro é chato pq a personalidade dela é impossível de aturar!

Love you so much ♡

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