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Dedico este capítulo à jokigarcia_ ♡♡♡ obrigada por todos os comentários fantásticos, por todo o amor e carinho e principalmente por todo o apoio! ly

– Miguel

Véspera de Natal. Encontrava-me à frente do roupeiro do meu quarto, olhando para as roupas, incrivelmente nervoso, tentando decidir o que iria vestir.

Como já era habitual todos os anos, os meus avós e os Senhores Ferreira juntamo-nos para a ceia de Natal mas este ano era especial por causa da Aurora, obviamente. Estou radiante por ter a oportunidade de passar um dia tão especial como este com alguém por quem sinto algo tão grande e bom mas por outro lado, estou extremamente inquieto com a expectativa da troca de presentes. E se ela não gostar do meu presente? Tiro imediatamente esse pensamento da minha cabeça pois é exatamente aquilo que eu lhe quero dar e o meu entender racional que não desespera à mínima coisa até considera que ela vá gostar, muito.

Decidi finalmente por umas calças beges, uma camisa branca e um pulôver azul escuro. Tentei compor o meu cabelo, que anda sempre numa confusão, mas sem sucesso por isso limitei-me a colocar um pouco do perfume que a Aurora mais gosta, calçar os meus sapatos de vela, pegar no presente dela e esperar até que os meus avós estivessem prontos para sair.

[...]

Quando chegamos fomos recebidos pela Sra. Maria que trazia um grande sorriso nos lábios e que nos cumprimentou calorosamente. Entramos naquela casa que já me era tão familiar e a Sra. Maria conduziu-nos à cozinha, que era também sala de jantar. Procurei com o olhar a Aurora mas ela não estava ali. Senti uma pontada de deceção enquanto reparava na lareira, que conservava um grande fogo capaz de aquecer toda aquela divisão e que me lembrou aquele dia de chuva em que ficamos aqui os dois a conversar depois de eu ter apanhado uma molha por causa dos feijões.

Benditos feijões.

Tive a sensação de que esse episódio acontecera há muito pouco tempo, como se tivesse sido na semana passada, mas a verdade é que já tinha acontecido tanta coisa depois disso e aqui estávamos nós, a passar o natal juntos.

"Miguel, vai lá dentro ver da Aurora, se faz favor, para me virem ajudar a pôr a mesa." Disse a Sra. Maria e eu senti que a sua verdadeira intenção era que eu e a Aurora tivéssemos um momento a sós.

Com o seu presente na mão, saí da cozinha e segui pelo corredor até ao seu quarto. Bati à porta e ela deu-me permissão para entrar. Estava sentada na cama, a calçar umas botas de cano baixo e sorriu assim que me viu. Eu fiquei estático ao lembrar-me do que alguns dias tinha acontecido naquele quarto e por isso, foi ela que veio ao meu encontro.

"Estava desejosa de te ver." Ela colocou as mãos à volta do meu pescoço e sussurrou ao meu ouvido antes de me juntar os nossos lábios.

Enquanto nos beijávamos inalei a sua essência, que hoje era uma mistura de coco com o seu cheiro divinal a Aurora, e os meus pensamentos começaram a divagar, imaginando-me a tocar na sua pele suave e completamente nua. Quando dei por mim já estava com uma ereção crescente.

"E pelos vistos tu também." Ela descolou os nossos lábios para me mostrar um sorriso, que tinha tanto de inocente como de perverso, e olhou para baixo, onde era visível um pequeno alto nas minhas calças. "Mas se te deixa menos culpado, eu também estou molhada."

Eu estava completamente embaraçado com a reação do corpo mas as suas palavras só me faziam sentir as calças mais apertadas. Quando ia tentar dizer alguma coisa, fiquei completamente sem fala ao sentir as suas mãos acariciarem o meu membro por cima do tecido bege.

Quando a Cidade se Apaixona pelo CampoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora