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Dedico este capítulo à LittleDarkBlueVision ♡♡♡ obrigada por todo o apoio!!

- Aurora

Estávamos sentados no sofá, eu e os meus avós, à espera da maldita contagem para a meia-noite. Era noite de réveillon e em vez de estar numa discoteca a embebedar-me e a curtir a noite à grande, estava a ver a milésima edição do Secret Story com os meus avós que, a ver pelo tamanho das suas olheiras, já estão mais pra lá do que pra cá. Que tédio! Não conseguia parar de pensar no Miguel, aposto que seria uma passagem de ano em grande se estivéssemos juntos, mas como não me falou nada sobre este dia eu assumi que quisesse passar a meia-noite com os seus avós pois sei o quanto são importantes para ele.

Meia-noite. Brindamos ao ano novo com champanhe e comemos as típicas 12 passas. Continuamos sentados no sofá por mais um pouco mas não demorou muito até os meus avós se levantarem, exaustos, para irem descansar.

"Eu vou ficar mais um pouco avó, não tenho sono."

"Está bem, querida. Desejo-te tudo de bom para este novo ano e espero que seja o ano em que metes todos os teus planos em ordem e que não tenhas medo de seguir em frente."

"Obrigada avó, também desejo que este ano novo seja muito bom para vocês."

Assim que fiquei sozinha, peguei no telemóvel para ver se o Miguel me tinha mandado alguma mensagem. Nada, então mandei-lhe eu.

Para Miguel : Feliz ano novo

Esperei 15 minutos, meia hora, uma hora e não tive resposta dele. Sentia-me mais rabugenta que nunca. Não com ele, pois imaginava que estivesse a disfrutar do seu precioso tempo com os avós, mas com a vida porque só se vive os 18 anos uma vez e não havia nada que eu pudesse fazer para mudar esta porcaria de noite.

Sem mais nada para fazer, continuei a ver televisão: apesar de já sentir uma ligeira sonolência não queria ir para a cama de mau humor pois não ia conseguir adormecer então decidi ver se me distraía um pouco. Quando já me tinha esquecido da minha noite falhada, recebi uma mensagem.

De: Miguel

Feliz ano novo. Queres ir numa aventura?

Levantei-me imediatamente do sofá e desliguei a televisão. Fui até à entrada e abri a porta de casa com cuidado para não acordar os meus avós que já iam num sonho de duas horas e ressonavam ruidosamente. Lá estava ele, no meio da rua a olhar para mim, com o seu cabelo despenteado, roupas casuais e uma mochila as costas, impecável como sempre. Eu sabia que não te esquecias de mim.

"Os teus avós já estão a dormir?" Perguntou alto o suficiente para eu ouvir.

Anuí e vi um sorriso no seu rosto.

"Dá-me um minuto."

Como ainda não tinha vestido o pijama, fui buscar um casaco e um cachecol, calcei uns ténis, peguei no telemóvel e saí de casa, fechando a porta cuidadosamente para não fazer nenhum ruido alto e levei as chaves comigo.

Dei-lhe o habitual beijo de cumprimento, como quem diz "quero-te nu na minha cama" sem utilizar palavras.

"Olá." Ele diz com o seu sorriso que me faz derreter.

"Olá!" Digo com um notório entusiasmo na voz. "Qual é a aventura?"

"Quero mostrar-te um sítio muito especial para mim." Ele dá-me a mão e começamos a andar.

Quando a Cidade se Apaixona pelo CampoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora