- Inverno ou Verão? – ela me pergunta, deitada na minha cama de barriga pra baixo.
Eu estava deitado ao lado dela, com o braço atrás da cabeça, olhando pro teto.
- Inverno, 100%. – respondo prontamente – e você?
- Verão, inverno é muito frio pra eu suportar as vezes – faz uma careta. – Gato ou cachorro?
- Cachorro. Você?
- Gato – ela ri, sinto seu olhar sobre mim o tempo todo – Café ou chá?
- Café. O seu é chá né? – dou risada.
- Café só de vez em quando. Dia ou noite?
- Noite.
- Finalmente algo em comum – volta a rir sonoramente – Estava quase desistindo.
- Veja de outra forma. Nós dois sobrevivemos as estações do ano, gostamos de animais independente de qual e gostamos de bebidas quentes. Somos iguaiszinhos.
- Park Jimin, você é um gênio.
Ouvimos batidas na porta e Cecília se ajeita sentada na cama. Minha mãe não entra no quarto, só fala alto do outro lado da porta:
- Tenho que levar algumas coisas pro seu pai lá no café e seu irmão vai me ajudar. Nós não demoramos.
- Ta bom mãe – grito em resposta.
- Cecília, não quer comer nada? Você mal almoçou. Leve ela lá na cozinha para comer alguma coisa Jimin.
- Pode deixar – dou risada vendo as expressões da Ceci.
- Se comportem.
- Ta bom mãee – falo impaciente já. Assim que notamos que minha mãe havia ido embora, pergunto – Quer descer e comer alguma coisa?
- Não estou com fome, mas preciso ir ao banheiro.
- Segunda porta a esquerda, vê se não demora.
Ceci levanta rapidamente da cama e sai do quarto, me deixando ali pensando nela. Como sempre. A gente já tava nessas a mais tempo do que eu já gostei de qualquer outra garota, e eu ainda não tinha dado sinais de que iria enjoar algum dia da companhia dela. Era engraçado, ao mesmo tempo em que a gente se gostava cada vez mais e cada vez mais rápido a gente fazia as coisas com cada vez mais calma. No período de três meses eu já havia tido várias discussões de relacionamento com as outras garotas que namorei, não estava dando certo, ciúmes bobo delas,eu não dava atenção demais, ela dava muita atenção, não reparei no corte novo de cabelo, motivos não faltavam. Com a Cecília mesmo tendo tudo pra dar errado nada daquelas coisas passavam pela nossa cabeça, a gente só aproveitava nosso tempo juntos.
Quando ela deita de novo ao meu lado eu passo o braço ao seu redor, fazendo-a apoiar a cabeça no meu peito.
- Só percebi agora que eu nunca te pedi em namoro.
- Achei que já estávamos namorando – aconchega seu corpo pequeno mais perto do meu.
- Estamos, mas não temos um dia... sabe? Pra comemorar 100 dias de namoro, ou 200 ou 1000. Dar presentes, essas datas pra mim esquecer e você brigar comigo depois. – ela ri alto.
- Seria mais fácil eu esquecer e você brigar comigo – inclina a cabeça pra trás, me encarando de perto – Eu não ligo pra essas coisas.
- Não quer ter nenhum dia pra gente comemorar? – pergunto um tanto manhoso, ia ser legal.
- Assim a gente pode comemorar quando quiser – sorri abertamente, me fazendo acompanha-la – Feliz dia 29/04 Park Jimin.
Sua língua desliza gentilmente por entre meus lábios e em segundos invade minha boca. Entrelaço os dedos no seu cabelo ondulado, fazendo um cafuné vagaroso e mantendo-a sempre perto. A mão da Ceci, antes espalmada em meu peito, desce e sobe pelo meu abdômen sobre a camisa. Não posso evitar sorrir durante o beijo, ela se fazia de bruta e fria, mas eu podia senti-la se derretendo em meus braços quando estávamos assim. Aos poucos nossas vontades iam crescendo, nossas línguas iam ficando mais urgentes e eu a apertava contra mim, nossas respirações já estavam um pouco mais alteradas.
Ceci sugou meu lábio inferior, partindo o beijo. No instante seguinte ergueu seu tronco, sentando-se sobre minhas pernas. Com um sorriso de canto ela se desfez da própria blusa, expondo seu sutiã preto. Eu respirei fundo, me acomodando melhor na cama, apoio minhas costas na cabeceira sem tirar os olhos de seu corpo. Ela tinha me pego de surpresa.
Suas mãos sem pudor começaram a erguer minha camisa e seus olhos brilhantes prestavam atenção em cada centímetro que era exposto. Ergo meus braços para ajudá-la a arrancar aquela peça de roupa. Respiro fundo mais uma vez. Ao pousar as mãos em meus ombros ela fala:
- Você está tremendo. Tá com frio? – faço que não com a cabeça – Tá tudo bem?
- Uhum...
Ela acaricia meu rosto com as costas da mão.
- Tá nervoso? – pergunta baixinho. Eu rio tentando disfarçar, mas ela percebe – Você nunca... ??
Pois é, nunca. Vergonhoso. Eu sei. Naquele outro dia foi diferente, foi impulso, tava rolando sem que nós dois déssemos conta. Ali e agora eu fiquei muito ciente do fato de que iríamos transar e toda minha segurança desceu pelo ralo.
Sem obter minha resposta em voz alta, Ceci me abraçou fazendo um cafuné gostoso nos meus cabelos. Envolvi os braços ao redor da sua cintura fina, enterrando o rosto no seu pescoço e sentindo seu perfume doce. Devagar senti meu corpo relaxar e meu coração desacelerar. Ela estava sendo tão carinhosa. Acho que um minuto inteiro se passou assim.
- Dança comigo Park Jimin... – sussurrou roçando os lábios no meu ouvido. Ergo o rosto confuso para olhá-la, até ela concluir – Dentro de mim...
Um arrepio percorreu toda minha espinha e eu senti meu membro desconfortável dentro da boxer. Porra! O que ela tava fazendo comigo? Seus olhos negros pareciam pegar fogo em contraste com sua carinha um tanto delicada e pequena. Cecília controlava a situação toda, controlava meus sentidos, controlava minha vida agora. Só me olhava como se dissesse "Faça o que quiser comigo", e meus Deus ela era minha.
Ao beija-la novamente eu tinha pressa, mas ela parecia ter um plano. Enquanto minha língua explorava sua boca ela conduziu minha mão para dentro do seu short jeans surrado.
- Me sente – murmurou ao interromper o beijo.
Cecília guiou meus dedos sobre sua intimidade de cima a baixo sob o tecido da calcinha, acariciando-a sem pressa. Quando a vi morder os lábios e fechar os olhos fui ganhando confiança e administrando o carinho com um pouco mais de rapidez, brincando com o indicador em seu clitóris. Ela movia o quadril imperceptivelmente, buscando por mais. Vê-la daquele jeito, sua expressão, sua respiração pesada, por minha causa, tava me dando cada vez mais tesão.
Ela, no entanto, não deixou que aquilo durasse muito. Gentilmente tirou minha mão de dentro do seu short e distribuiu beijos pelas pontas dos meus dedos. Eu ia pirar. Tudo que ela fazia era apelativo pra mim. Com pressa me desfaço do seu sutiã, envolvendo seus seios perfeitamente em minhas mãos, massageando-os antes de enfim senti-los com a boca. Quando movimento a língua sobre o bico do seu peito, ela arqueia as costas e agarra meu cabelo, gemendo baixinho. Eu podia sentir que ela estava arrepiada, com meu corpo todo. Suguei algumas vezes seu seio direito para depois fazer o mesmo com o seio esquerdo, sentindo seu corpo reagir a cada toque da minha língua e das minhas mãos.
- Eu quero te sentir por dentro – falo baixinho com os lábios ainda entre seus seios.
Ceci solta uma risadinha rouca, puxando meu cabelo entre os dedos divagar.
- Deixa eu te provar primeiro – responde com confiança e ali ela não era qualquer garota, era uma mulher. A mulher dos meus sonhos.
Se ajeitou de joelhos entre as minhas pernas e começou a puxar seu short para baixo, revelando sua calcinha preta de seda. Assim que empurrou a peça de roupa com os pés pra fora da cama, deslizou as unhas por toda a extensão do meu peito e abdômen. Só pude morder o lábio quando ela chegou no elástico da minha calça de moletom, com ainda mais tesão pelo o que estava por vir. Tirou minha calça, colocou seu cabelo de lado e se curvou deslizando minha boxer pelas minhas coxas. Assim que senti sua boca em meu membro, suspirei pesadamente e relaxei recostado na cabeceira da cama. Ela me acariciava, beijava, sugava com lentidão deliberada. Cacete! Eu não ia aguentar se ela continuasse, e eu queria que ela gozasse também.
- Cecília... – chamo entre dentes agarrando sua nuca – vem cá... agora.
Ela engatinha sobre meu corpo e eu levo as mãos a sua calcinha, me apressando em despi-la. Assim que o faço deslizo minhas mãos por todo seu corpo e volto a beija-la com urgência, agora mais do que nunca. Cecília já havia acabado com toda minha sanidade.
- Camisinha Park Jimin – ela pede, tão ofegante quanto eu.
Tateio a gaveta do criado mudo e assim que acho, ela me ajuda a vesti-la. Logo em seguida ela guia meu membro em sua intimidade e senta em meu colo vagarosamente, até que eu a penetre por completo. Nós dois soltamos o ar preso em nossos pulmões ao mesmo tempo. Aquilo era insano. Demora alguns segundos até que ela comece a mover seu quadril, eu sem paciência já segurava sua cintura guiando seus movimentos com um pouco mais de rapidez. Eu não queria fechar os olhos, não queria perder nada e ela tentava se manter da mesma forma, mas muitas vezes era inevitável. Ceci segurava meus braços com força e colou a testa na minha. Em meio aos movimentos ela ofegava e gemia com os lábios próximos aos meus. Eu sentia minha pele queimar, o suor me cobrir, meu cabelo grudar na minha testa, espasmos por todo o corpo e não conseguia tirar os olhos dela. Aquela baixinha gostosa.
Aperto as mãos na sua cintura, a erguendo por um segundo e invertendo nossas posições sem aviso prévio. Ela enlaça as pernas na minha cintura assim que ajeito meu corpo sobre o seu. Volto a penetrá-la com rapidez e seguro uma das suas mãos, entrelaçando nossos dedos. Ceci não segurava mais os gemidos.
- Park Jimin... – chama uma vez – Jimin... – sorrio de canto a vendo jogar a cabeça pra trás – Jiminie...
Deixa meu apelido morrer entre os gemidos. Sinto seu corpo se contorcer levemente sob o meu e sua intimidade se contrair ao meu redor. Cecília afunda as unhas pintadas de preto nas minhas costas. Eu escondo meu rosto no seu pescoço, não conseguindo segurar mais após algumas estocadas. Solto um gemido rouco contra sua pele e gozo logo em seguida.
Meu corpo desmancha sobre o seu corpo pequeno, mas eu não quero sufocá-la. Então me jogo sobre o colchão, deitando ao seu lado. Pego os lenços dentro da gaveta, me desfazendo da camisinha e jogando no chão ao lado da cama. Nós dois fitamos o teto, esperando nossas respirações normalizarem aos poucos.
- Eu não acredito que esperei esse tempo todo por isso! – exclamo, arrancando uma risada sonora dela.
Cecília puxa o edredom branco sobre seu corpo, escondendo seu rosto e deixando somente seus olhos de fora.
- Gostei que tenha esperado – fala baixinho.
A encaro sem conseguir parar de sorrir. Bom, eu tinha todos os motivos do mundo, mas vê-la se escondendo era impagável.
- Você ta com vergonha agora?? – pergunto descobrindo seu rosto e ela só afirma com a cabeça – Você não é desse mundo Ceci.
Puxo o edredom sobre mim também e aproximo nossos rostos no travesseiro.
- Eu queria ter sido seu primeiro – ajeito seu cabelo desarrumado atrás da sua orelha.
- Park Jimin você é meu primeiro de tantas maneiras diferentes...
Nós trocamos vários selares em meio a sorrisos bobos. Eu não ia esquecer dia 29/04 tão cedo. Assim como nunca ia esquecer Ásia Cecília Prado.
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@.@
Sou daquelas Ásia que depois que escreve os hot fica com vergonha
kkkkk
espero não ter decepcionado ninguém e que tenha ficado bom. É o meu primeiro hot, então relevem :P