Bella
Enquanto Ana carrega uma muito puta Olivia para fora do quarto, me viro para pegar uma roupa e ouço a porta bater atras de mim, estou prestes a tirar a toalha quando sinto Miguel se aproximar de mim.
— Dói? — ele pergunta gentilmente e o calor do seu corpo bem atras do meu, junto com seu hálito em meu pescoço, me faz arrepiar inteira.
— Quase nada. Só mesmo o repuxar dos pontos secando. — Dou de ombros, não conseguindo me virar e encara-lo.
— Eu não acredito em você — ele diz lentamente em meu ouvido e sinto um beijo ser dado em meu ombro, outro em minha nuca, outro um pouco mais abaixo e ceús, sinto minhas pernas começarem a tremer e um calor varrer meu corpo. Tento respirar calmamente conforme ele continua trilhando beijos por minhas costas, mas a tarefa se torna mais e mais difícil.
— Miguel...
— Eu odeio ver você machucada, e odeio mais ainda que minta para mim. Eu vi você naquele dia, vi seus braços, rosto, pescoço... se eu achei que tudo aquilo ja era ruim... Merda Bella! Se depois de dias isso ainda esta tão roxo assim eu não quero imaginar como estavam naquele maldito dia. — ele me puxa lentamente pela cintura, me abraçando por trás.— Eu queria poder tirar toda essa dor, toda esses machucados maculando sua pele perfeita... — ele desce traçando um caminho de beijos do meu pescoço até o ombro. — mas infelizmente eu não posso, mas eu prometo princesa, quem fez isso vai pagar muito caro por tudo que você passou, por cada machucado, cada dor, cada vez que fez você ter medo... — fecho meus olhos, respirando fundo, na verdade, tentando respirar, mas merda, cade beijo que ele coloca sob meus roxos, sob meus machucados, cada leve caricia que faz sob mim, me faz doer, uma dor deliciosa, mas uma dor que não sei fazer passar, não sei tira-la de mim. Me viro, um pouco ofegante de mais.
— Por favor... Para! — fecho meus olhos, deitando minha testa em seu ombro. — Dói!
— Então por que mentir para mim?
— Os meus machucados não doem, eu juro — levanto a cabeça olhando-o, sentindo minhas bochechas arderem — É... em outro lugar. Eu não sei por que doí, nunca senti isso. Acho que tem alguma coisa errada comigo. — olho para Miguel e seu semblante se suaviza, quase sorri, olho para ele confusa.
— Oh princesa, — ele me puxa mais ainda para perto dele — não tem nada de errado com você, pelo contrario.
— Como você sabe?
— Bem, vamos ver. O seu corpo se aquece quando minhas mãos e minha boca estão em você? — penso um pouco e respondo.
— Talvez. — ele ri e seus olhos estão em chamas.
— Você sente esse calor no seu estômago, parecendo lava liquida, descendo por seu corpo, fazendo aquela área sensível entre suas pernas latejar e doer? Uma dorzinha incomoda, mas gostosa?
— Como... como você pode saber disso? — olho para ele assustada.
— Você esta excitada Bela, é o seu corpo reagindo ao meu, assim como o meu reage ao seu, sempre que você esta por perto, sempre que você me deixa toca-la, beija-la, sentir seu cheiro.
— Não é desconfortável?
— Demais — ele ri — mas eu não me importo.
— Como... como você faz passar essa dor? Esse incomodo?
— Hum... — ele se afasta um pouco sem graça — eu... bem, acho que seria melhor você falar com Ana sobre isso.
— Por que?
— Vai ser menos constrangedor. Oh merda! — Ele se vira, respirando rápido de mais.
— O que houve?
— Hum... nada! É só que todo esse assunto e você nessa toalha. — ele geme, me fazendo rir.
— Esta te deixando excitado? — digo com as bochechas em chamas, mas a coragem e vontade de saber e conhecer tudo sobre ele queima mais ainda dentro de mim. Me aproximo e passo as mãos por suas costas.
— Bella — ele grunhe.
— O que?
— Você esta piorando as coisas princesa, só me de um minuto ou cinco talvez. — me afasto um pouco e contorno seu corpo parando bem em frente a ele. Deixo meu olhar vagar por seu corpo até parar onde sua mão aperta sua enorme ereção.
— Assim que você faz... parar? Apertando? Não doi? — pergunto realmente curiosa.
— Porra Bela — Miguel abre os olhos e me vê bem em sua frete — Não me olha assim. Você não esta nem perto de estar pronta para isso baby.
— Eu posso?
— O que?
— Sentir você. É meio que... fascinante saber que eu deixo você assim, mas ao mesmo tempo me irrita ver você sentindo dor.
— Oh merda! Não! — ele diz e me aproximo. Ele da um passo para trás e eu um para frente, até que bate na beira da cama.
— Você não quer que eu te toque? — pergunto um pouco chateada, encarando seus olhos.
— Oh querida, eu quero que você me toque, que faça o que quiser comigo, mas ainda não é o momento.
— Por que?
— Por que se eu deixar você me tocar agora eu não vou conseguir parar e nós dois sabemos que estamos feridos demais ainda para qualquer outra coisa. — Encaro seus olhos por um breve momento e me lembro do seu ferimento.
— Oh certo! Desculpa. Você esta bem? — me aproximo e levanto sua blusa, precisando ver seu abdômen, ver se finalmente parou de sangrar. Assim que encosto minha mão ao redor do curativo na ferida, sinto Miguel estremecer.
— Oh ceús! Me perdoe Deus, mas eu já vou pro inferno mesmo. — Sinto seus braços me prendendo, levanto meu rosto e minha boca é capturada ferozmente por Miguel. Ele se senta na cama e me puxa para seu colo e o atrito do meu centro nu com sua calça e a dureza do seu membro me fazem gemer. Me agarro a sua camisa mais fortemente e dou tudo de mim para ele, aprofundando mais e mais o beijo, me esfregando deliciosamente em seu colo.
— Porra baby, você não precisa...
— Eu preciso — gemo, segurando-o com força — porque... por que a dor ta piorando? — pergunto ofegante.
— Quanto mais atrito, mais excitada você vai ficando — ele geme quando me remexo em seu colo — Você esta me matando Bella — ele ofega.
— Doi Miguel! — colo sua boca na minha — Doi! Eu... Eu preciso que pare. — digo com minha boca colada na sua.
— Princesa, eu...
— O café esta pronto! — Olivia diz feliz entrando no quarto — Oh! Foi mal, não parem por minha culpa, eu já... tchau! — e a porta bate com força.
— Acho que esse foi um sinal divino de que deveríamos ir tomar café — Miguel diz um pouco ofegante com sua cabeça caída sob meu peito, parecendo sofrer.
— Mas...
— Uma outra hora tudo bem? — ele levanta seu rosto e me olha.
— Certo. — digo meio decepcionada e me levanto, quase perdendo a toalha no caminho. — Opa!
— Céus! — Miguel se levanta rapidamente e vai em direção a porta. — Vou deixar você se trocar... hum... Te encontro na mesa, não demore. Eu vou só... tomar um banho gelado. Tchau! — e sai mais rapido que um trovão. Me fazendo rir. Mal a porta se fecha e Olivia entra.
— Você sua safada! Me conta tudo.
— Como assim?
— Como foi? Doeu muito? Ele foi carinhoso? Ele tem um rola enorme? É selvagem?
— Do que você esta falando?
— Vocês não transaram?
— Fizemos sexo? Não — respondo confusa. — Por que acha isso?
— Dormindo juntos, você com a blusa dele, os dois se esfregando e quase se comendo agora pouco. HUmmm! — diz toda sonhadora — Que inveja amiga! Que inveja!
— Não estávamos fazendo isso, nós...
— Ah estavam sim, confesso que até fiquei animadinha.
— Animadinha?
— Excitada — ele fala baixinho como se estivesse conspirando.
— Ah! Por que? — pergunto confusa. — Achei que isso só acontecia quando você tinha alguém te beijando ou tocando.
— Espera ai. Você nunca ficou excitada antes?
— Não, nem sabia que o que eu estava sentindo era isso até Miguel me falar a uns minutos atrás. Achei que algo estava errado comigo.
— Belz! Como assim? Você não estudou sobre sexo na escola?
— Claro que sim, mas a mecânica da coisa, não as sensações que são acesas no seu corpo. Eu sei que o homem tem pênis, a mulher vagina e para se ter relações ele precisa inserir seu pês no orifício e bla bla bla. Sei que devemos usar camisinha para não contrair nenhuma doença sexualmente transmissível, sei que a primeira vez pode doer devido ao rompimento do hímen e o alargamento do canal na inserção do...
— Jesus Belz! Ok, entendi que você era uma ótima aluna, mas sexo vai alem disso. Claro que saber onde cada coisa vai ajuda, mas amiga, você nunca conversou isso com ninguém? Nunca teve curiosidade?
— Não — dou de ombros — perdi minha mãe muito cedo e não tive quaisquer interesse em ninguém desde... bem... sempre. Miguel é o primeiro.
— Aaaah! Verdade.Bem... Talvez você deva conversar com a Ana.
— Por que todo mundo fica me empurrando para ela? Qual o problema de vocês falarem comigo? Miguel parecia desconfortável quando comecei a perguntar coisas.
— Oooh! Você não fez isso? — ela começa a rir — Pobre garoto.
— Não estou entendendo.
— É que Ana é casada, tem mais experiência... Sei lá Belz! Achei que era o certo a se fazer, mas aqui vai meu conselho, não que eu seja a rainha da experiencia mas... vamos la! Primeiro de tudo use camisinha, pelo menos até ser algo bem serio e você ter certeza que pode confiar nele e que não vai pegar nenhuma DST, segundo, se divirta, não fique paradona feito um peso morto, interaja, se jogue, não fique timida. Quer beijar, quer chupar, quer lamber, faça, sexo tem que ser bom para ambos, não só para ele. Terceiro, abuse das preliminares, elas costumam ser melhores que o sexo.
— Isso seria?
— Oh Deus! Me sinto ensinando uma criança. — Olivia bufa.
— Eu não tenho culpa se minha vida não foi normal como a da maioria. — digo irritada. — Se eu pudesse ter escolhido como seria, com certeza tudo teria sido diferente, eu teria tido experienciar normais, vivido e aproveitado muito mais a vida ao invés de apenas ficar fugindo e me mantendo viva.
— Desculpa Belz, eu... Desculpe. Só não pensei ok! É por que é tão incomum você conhecer uma pessoa que nunca entendeu direito o que é o sexo.
— Eu sei o que é o sexo, no contexto geral, assim como toda pessoa antes de faze-lo. Você pode fingir que entende o que é pelos filmes, lendo ou sei lá o que, mas tenho certeza que na vida real é diferente. Não tem como saber o que ele faz com seu corpo só vendo e lendo, ok, você pode ficar animadinha como você diz, ou algo parecido, mas... não é a coisa real sabe.
Eu nunca fiquei lendo ou vendo filmes, na verdade eu evitava essa coisa de romance por que era algo que eu pensei que nunca teria, então me foquei em realizar os sonhos que eu pudesse enquanto tinha tempo, porque bem... meu tempo nunca pareceu algo infinito como a maioria das pessoas parece acreditar que ele seja, para mim ele sempre foi algo finito, curto, que poderia acabar a qualquer momento, então sempre vivi um dia de cada vez, afinal eu não sabia se o amanha chegaria ou não.
— Desculpe Belz. Isso tudo é... Merda! desculpa!. — Olivia diz me olhando e sai do quarto rapidamente, me deixando lá parada sem entender nada. Me troco de roupa rapidamente e vou atras dela.
— Olivia! Espera! — mas ela já esta longe de mais da porta do quarto.
— Finalmente meninas! Agora sentem-se, acabei de fazer as panquecas do jeitinho que vocês gostam. — Pedro sorri assim que nós olha, mas seu sorriso cai ao olhar de mim para Olivia. — O que houve?
— Eu queria saber também. — digo confusa. — Olivia?
— Deixa pra lá Bela! — ela diz tristemente e depois do nada abre um sorriso, como se trocasse uma chave dentro de sua cabeça e a tristeza de poucos minutos se quer existisse. — Então Miguelito, já estou perdoada? Ou esse coração ainda esta duro? Se é que me entende — Olivia se senta na mesa provocando Miguel, que lhe acerta um miolo de pão bem na testa.
— Também te amo Mi! — ele olha para ela irritado pegando o miolo e enfiando na boca sorrindo. Que diabos esta acontecendo aqui? Olho Olivia mais atentamente, tentando entender o que estou perdendo nisso tudo. Ela me ignora e continua agindo como se nada tivesse acontecido.
— O que você esta fazendo aqui mesmo? Quem te trouxe? — olha ao redor, fingindo procurar o responsável por te-la trago até aqui, uma falsa carranca estampada em seu rosto.
— vou ignorar e não ficar ofendida com isso. — ri — Foi Erik, ele me pegou em uma cidade aqui por perto de madrugada, depois que enviei uma mensagem para ele.
— Depois de tudo que passamos você ainda foi pegar essa doida?
— Ela me mandou uma mensagem pedindo socorro, o que mais eu poderia fazer? Deixar ela correndo perigo? Alias! Foi um golpe muito baixo Olivia.
— Mas eu realmente precisava ser socorrida, minha saude mental e física estava em jogo. Eu não sei mais quanto tempo eu iria durar.
— E como você conseguiu que sua mãe te liberasse? — pergunto não tirando meus olhos dela e sua reação.
— Bem... Não consegui. Mas eu deixei um bilhete dizendo que estava bem, que estava voltando para a faculdade, que não podia mais perder as aulas e toda essa papagaiada educacional.
— Olivia! — Ana ralha. — Não acredito que você fugiu.
— Eu não acredito como não fiz isso antes! Eu estava a ponto de enlouquecer Ana! Ela me tirou tudo, me tirou vocês, me tirou o celular, me tirou comida de verdade. Quem diabos vive só comendo Chia, ovos e legumes? Eu perdi três quilos, é muito para tão pouco tempo, sem falar que meu cabelo esta caindo horrores de tanto estresse. Não quero ficar careca, então foi única solução que encontrei.
— Agora que você já esta aqui não tem muito mais o que fazer, mas vou ligar para ela e dizer que esta conosco, só não vou dizer onde. E quanto as suas aulas?
— Os professores me permitiram fazer tudo online, eu joguei a carta que quase morri, ainda estou traumatizada e blá blá blá. — da de ombros enfiando um enorme pedaço de panqueca na boca.
— Tem certeza que não foi você que estava enlouquecendo sua mãe? — Pedro brinca.
— Com certeza eu estava — sorri diabolicamente — A vida é uma estrada de mão dupla. — ela diz fazendo todos rirem.
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Hello meus trevozinhos!
Como estamos Hoje?
Feliz véspera de feriado!! \o/
Como estou indo para roça amanha, eu ia ficar sem net então resolvi postar os capitulos de ambos os meus bebes hoje! Uhuu banguuu!! Leitura para o feriado Check rsrs
E ai? Agora que você já leu essa belezura, curtiu o capitulo de hoje? 😉
O que estão achando dessa reta final da historia? Preparados para o fim ?
Como sempre não poso deixar de vim pedir o apoio e suporte de vocês, bora chamar os amigos e espalhar essa historia com todos os conhecidos e desconhecidos de toda essa internet. Bora chamar o povo do whats, twitter, tik tok e quem mais puder.
#adoteUmaAutoraNacionalPobretona #ajudaEu #meAmemMeAmem
Nos vemos na próxima semana hein!
Não me abandonem.
Beijoooos
MRy.
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