Capítulo 33 IV - Raiva imprudente

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⚠️ Atenção, nesse capítulo contém cenas de violência doméstica. Fique a vontade se quiser pular a leitura. ⚠️

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@nia_escarlate

Nove anos atrás

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Nove anos atrás...

— Antonella!

— Ella…

— Você precisa acordar. Você não pode dormir enquanto estiver sobre hipnose…

Meus olhos se abrem assustados. Respirar nunca doeu tanto. Sinto como se estivesse sangrando por dentro, como se meu corpo estivesse separado da minha alma, mas não ameniza a dor. Por quanto tempo será que eu dormir? O zumbido retorna alto e eu tento me virar pra ver onde Gabriel está, mas meu corpo dói muito.

— Quem é você? — Ouço a voz de Fábio.

— Não te interessa. — Gabriel diz e eu respiro aliviada, mas gemo de dor. — Ella…

— Você não vai chegar perto da minha filha! — Fábio diz alto.

— Então me impede! — Gabriel diz alto também e eu uso a parede de apoio pra me virar e ver o que está acontecendo.

— Com isso está bom pra você? — Fábio pergunta apontando o revólver na direção de Gabriel que está um pouco longe de Fábio.

Eu forço pra ficar ao menos sentada, tudo dói muito e eu grito de dor atraindo a atenção dos dois. Fábio continua apontando o revólver na direção de Gabriel, mas me encara.

— Vou te levar pro hospital querida. — Fábio diz.

— Vão saber que você foi o agressor. — Gabriel diz e Fábio gargalha.

— A juventude de hoje é estúpida. — Fábio diz olhando pra ele. — A história vai ser a seguinte: Um garoto invadiu a minha casa, agrediu a minha filha e eu matei ele. Ninguém vai saber de nada. — Fábio diz e eu coloco as mãos na minha costela que dói bastante.

— Eu vou saber… — Eu sussurro e Fábio vira pra me olhar.

— Se abrir essa boquinha eu te coloco naquele cassino. O que você prefere? — Fábio pergunta sorridente.

As coisas começam a acontecer rápido demais. Gabriel se aproxima de Fábio e acerta ele bem nas costas, e enquanto Fábio cabaleia pra trás ele se aproxima de mim e me ajuda levantar.

— Vamos fugir, agora. — Gabriel diz rápido demais.

Eu não sei se foi o tapa que me deixou tonta, ou foram os chutes ou porque levantei rápido demais. Dizem que você imagina sua vida inteira quando está presta a morrer, que ela passa lentamente na sua frente. Eu não tinha o porquê de imaginar a droga da minha vida, mas acho que fantasiei muitas coisas que aconteceriam ali. Nenhuma alternativa era pior do que a verdadeira que passou diante dos meus olhos.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora