🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@nia_escarlate
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Um mês atrás...
— Chegamos! — Ananda diz contente enquanto estaciona o meu carro numa vaga e eu bocejo.
São sete horas da noite, Ananda conseguiu sair mais cedo do trabalho, mesmo assim, essa casa do lago é longe. São três horas de viagem, que são cansativas e ela veio dirigindo, por isso pedi pra ela ficar.
— Jane chega amanhã de manhã. — Ananda comenta enquanto tira o cinto de segurança e me encara. — Sua primeira noite vai ser bem tranquila, como pediu. — Ela diz e eu abro um sorriso tirando o cinto de segurança também.
— Pelo menos. — Eu digo a ela e saio do carro.
Ananda e eu pegamos as três malas e entramos na casa. A casa estava limpa, ela conseguiu alguém que limpa-se e fizesse as compras de mercado, muito rápido. Eu fico assustada com a rapidez dela, mas feliz por ela achar que está me ajudando de alguma forma.
Entramos na casa, os móveis estão do mesmo jeito desde a última vez que eu vim aqui. Isso deve ter uns quatro anos. Tio Jaime e sua esposa Felícia adoram viajar, mas sempre mantém essa casa, Ananda vinha com mais frequência criança, depois não a achava tão divertido já que não tem outra criança.
O lugar é afastado das outras casas, da varanda da pra ver o lago e sentir a brisa suave entrar dentro da casa. Uma longa ponte de madeira leva até a parte um pouco funda do lago para poder nadar melhor.
— Não me lembrava que Tio Jaime tinha tantos quadros. — Ananda comenta, observando os quadros de praias paradisíacas que estão pendurados nas paredes.
— Ele deve ter voltado a pintar. — Eu digo dando de ombros e sigo para o quatro.
Os dormitórios são rústicos, mas tem seu charme. Eu até gosto desse estilo que as coisas são feitas de madeira e pedras. Tem uma parede de pedras lindas onde a cama com um colchão macio fica.
— Eu estava pensando... — Ananda diz entrando no quarto e sentando comigo na cama. — Lembra do dia em que nos conhecemos? — Ela pergunta olhando em meus olhos.
— Claro que eu lembro. Não poderia esquecer aquele dia. — Eu digo sorrindo.
Eu me deito na cama, encarando o teto, e as lembranças daquele dia chegam até mim, com uma sensação boa, confortável e feliz me atingindo, lembrando do dia em que o brilho em meus olhos voltou.
Nove anos atrás...
Eu encaro o teto do meu quarto apreensiva. Olho pro lado e os olhos azuis me avaliam e eu volto a encarar o teto. Ainda não acredito que Fábio me deixou sozinha, um final de semana inteiro. Com toda certeza ele colocou alguém para vigiar a minha casa, ou alguém na rodoviária ou no aeroporto ou nas vias das estradas que me deixariam livre dele.
