🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@nia_escarlate
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Eu estava batendo os meus pés desesperadamente no banco de trás do carro, uma angustia crescia cada vez mais dentro do meu peito. E tudo piorou quando ouvimos uma explosão de onde estávamos. Logo Gabriel acelerou mais o carro seguindo o barulho. Meu coração só faltava sair pela boca.
Assim que Gabriel parou o carro eu sai dele, correndo para chegar em meus pais. Eles estavam ali, olhando o carro pegando fogo com umas caras tristes. Meu pai abraçava fortemente o corpo da minha mãe que estava machucada. Ela esconde o seu rosto ali enquanto os olhos do Fábio estavam lacrimejados.
Eu grito por eles que abrem os abraços e me segura entre seus corpos. Eu estava chorando de felicidade por eles estarem bem, minha mãe estava sendo apoiada por meu pai. Eu os abraço tão apertado sentindo um alívio relaxar o meu corpo por eles estarem bem.
Eu olho para onde eles estavam olhando e olho ao redor vazio da estrada. Eu encaro seus olhos com uma questão dentro da minha cabeça.
— Onde está Felipe? Ele fugiu de novo? — as palavras praticamente me afogavam em pânico enquanto eu apertava a minha barriga, a protegendo.
— Ele...
— Não conseguiu sair do carro a tempo — meu pai completa a fala dela que estava devastada.
— Eu tentei! Eu o puxei, mas seus olhos... eles estavam vazios. Vidrados no nada. Ele sorria e dizia que ia nos matar... Fábio me tirou de lá e o carro explodiu.
Eu via o tremor do seu corpo e as lágrimas escorrerem por seu rosto. Meu corpo começa a reagir estranho, primeiro eu abro um sorriso e depois um explodo numa gargalhada chamando atenção de todos.
— Ele explodiu! — eu não estava controlando o meu corpo que vibrava com a notícia, mas meus olhos se prenderam no fogo que se alastrava pela lataria do carro, eu jurava que tinha visto seu braço tatuado bem ali, queimando.
Eu imaginei com a voz rouca e pesada saindo do carro como se nada daquilo pudesse o ferir, a risada vai parando, vai cessando enquanto os meus olhos começam a se encher de lágrimas.
— Talvez ele não tenha morrido — eu os assusto. — Estamos falando de Felipe. Ele é um... sobrevivente.
As lágrimas estavam caindo por meus olhos, não era de alívio, mas eu queria que fosse. Logo eu soluço escapa dos meus lábios e eu sinto as lágrimas quentes correrem por meu rosto. Eu estava chorando? Eu estava chorando por ele? Ele não merece minhas lágrimas!
Mas meu corpo não me atendida, e eu passei a chorar mais pesado, mais forte, eu sentia os meus pulmões arderem. Ele tinha morrido. E então por que eu não estava comemorando?
— Está tudo bem, bolotinha — meu pai me abraça forte e eu encaro os olhos dele também molhados. — Foi uma vida, querendo ou não, Felipe era uma vida. Está tudo bem chorar.