Capítulo 13 - Eu era e sou assim

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Levanto-me sufocado

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Levanto-me sufocado. Minha mãos vão ao peito, tentando respirar, mas falhando miseravelmente. Meu corpo treme, não consigo me mover para fora da cama. Fecho os meus olhos e forço meus pulmões a receberem oxigênio.

- Eu consigo...

Desde aquele maldito dia que descobri que além de não ser filho de Valentina Martínez, e que ela tinha abandonado uma menina, e o pior de tudo foi meu pai morrendo na minha frente. Eu tentei superar de todas as formas, mas era impossivel tirar aquelas cenas, aquela briga da minha mente.

Fui ao médico depois de uma falta de ar grave, nunca tive nada relacionado a isso e depois de uma série de exames, fui diagnosticado com transtorno de ansiedade, que provoca pesadelos, insônia, falta de ar, respiração acelerada... tudo o que eu tenho.

Meus lábios estão rececados, minha garganta está seca. Empurro meus pés para fora da cama e bebo água que fica na cômoda ao lado da cama e volta a respirar e expirar devagar. Esse assunto do Téo, da empresa, da Valentina continua escondendo a filha de mim, Sabrine me secando por todos os lados e ainda tem ela... Antonella que está me tirando do sério com suas provações.

O que me destroi é dúvida ou ter a certeza comprovada no papel me dar um ataque de ansiedade. Acho que foi por isso que nunca fiz o teste de DNA. Prefiro me enganar, cuidar de um filho que eu amo, mesmo não sendo meu filho de sangue.

Eu posso cuidar dele. Melhor do que Valentina foi pra mim, acho que tem algo haver com isso. De sentir-me abandonado dezoito anos por minha mãe, e depois descobrir que eu era filho da mulher que ofuscou ela do meu pai.

Gabriela Ramírez.

A primeira vez que vi uma foto dela, foi após o enterro do meu pai. Deixaram uma caixa em meu quarto e nela tinha uma foto dela. Seus cabelos longos loiros mel, seus olhos brilhantes azuis, seu sorriso angelical, seu jeito tímido de se vestir. Várias fotos incríveis dela com o meu pai mais jovem... e ainda tinha aquela carta.

Tiro o lençol que estava em meu colo e me levanto da cama, acaricio o meu peito que está apertado das lembranças. Saio do quarto, seguindo para a cozinha, e pego uma garrafa de água, enchendo o segundo copo de vidro.

Logo depois que Antonella saiu com seu sorrio provocante e raivoso que eu passei a admirar em segredo, peguei minhas coisas no escritório e fui embora. Queria esbarrar com ela, mas não tive a chance. Entrei no meu apartamento e tirei as roupas para tomar um banho relaxante e dormir, mas não consegui, infelizmente.

Vou até a sala e entro numa porta que tem ali, pego minhas luvas no quartinho da bagunça e tiro dali o Alfred também. Pedi que colocassem um gancho resistente na sala para resistir às porradas e os balanços e não quebrar nada. Não o testei ainda, mas hoje é o dia.

Após pendurar o Alfred, e colocar as luvas eu me aqueço, e segundos depois eu dou o primeiro soco em Alfred. Ele existe a muito tempo, e eu o levo para todo lugar onde moro, ele me ajudou a controlar minha ansiedade, desconto tudo no Alfred.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Where stories live. Discover now