Capítulo 47- Medo!

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Oieee... obrigada por estar aqui!!!

Tá ai mais um capítulo... Essa semana não foi tão corrido no trabalho!

Espero que gostem...

Boa Leitura, queridos leitores.

Boa Leitura, queridos leitores

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AMANDA

Eu sei que é difícil para Enzo aceitar minha decisão de ter vindo até a delegacia. Mas desde que a polícia apontou Otávio como o principal suspeito do atentado contra ele e que acabou vitimando tia Isabela, meu coração está inquieto, aflito. Tento parecer calma, contudo não estou. Dentro de mim está um vendaval, uma tempestade. Uma briga entre a razão e o coração.

Minha razão, alimentada pelas circunstâncias de que todas as evidências levantadas pelo delegado, até o momento, aponta Otávio, como sendo o único culpado pelo crime. Entretanto, meu coração grita que ele é inocente, que ele não seria capaz de cometer esse crime. E, foi essa briga entre a razão e o coração que me trouxe até aqui: eu preciso ouvir da boca dele, se foi ele mesmo que puxou o gatilho e matou tia Isabela.

Faz exatamente uma hora que aguardo a ordem do delegado para entrar e, assim, acabar de vez com essa angustiante dúvida.

Lorena decidiu vir comigo. Ela está sentada ao meu lado com o semblante tenso. Nervosa, já roeu todas as unhas. Eu também estou nervosa. Minhas pernas balançam inquietas, enquanto meu olhar não sai da porta a minha frente. Ela dá acesso ao corredor, onde ficam as celas. 

Os pais de Otávio já vieram falar com ele, mas a família teve que levá-los embora rapidamente, visto que passaram mal, ao verem o filho preso, sendo acusado de assassinato. Não é fácil para um pai, uma mãe, ter que enfrentar isso. Consigo sentir a dor deles. Otávio não é filho único, ele tem uma irmã, Analice. Ela mora nos Estados Unidos e está grávida de oito meses. Escutei alguém da família relatar que ela está louca para vir para o Brasil, mas foi proibida pelo médico de viajar.

— Você não tem juízo mesmo, Amanda. Como pode deixar Enzo sozinho no restaurante e vir correndo para cá. — Lorena praticamente cochicha, bem próxima a mim.

— Não adianta explicar, porque você não vai entender. Eu precisava vir. — respondo, no mesmo tom de voz. — Depois me entendo com ele. — Meu coração se comprime ao lembrar que não será nada fácil  Enzo compreender a minha vinda até aqui. 

—  Senhorita, Amanda. — O delegado surge na porta que dá acesso ao corredor das celas. Levanto-me e vou até ele. — Você tem apenas vinte minutos, pois precisarei fazer a escuta do acusado e não quero mais ninguém da família aqui, a não ser o advogado dele. — Ele dá espaço na porta para que eu entre.

Concordo com um leve balançar de cabeça e sigo, juntamente com um policial, pelo estreito corredor. Mais alguns passos e estou na cela onde Otávio estava. Ele está sentado numa cama desforrada de cimento e olhando para o chão. 

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Where stories live. Discover now