Capítulo 13- É preciso se perdoar!

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Boa leitura!

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AMANDA

Depois que descobri toda a verdade sobre o terrível passado dos meus pais, a imagem de tia Isabela e de tio Fred mudaram completamente para mim. Por mais que me esforce, não consigo enxergá-los como sendo as mesmas pessoas.

Eu tento, juro, trabalhar meu psicológico contra esse sentimento, mas confesso que está sendo muito difícil, visto que sempre os vi como pessoas maravilhosas, que me tratavam como filha, e não como dois criminosos que um dia tentaram destruir a vida dos meus pais.

Estou em luto de pessoas vivas!

Contudo não poderei fugir deles por muito tempo. Sabia que, cedo ou tarde, os teriam em minha frente, e, hoje, chegou o dia de encarar a tia Isabela. 

Paro em frente ao portão da casa de Enzo, desligo o carro, desço e vou direto apertar a campanhia. 

Sinto meus músculos se contraírem com as batidas constantes do meu coração.

Pelo interfone, sou atendida pela simpática Beth, secretária do lar, ao qual tenho um carinho muito especial. Enzo, também, tem uma ótima relação afetiva com ela, uma vez que sempre cuidou dele desde bebezinho. Ela o trata como um filho. Beth sempre me paparica fazendo seus deliciosos bolos. Quando ela sabe que venho, faz questão de fazer bolo de chocolate com prestígio, porque sabe que é o meu preferido.

Eufórica, ela vem me atender. 

— Oi minha menina linda! — ela me cumprimenta com um largo sorriso, assim que abre o portão e me ver.

— Oi, Beth! — retribuo o sorriso, junto com um abraço.

— Veio a procura de Enzo? Ele acabou de sair. — diz, depois de me abraçar com carinho — Mas a senhora Isabela está. Não quer entrar? — convida, dando espaço no portão para que eu entre.

Meu coração acelera, na incerteza de qual será a minha reação ao vê-la.

— Ela já está acordada? — investigo, pois sei que faz uso de remédios controlados que a fazem dormir mais tempo do que deveria — Não quero acordá-la, caso esteja dormindo. — aviso, parada no portão.

— A senhora Isabela já está de pé! Esqueceu que nos finais de semana ela ajuda o doutor Lucas no seu projeto com crianças carentes? — ela lembra aquilo que eu já sabia, mas que o nervosismo fez-me esquecer.

— Ah... sim... Lembro sim! — dou um sorriso sem graça, tentando disfarçar minha apreensão.

— Então, o que está esperando para entrar? — Beth puxa-me pela mão e fecha o portão logo atrás de mim — Estou preparando o café. Não tem aquele bolo de chocolate que você adora, mas posso preparar umas tapiocas com queijo que sei que também gosta. — ela fala sorridente, enquanto caminhamos para dentro da casa.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Where stories live. Discover now