Capítulo 10-Te amo infinitamente.

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Boa leitura!

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AMANDA

— Mãe!!! A senhora já imaginou como Enzo irá ficar quando descobrir tudo isso? Eu estou sem chão, é como se eu tivesse perdido a identidade, é como se eu tivesse perdida na minha própria história. Ele se sentirá igual, se não for pior, porque ele foi planejado por sua mãe na intenção de fazer o mal. Não sei se conseguirei esconder isso dele, mãe. — explico, e, a cada palavra que digo, sinto as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

— Precisa ser forte, filha. — diz firmemente.

— Eu não vou conseguir esconder isso dele! Eu não vou conseguir! — choro sentada no chão, com a cabeça entre as minhas pernas.

— Jade! Amanda! — alguns minutos se passam e escuto papai nos chamar, batendo levemente na porta — Aconteceu alguma coisa? Estava passando pelo corredor e escutei alguém chorar. — sua voz é baixa e tem um tom de preocupação.

Mamãe, que estava ao meu lado tentando me consolar, levanta rapidamente, olha para mim, com cara de "ele precisa saber" e, sem falar nada, abre a porta.

Continuo sentada no chão, e, bastante abalada, volto a colocar a cabeça entre as minhas pernas. Meus pensamentos estão confusos. O passado recôndito e obscuro, que a mamãe acabara de me contar, não consegue ser processado por minha mente. Nada faz sentido. Não consigo ligar o acidente, o tiro, e todas essas maldades a tia Isabela, ao tio Fred. Momentos felizes em família, ao qual eles estavam presentes, invadem a minha mente, fazendo-me chorar alto e o desejo que tenho, nesse momento de tanta dor, é que tudo não passe de um sonho ruim. 

Sinto alguém se aproximar e tocar em meu braço discretamente. 

Não tenho forças para reagir, não tenho forças para falar, não tenho forças para aceitar esse passado tão cruel. 

— Filha. — papai me chama baixinho, mas permaneço imóvel de cabeça baixa. Ele suspira forte, e, logo, sinto-o sentar ao meu lado. Seu braço passa por cima dos meus ombros, e, carinhosamente, começa a alisar minhas costas. Sua mão sobe e desce lentamente, enquanto tento controlar as lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos.

Ele fala, com a voz branda:

— Sabe filha... quando soube que sua mãe estava grávida, eu me senti o homem mais feliz do mundo, e quando descobri que seria pai de uma menina, minha felicidade se multiplicou. Eu prometi, naquele momento, que te protegeria e que faria de tudo para te ver feliz. Mas vejo que falhei. Em todas as tentativas de te proteger eu falhei. — ouço suspirar com força, talvez desapontado com ele mesmo.

Levanto minha cabeça devagar e encaro o rosto triste do meu pai. Com os olhos marejados e nitidamente emocionado, ele continua:

Não consegui proteger sua mãe, nem você das ameaças da Isabela, no entanto as duas se mostraram muito fortes e, mesmo sua mãe estando com poucas semanas de gestação, mesmo você sendo um serzinho tão frágil, conseguiu sobreviver aquele terrível acidente. Sua tia Rose disse que, mesmo depois do impacto que a sua mãe sofreu do carro, seu coração ainda batia rápido e forte. — ele dá um pequeno sorriso, ao mesmo tempo que percebo uma lágrima escorrer pelo canto dos seus olhos.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Where stories live. Discover now