Capítulo 22- Apesar de tudo, eu ainda a amo!

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Obrigada por estarem aqui! Espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!

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ENZO

Ao abrir, lentamente, os olhos me vejo deitado numa cama, com médicos e enfermeiras ao meu redor. Todos, sem exceção, me observam  em expectativa. Eu, de fato, não sei o que estou fazendo aqui, nem o que aconteceu comigo para estar deitado numa cama de hospital.

Os pensamentos confusos, desordenados, deixa-me incapaz de distinguir se estou vivendo um sonho ou uma situação vívida, real.

Está tudo tão estranho. Parece que dormi por horas a fundo.

Me movo devagar na cama, na tentativa de descobrir se tudo aquilo era tangível, e sinto uma pontada forte no meu lado direito. É como se um objeto pontiagudo estivesse entrando de vez em meu pulmão, deixando-me sem ar.

Coloco a mão no local e faço uma careta, acompanhado de um gemido baixo.

— Tivemos que controlar uma hemorragia no seu pulmão, causada pelo grave acidente de moto que sofreu — o médico, que tinha bordado o nome cirurgião no jaleco, explica.

— Acidente? Eu... sofri...um acidente? — questiono, com a voz um pouco fraca e arrastada, sem acreditar no que o médico acabara de relatar. Levanto a bata hospitalar, que estava usando, e vejo uma enorme cicatriz, marcando toda a lateral do meu corpo. Faço um movimento brusco para tentar ver se tem mais cicatrizes pelo resto do meu corpo e sinto outra pontada, agora mais forte, fazendo-me choramingar de dor.

— A contusão pulmonar que sofreu, em consequência de um traumatismo de tórax, foi bastante grave. Seu pulmão ainda está se recuperando do trauma, portanto sentirá essas dores por um bom tempo, até que se recupere por completo — a médica pneumologista, que também tinha gravado sua especialização no jaleco, diz se aproximando de mim.

Encosto na cama, lentamente, com os olhos fechados e a cada puxada de ar, sinto uma fisgada forte no meu pulmão. Inspiro e expiro devagar várias vezes tentando controlar a dor.

— A dor está muito forte? — a médica pergunta parada a minha frente.

balanço a cabeça que sim, sem conseguir falar.

— Vou prescrever agora mesmo um analgésico. Mas saiba que é algo paliativo. A médica, Sara, já disse que terá que conviver com ela por algum tempo — o médico avisa, pegando o meu prontuário e fazendo algumas anotações nele. Depois, ele vai até as duas enfermeiras, que não tiravam os olhos de mim, e fala alguma coisa. Elas maneiam a cabeça e saem do quarto.

— Não consegue lembrar do acidente? — a médica indaga com a expressão preocupada.

— Não! No momento não consigo me lembrar — falo sem tirar a mão da cicatriz e ainda com a expressão de dor.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Where stories live. Discover now