Capítulo 27- Forças para seguir em frente.

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Oiii... Que bom te ver por aqui!

Cheguei com mais de Amanda e Enzo. Leiam e me digam o que acharam do capítulo

Espero que gostem! 

Boa Leitura!

Boa Leitura!

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AMANDA

Luto.

É quando perdemos alguém ou algo importante na nossa vida, passamos por um período de adaptação para elaborar essa perda até voltarmos a nos interessar como antes pela nossa própria vida.

Foi isso que vivi durante meses, após ver Enzo partir. Ele se foi e me deixou de luto. Foram dias e mais dias na escuridão, sem esperança, no fundo do poço. Nesse período o sol parecia não raiar e a noite passou a assombrar os meus dias. Mal encontrava forças para comer, tomar banho, dormir.

Eu perdi o sentindo da vida. Enzo se foi e levou consigo a minha vontade de viver.

Assim que seus avós da França ligaram dizendo que ele estava bem e que passaria a viver com eles, me bateu um desespero da sua ausência. Como viveria sem ele? Como criaria nosso filho sozinha? Aflita e na tentativa de fazê-lo mudar dessa ideia absurda e, ao meu ver, extremamente egoísta, uma vez que estava pensando apenas nele, no seu próprio sofrimento, esquecendo que tinha pessoas que sofriam da sua mesma dor, arrumei as malas, peguei um táxi direto para o aeroporto, comprei a passagem para a França, no entanto fui impedida de entrar no avião pelos meus pais, quando ainda estava na sala de embarque.

Chorei mais uma vez, sentada no chão do aeroporto, derrotada por um passado que não é nosso, mas que insiste em nos assombrar, nos afastar.

Daquele dia em diante, pude ver o esforço diário da minha família, dos meus amigos para me tirarem do estado depressivo em que me encontrava. Lorena passou praticamente a viver conosco. Ela fazia questão de dormir na minha cama e passar a noite segurando a minha mão. Mamãe cancelou todas as suas palestras para poder estar comigo. Ela me forçava a comer, e, por muitas vezes, deu comida na minha boca. Papai foi o que mais sofreu ao me ver nesse estado. Ele entrava no quarto, dava um beijo na minha cabeça e saia chorando sem dizer nada. Otávio — minha coincidência de vida — tornou-se um grande amigo. Sempre que podia estava me visitando, me dando forças para lutar. Ele sabia da minha paixão por pizzas, então fazia questão de trazê-las em todas as visitas, mesmo sabendo que não iria comer. Lorena e Benjamin que faziam proveito da sua generosidade.

Eu sei que precisava reagir, mas a minha razão de viver tinha partido, tinha me deixado para sempre.

Só quando fui ao consultório de tia Rose fazer minha primeira ultrassom, levada forçadamente por Lorena e Otávio, e ouvi o coração do meu filho pela primeira vez, que comecei a ter forças para lutar, a ver uma luz na fim do túnel. Naquele dia entendi que meu bebê dependia exclusivamente de mim para se desenvolver e nascer saudável. Eu precisaria estar bem, para que ele ficasse bem e meu amor de mãe jamais o negaria disso.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Where stories live. Discover now