"Marcas do Passado" é o spin-off do livro Deixa-me te amar.
❤Sinopse❤
Os primos Amanda e Enzo cresceram sem saber dos acontecimentos que envolveram suas famílias quando crianças. O passado de tragédias e dor, que seus pais tanto lutaram para que não...
Fico feliz em te ver por aqui! Seja sempre muito bem-vindo!
Obrigada pelos votos e comentários no capítulo anterior.
Espero que gostem desse!
Boa Leitura!
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ENZO
— Para onde vai com eles? — a voz do doutor ressoa forte atrás de mim.
Sorrio com ironia, solto uma lufada de ar e respondo, sem olhar para ele:
— Não é da sua conta!
— É da minha conta sim! — ele brada, resoluto.
Viro-me para dizer a esse doutorzinho que Amanda é minha e que os filhos são meus.
— Não!! Não é da sua conta, porque eles são meus filhos e eu sou o pai deles.
Ele dá um sorrisinho cínico e a sua ação, faz o meu sangue fervilhar nas veias e o meu maxilar enrijecer ao ponto de doer.
Seu sorriso se desfaz e ele brada com a voz firme:
— Você os abandonou!! — ele aponta o dedo indicador para mim, enquanto me encara com o olhar enraivecido.
— Eu jamais faria isso se soubesse que Amanda estava grávida. E quer saber?! Eu não te devo explicações alguma! — retruco com os punhos cerrados.
Ele dá dois passos à frente, cruza os braços sobre o peito e quando sua boca se movimenta para dizer algo, Melina pronuncia:
— Titio... — com as passadas vacilantes, Melina sai de perto de mim e vai até ele. Miguel faz o mesmo. Ele prontamente fica de joelhos e envolve-os em seus braços.
— Eu acho que eles não te reconhecem como pai. Você não passa de um estranho para eles! — o doutorzinho profere. Em seguida, levanta-se do chão com os dois em seus braços.
— Quer ir bincar — Melina aponta seu dedinho em direção ao parquinho. Miguel está distraído, girando os pneus do seu carrinho de brinquedo.
— Quer ir brincar, meu amor?! Titio vai levar vocês para brincarem um pouquinho e depois vamos embora para casa — ele fala com brandura, olhando para eles com carinho.
Vejo essa cena e meu coração se comprime dentro do peito. Meu lugar de pai, por mais que seja duro confessar, está sendo substituído por ele. Inconformado, por ver esse carinho e perceber que há uma harmonia familiar entre eles, reivindico, a todo custo, o meu lugar de pai.
— Eu que vou levá-los para brincar! — anuncio firmemente.
— Então tente vir tirá-los dos meus braços! Não acho que eles me trocarão por você! — diz convicto.
