"Marcas do Passado" é o spin-off do livro Deixa-me te amar.
❤Sinopse❤
Os primos Amanda e Enzo cresceram sem saber dos acontecimentos que envolveram suas famílias quando crianças. O passado de tragédias e dor, que seus pais tanto lutaram para que não...
Olá meus amores! Como prometido, ai está mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem!
Boa Leitura!
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AMANDA
— Enzo... o que está fazendo aqui?
— Eu não vou desistir de você tão fácil assim, Amanda.
Ouvir ele dizer isso, depois de quase dois anos longe e tendo a certeza que não me amava mais, faz meu coração se aquecer e um nó se formar em minha garganta.
Controlo-me para não chorar!
— Enzo... é melhor você ir embora! — exponho, com a voz embargada.
Por mais que eu tente e lute comigo mesma, eu não consigo disfarçar que a sua presença ainda mexe comigo.
— Por favor, Amanda, eu só quero conversar — ele pede com a voz calma. Nossos olhos congelam por alguns segundos e, sem esperar a minha resposta, ele entra e fecha o portão atrás dele.
— O que quer conversar? — inquiro, cruzando os braços — Sobre como morar na França foi útil para você?! Que lá você teve a chance de refletir e reconhecer que fugir não foi a sua melhor decisão? Que a cura para a sua dor não estava lá?! Que ter outras mulheres não te fez feliz?! — estrondeio, gesticulando com as mãos.
— De tudo que falou, apenas uma não é verdade — ele diz, se aproximando de mim — Ir para França me foi útil sim, porque foi lá que pude refletir, que fugir do passado não foi uma decisão coerente da minha parte, que a cura para a minha dor não estava lá, como pensei, mas que estava aqui, e ela está bem diante de mim, e que mesmo que tenha tentado, eu não consegui me relacionar com outras mulheres, como pensa. — ele se aproxima, deixando seu rosto rente ao meu.
Miro em seus olhos e esbravejo com a voz firme:
— Você não acha que demorou demais para compreender que ter ido embora foi um erro?! E quer saber?! Eu não acredito que não teve ninguém. Isso é impossível! — balanço a cabeça em negação, sem acreditar que não tenha ficado com ninguém durante todo esse tempo.
Quantas noites eu perdi o sono, imaginando outra mulher, que não fosse eu, em seus braços. Como eu sofri, com a certeza que o seu amor, seus beijos, suas carícias, seu corpo, não me pertenciam mais.
— Sim... é possível! — ele contrapõe, no mesmo tom da minha voz, sem desviar seu olhar do meu — Porque eu não desejei amar, durante esses dois anos, qualquer outra mulher que não fosse você, Amanda. Eu só queria você... só você. — sua última frase sai sussurrada.
Meus olhos marejam e sinto as lágrimas escorrerem, molhando a minha face.
— Eu não acredito em nada do que está dizendo! — indago, enxugando as lágrimas do meu rosto.
