Fizeram várias passegiatte noturnas. Naquele dia foram a uma discoteca-boite, ou algo parecido, dançaram, beberam até altas horas e retornaram bem tarde pra casa. Nos outros dias também se seguiu a mesma trajetória: conhecer Roma de dia, conhecer Roma de noite.
Uma noite, Berta os levou a um teatro, depois foram jantar e então dançar num lugar maravilhoso. Wandreley estava radiante e Giuliano de boca aberta com a noite que estavam tendo.
Desacostumados de beber, os amigos foram se embriagando e mais tarde, Giuliano quis fazer uma loucura:
- Eu quero tomar banho na Fontana di Trevi.
- Isso é loucura, Gliuliano - desaconselhou Berta, - pode dar até cadeia.
- Ah, que isso, Berta? - perguntou Wanderley. - Onde já se viu vir a Roma e não tomar banho na Fontana di Trevi?
- Meus queridos, isso é coisa de filme. Não se pode fazer isso...
Tanto insistiram que se dirigiram à Fontana e "sem querer", Giuliano caiu nas águas da fonte e gritava para que Wanderley o fosse salvar. O outro amigo deixou-se cair dentro da fonte e realizaram o grande desejo.
Berta, enlouquecida no carro, se divertia com os amigos, duas crianças àquela hora da manhã. Ria, mas estava preocupada com la polizia e com o que eles diriam aos guardas.
Quando os carabinieri apareceram, assustaram-se e resolveram parar com a brincadeira e voltaram pra perto de Berta. A mulher teve que explicar aos policiais italianos que os amigos eram brasileiros, estavam bêbados e caíram na fonte.
- Sai do carro, Berta - chamou Giuliano. - Aqui fora está gelado, mas está bom.
- Imagino o fogo que vocês devem estar pra acharem que esse frio todo está gostoso - gritou ela enérgica. - Parem com isso e entrem no carro.
Entraram então, morrendo de rir e começaram a tirar as roupas molhadas e a se vestirem com as roupas secas que deixaram dentro do carro. Wanderley pegou então uma garrafa de vinho e bebeu um gole, oferecendo ao amigo depois:
- Pra tirar a friagem - explicou e riu.
Giuliano também tomou do vinho e continuaram bebendo até a casa de Berta. Esta ao volante nada dizia.
Entraram em casa e Berta providenciou pra que ambos trocassem de roupas e se aquecessem melhor. Rindo muito os amigos continuaram bebendo vinho e Berta resolveu que também ia beber mais.
- Aí, amiga - vibrou Wanderley, - tem que ser assim. Vamos comemorar a nossa estada em Roma com bastante vinho - abraçou a amiga ao dizer isso.
- Olha vocês dois aí abraçados - brincou Giuliano, - eu vou ficar com ciúmes.
- Não precisa, Giu – ela piscou para ele, - eu amo vocês dois.
- Isso sim - bradou Giuliano, levantando-se e abraçando os dois.
- Meu Deus, meninos – observou Berta, - eu não quero atrapalhar nada.
- Você não está atrapalhando nada, querida – disse Wanderley alto. - A gente está todo mundo feliz e a gente se gosta muito - beija a amiga.
Giuliano, não se fazendo de rogado, beija também a amiga e Wanderley. E os três abraçados não se distinguia quem abraçava ou beijava quem. Eram todos amigos e todos se amavam, de qualquer forma de amor que pelas suas cabeças passava...
YOU ARE READING
O FILHO DE BERTA
HumorosGiuliano e Wanderley são casados. Depois de vários desacertos nas suas vidas, inclusive casamentos heterossexuais, os dois, com os corações partidos, se encontraram em uma manhã, enquanto corriam na praça do Bairro Bom Pastor em Juiz de Fora. Amor a...