•Noventa e Um•

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-Queria te fazer uma proposta. Olha, sempre percebi que você tinha um futuro. Puxei sua caminhada, cê é irmão em Paraisópolis e na sua caminhada não tem nenhuma falha, é difícil achar alguém assim. Cê já é irmão em Paraisópolis, e acho que você tem que ter o trampo que merece, então queria saber se você quer ser meu braço direito. Mesma fita que irmão, mas sem ser irmão, já que cê já fez o juramento.

-Nossa... Não tava esperando por isso... -Falei e ele assentiu rindo. -Mas eu aceito, quer dizer, lógico que aceito, gosto do morro e de você, tá ligado sou irmão no meu morro em que nasci, tenho uma dívida de coração lá, mas o Alemão é minha segunda casa, meu coração tá aqui agora também. -Falei e ele assentiu. 

Conversamos mais um pouco sobre a troca de cargo e logo saímos novamente, quando saímos, Kim, Thaylla e aquela menina lá desceram. Kim veio na minha direção e me deu um selinho.

-Quer ir conhecer meus pais? -Ela parou pra pensar e ri. 

Puxei ela pela mão lá pra fora, caminhei até a mesa que tava a minha mãe, meu pai e meu irmão, sentados na mesa vazia. 

-Mãe, pai? -Chamei a atenção deles e eles nos olharam. Minha mãe olhou pra Kim de cima á baixo. -Essa é a minha namorada, Kimberly. -Falei e puxei Kim de trás de mim. 

-Prazer. -Ela falou tímida e meio baixo. 

-O prazer é todo nosso, querida. -Meu pai falou se levantando e vindo abraçar Kim. -Vem cumprimentar ela. -Meu pai falou sério pro Alec que revirou os olhou e levantou bufando. -Não bufa pra mim não, moleque. Vem cumprimentar logo ela, menino, antes que te dê uns tapas aqui mesmo. Você anda muito folgadinho pro meu gosto viu. -Meu pai falou dando um tapa na nuca do meu irmão. 

-Oi, eu sou o Alec. -Ele falou e abraçou a Kim que deu um sorrisinho.

-Desculpa o meu filho, ele não apanhou tanto quanto o Alex. -Meu pai brincou e Kim riu.

-Ainda tem tempo pra me alcançar. -Falei e rimos. Minha mãe a observava. Provavelmente procurando um defeito na Kim... Dessa vez não, Mãe kkkk Alguém avisa ela que a Kim é perfeita.

-Essa é minha mulher, Rosa. -Meu pai falou já que viu que minha mãe não se pronunciaria.

-Prazer, Dona Rosa. -Falou Kim estendendo a mão, minha mãe demorou até pegar sua mão mas logo o fez, com cara de nojo.

Minha mãe morre de ciúmes de mim, chega a ser doentio. Mas ela é uma boa mãe, só vai pegar um pouco no pé da Kim porque se não, não é a Dona Rosa, mas só no começo que ela vai ser uma vaca.

-Como vocês estão? Sejam bem vindos ao morro, qualquer coisa que precisarem é só pedir viu?   -Kim falou e meu pai assentiu.

-Estamos bem, querida. -Falou ele. 

-Não querem comer? -Perguntou ela olhando a mesa vazia.

-Mamãe falou que não era pra gente comer até Alguém  da casa oferecer. -Meu irmão falou e recebeu um beliscão da minha mãe. -Ai! -Ele falou e minha mãe o olhou com cara feia.

-Bom, fiquem a vontade em para comer tudo o que quiser. -Kim falou e meu irmão se iluminou. -Podem se sentir em casa, tá saindo carne quentinha, só pegar o que quiser, tem cerveja, refrigerante, suco, água, vinho, Whisky, o que quiserem beber, tem a mesa com comidas, doces e frutas. Aproveitem e qualquer coisa é só pedir. -Falou ela apontando pra tudo em seu lugar. 

-Filha, você viu sua mãe? -JP apareceu preocupado,

-Minha mãe? Não. -Ela olhou em volta. -Não vejo ela faz um tempinho. -JP passou a mão na cabeça. 

-Procurei ela em todo lugar. -Falou ele.

-João, será que ela não foi... -Ele não deixou eu completar e saiu correndo, mas antes de ele dar o quarto passo, Isabella entrou na parte de trás.

-Como não me falou que seu pai tá de cama com câncer? Que sua mãe tá de cama também e n obra de mim? -Ela perguntou e ele arregalou os olhos.

-Amor, olha...

-Você... -Isabella não conseguia falar, parecia sem saber o que falar, simplesmente traumatizada. -Ele tá morrendo e você não me contou, João? Por quê?  -Perguntou e ele suspirou.

-Vamos conversar lá dentro, com calma. -Falou ele e ela suspirou.

-Ora, ora, ora... Que festinha linda. Ninguém me chamou por quê? -Aquela voz que tanto me irrita soou e chamou a atenção de todos. Senti meu sangue ferver na hora. Fechei os olhos rapidamente pra não me descontrolar e apertei minhas unhas na palma da minha mão. Eu vou dar um tiro na cara dela.

-Quem é você? -JP perguntou e Taciana me olhou e sorriu. Senti o meu pai segurando meu braço e mem percebi que estava com a mão na glock na minha cintura, pronta pra sacar.

-Quem é essa? -Kim perguntou baixinho pra mim.

-Essa é a demônia. -Falei e Kimberly fechou a cara completamente.

-Quem eu sou? -Aquele demônio perguntou pro JP. -Deveriam perguntar pro Alex... Né amor? -Na hora o JP me olhou assustado e depois olhou pra Kim e depois me olhou com raiva.

-Que "Amor" o que sua cachorra. Se me chamar assim mais uma vez...

-Vai fazer o que? Não pode fazer nada. -Ela gargalhou. -Não machucaria seu filho, machucaria? -Perguntou ela com uma voz de provocação. JP me olhou e dessa vez com ódio. 

Vou matar ela.

Aconteceu 2: Filha do MorroWhere stories live. Discover now