Yan quer uma despedida

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Yan está transtornado olhando Renato e Beguzar juntos e se falando formalmente, Renato para a sua frente e os dois se encaram, Yan ergue o nariz, sua vontade era de lhe dar um murro, mas se segura e Renato olha para Beguzar e sai.

- Eu odeio essa cara!... - diz Yan serrando as mandíbulas.

- Vamos para a sala de reunião e lá me conta o porquê de tanta raiva!... Ate agora isso está dando nó em minha cabeça!

Célia pega outra pasta para disfarçar e segue para a sala de reunião e o Poe para dentro, sobre a mesa tem café e água e suco e os dois se agarram e se beijam, mas ela o solta e o empurra e pede para se sentar e ficam se olhando.

- O que faz aqui Yan?... Não tem medo de correr riscos não é?

- Precisava te ver!... Precisava te sentir mais uma vez!

- Droga Yan!... Você me coloca em uma situação muito difícil... Todos conhecem você e o caso de sua esposa está vindo à tona... As pessoas estão vindo aqui para ficarem olhando na minha cara... - Ela respira fundo. - Não sou sua esposa e nem ex namorada deste rapaz que saiu daqui e nem daquele agente e seu amigo Sammy.

Yan estreita os olhos e tomba a cabeça para o lado e diz baixo.

- Eu não acho que você seja ela... Já me deu provas disso!

Agora era Célia que ficou confusa e se levantou e foi até a janela e olhou seu reflexo no vidro da janela, mesmo que bem fraco - Mudei tanto assim? - grita seu inconsciente e se vira para ele.

- Me diga onde você acha que não sou ela?

- Você tem uma tatuagem enorme nas costas e é a mesma de anos, e Célia jamais teria coragem de fazer algo assim, fala três idiomas, mas não soube traduzir o meu cartão que enviei com as flores, canta muito bem, Célia era engraçada, mas não cantava bem, viu as fotos do pai dela e não se emocionou e ainda fez perguntas sobre ele e sua família, Célia teria desabado a chorar por que sei o quanto ela os amava, é severa e dura no olhar, seus cabelos eram lisos e muito compridos, jamais cortaria assim e os seus são ondulados e se percebe que os usa assim há muitos anos, pelas fotos que puxei... Você nunca teve cabelos longos e não sabe nadar, Célia era um peixinho!

Célia se vira para ele e sorri e se senta novamente.

- E se eu não fosse à cara dela, não se apaixonaria por mim!... Estou certa?

- Acho que está errada!... De alguma forma iria me apaixonar por você, por que iria vir aqui várias vezes reclamar sobre o valor do conserto da Ferrari!

Célia cai na gargalhada e volta a olhar para ele.

- Não vai se esquecer nunca disso não é?!

- Não mesmo!...

- Não posso me demorar mais Sr. Butler, preciso voltar para a minha sala e terminar de colocar a papelada em ordem e seguir para o aeroporto!

- Não vá Beguzar!?... Fique!?

- Não posso!... Já informei ao meu marido que chego amanhã bem cedo!

- Ele vai buscar você no aeroporto!?

- Não!... - Ela sorri triste. - Ele é um foragido Sr. Butler.

- Denuncie a justiça... Se livre dele se me ama de verdade!?

- Ah Sr. Butler... Tudo há seu tempo!- Célia se aproxima dele e passa o polegar em sua boca e o olha com desejo. - Vá para o hotel!... Espere-me lá... Chego à meia hora! - Célia se levanta e vai até a porta e abre, os dois se apertam as mãos e saem cada um para um lado.

Célia achou aquilo uma loucura e estava se arriscando e muito em se encontrar com ele, deveria sair do escritório, arrumar suas malas e ir embora, deveria deixar Yan em sua vida de pai e empresário, se sentou e respirou fundo e ficou com raiva dela mesmo, não queria ter mudado tanto, mas era preciso, só assim para conversar sua vida, mas nunca imaginou que iria dar de cara com seu marido depois de dois anos e em sua segunda visita á Nova York, nunca imaginou que estaria tão perto dele assim, respirou fundo e procurou terminar o mais rápido possível o que tinha para fazer e saiu, se despediu da diretoria e da secretária e seguiu para o hotel.

- Engim?... Descanse um pouco e saímos no horário combinado!... Vou fazer o mesmo!... O bebê não parou um segundo se quer!... Estou exausta!

- Imagina a hora que nascer!... - Engim sorri.

- Vai ser bagunceira essa minha filha!... - Célia passa a mão na barriga.

Yan anda de um lado para o outro dentro do quarto e olhava no relógio, estava demorando demais, se sentia ansioso e temeroso, queria fazê-la desistir e seu celular toca.

- Oi Sammy!

- Sai deste quarto agora Yan!... Vá para casa!... - Diz Sammy nervoso.

- Como sabe que estou no quarto dela?!

- Estou vendo você andando que nem uma barata tonta!... Sai daí, você está atrapalhando as investigações.

- Desde quando você a vigia assim!?... - ele olha em volta e para o teto procurando alguma câmera e a porta do quarto se abre, Célia sorri e fecha a porta rápida e corre para abraça-lo e beijar.

Yan a abraça e continua com o aparelho no ouvido e as duas partes se calam, Célia arranca o celular de sua mão e desliga e puxa seu paletó e o arranca de seu corpo e os dois não param de se beijar e ela o puxa para a cama e se deitam, Célia levanta a saia e se senta sobre ele e o beija com vontade, Yan tenta fazê-la parar, não queria ter sua intimidade exposta assim, e ela o olha.

- Tenho apenas duas horas com você... Achei que queria aproveitar. - Ela ofega e beija seu pescoço.

- Eu quero, mas... - Ele a Poe deitada. - Está indo rápido demais... Vamos tomar um banho!... Quero ver a água correr em seu corpo.

Célia sorri e tira o salto e vai para o banheiro tirando a roupa, Yan corre para o celular e olha em volta e acha uma estátua que ele acha que não tinha antes e a tira do lugar e enfia debaixo do sofá e corre para o banheiro arrancando a roupa e se junta a ela no banho e a beija e muito e fazem amor ali em pé e um de frente para o outro, duas horas depois Célia está deixando o quarto de Hotel e ele permaneceu por lá, na cama completamente nu e sofrendo muito, achou Beguzar seca demais ao se despedir, saiu sem derrubar um lágrima, mas como o amou, não deu sossego um minuto e se jogou entre os travesseiros e puxou o edredom e se cobriu.


Célia (Volume 2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora