Lets' Go faculdade - Versão Henrique.

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     A manhã tinha sido intensa nem acreditava que estava no primeiro dia do quarto período. Estava dando graças a Deus pelas aulas de hoje terem finalmente acabado. Eu amava a música, mas tinha que admitir hoje eu estava exausto. 

       E para piorar , passei a aula tentando me esquivar das cantadas de Pâmela e das provocações de Bernardo em relação à garota que eu acompanhei até o bloco de enfermagem. A qual eu nem se quer sei o nome. Bernardo acha que eu só estava atrás de "esquema" novo, mas na verdade eu estava apenas sendo gentil.

      Quem nessa cidade em sã consciência não sabe diferenciar os blocos de musica do de enfermagem? Aquela garota não é daqui, e a coitada estava totalmente perdida. E eu, como bom ser humano que sou apenas tentei ajudar. 

- Vai dizer que não reparou que ela era uma gatinha? - Fala o Bê tentando me importunar novamente.
       A moça era realmente bonita. Tinha cabelos ondulados que a cobriam até a altura dos ombros, olhos castanhos e sua pele era branca, sua boca era pequena, seu sorriso era encantador e lembro-me de ter visto suas bochechas enrubescerem quando pronunciei a frase que estava escrita em sua camiseta cinza que dizia "bonita o suficiente para fazer seu coração parar e capacitada o suficiente para faze- ló bater percebi que pronunciei essa frase usando o pronome possessivo " meu", e ela ficou toda nervosa achando que eu já estava a cantando.

- O quê? - me faço de desentendido. -

- A garota, a propósito como ela se chama? -

- Não sei como se ela chama. - Respondi tentando consolar a mim mesmo pela bobagem de não ter perguntado seu nome.

- Bobão, eu teria pedido até o CPF se possível. -

- Não estou atrás de mulher. - O que era uma grande verdade já que eu tinha tido dois relacionamentos extremamente frustrantes. - No momento estou bem com a vida de solteiro, e estou apenas focando em terminar a faculdade e assumir a gravadora. -

- Ela faz enfermagem né? - Perguntou ele prolongando ainda mais o papo sobre a desconhecida. 

- Sim, é isso que ela faz. Vamos logo pra minha casa antes que eu desista de te deixar comer lá-. Falei já me estressando, não sabia ao certo porque estava irritado só sabia que queria ir pra casa e pronto. 

- Ok, ok estressadinho. - Falou Bernardo desfazendo de mim e caminhando em direção ao meu bairro. Não conversamos mais nada até chegar em casa, acho que a fome acabou silenciando a matraca do Bê.

       Eu ia e voltava da faculdade a pé todos os dias, minha casa não era longe e eu não gostava muito de pegar o carro do meu pai ou da minha mãe. Às vezes as pessoas já me chamavam de" filhinho de papai", então eu preferia não dar mais motivos para falarem. Gostava de conquistar minhas coisas por meu próprio mérito , meus pais diziam que era orgulho, eu achava que era força de vontade. 

       Meus pais são donos de uma Gravadora, não é tão grande como a maioria que eu conheço, mas está crescendo a cada dia. Estou ciente que daqui a alguns anos eu serei o herdeiro de tudo, porém, sei que a assumirei a diretoria por ser capaz e não por "favoritismo". Eu amo a música , ela é minha maior paixão e por isso sei que devo manter erguida a empresa da família . Eu tenha uma irmã, mas ela não se interessa muito pelo mercado de música, ela pretende ser veterinária e já está no segundo período do curso. Então meus progênies , compreensíveis como são, aceitaram que terão apenas um sucessor para a Arqueniun Music.

- Acha que seus pais vão se incomodar se eu almoçar lá? - Perguntou Bernardo quando atravessamos o portão da casa e fomos entrando.

Ao som das batidas do seu coração .Onde as histórias ganham vida. Descobre agora