"Diga que me ama."

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Alex entra no apartamento, se acomodando rápido e se sentando no sofá. Vou em direção ao outro, mas assim que me sento, vejo que é uma péssima ideia. Porque aquele é o sofá. O sofá em que fiz coisas corporais com a morena sentada do outro lado, que fita minha amiga com desejo e interesse.


— Como foi a viagem?


Normani está sorridente, e Alex também. As duas começam a conversar sobre diversos assuntos, e suspiro. Eu estava sentindo falta de Camila, muita. Falta de seu beijo, toque, cheiro, tudo. Até mesmo de seu jeito autoritário. Sorrio sozinha ao me lembrar de nosso sexo na cachoeira. Fazia um tempo em que eu não a tocava, e meu corpo pulsa com as memórias.


— Lauren?! Lauren?! — Alguém está sacudindo as mãos em minha frente, e pisco, vendo que é Alex. Ela esta de pé, parada próxima a mim.


— Oi, Lex. — Falo, confusa com a rapidez em que viajei, mas feliz, porque havia pensado em Camila e seu corpo gostoso.


— Eu vou descer para pegar minhas malas. Pode me dar as chaves do carro?


Estendo as chaves do Prius para a garota. – Não quer ajuda? — Alex nega com a cabeça, e sai do apartamento, deixando Normani e eu sozinhas. A morena ainda está sentada no outro sofá, mas agora olha para a costura de seu short. Mordo o meu lábio, pronta para poder iniciar minhas perguntas, mas ela me interrompe.


— Eu sei porque está aqui. – Fala séria, e a encaro – Por que quer saber como eu consegui as informações que lhe dei.


Sem graça por ter meio que sido pega em flagra, coço minha nuca, olhando para meus dedos.


— Eu sou a melhor amiga da Camila. Eu a conheci em seu primeiro ano nos testes, quando não havia Lost Stars. Só ela. Uma garota normal, mas que estava completamente desprovida de paciência. Ela me contou o porquê havia se mudado. Me disse que seu professor era seu amante, e que ela era apaixonada por ele, até ser trocada por outra aluna. Ela ficou arrasada, me disse. Mal conseguia encará-lo sem lembrar de cada momento passado. Então fez o que todos fazem. Foi um pouco tempo depois de Lost Stars estrear e explodir. Ela encontrou um garoto, que era um fã. Como você.


Meu estômago embrulha ao ouvir isso.


"Ela começou a ter um caso com ele. E em uma noite, me disse que o usava. Me lembro que fiz piada, ri, mas era real. Ela era submissa dele. No nome. Porque na realidade, fez o que quis com ele. Ele era bobo, fã, e se apaixonou por ela. E foi abandonado. Ela o largou. Porque ele a amava."


Meus olhos estão queimando. Minha garganta está travada. Olho para Normani, indecifrável, tentando não explodir. Puxo uma força de vontade do meu interior.


— Ela não irá fazer isso comigo. Não mesmo. Camila me ama. Ela me ama! – Esbravejo, me levantando do sofá.


— Eu sei Lauren! – grita Normani, vindo até mim e segurando minhas mãos. – Eu sei. Quando vi você. E como ouvia ela falar sobre você. Havia algo de diferente em ti. Eu sei que ela te ama. A Camila que eu conheci jamais iria se expor para o mundo inteiro se não te amasse mesmo.


Seguro a vontade de chorar como um bebê ao ouvi-la. – Eu não posso perder ela, Normani. Não. Eu morreria. Eu posso lidar com tudo isso, menos a sua partida.


Normani sorri solidaria, passando seus dedos frios em minha bochecha. Eu sentia tanto medo dentro de mim. Como uma criança. Medo de perder quem eu amo. A insegurança é algo gravado em minha pele, e quando se trata de Camila... Ah, quando se trata dela eu sou um poço de insegurança. Porque amar é isso. É sentir falta. Morrer de saudades. Medo de perder. Querer estar sempre perto, cuidar. Isso é amar. É amar os defeitos. Porque não existe pessoas perfeitas.


— Vai ver ela.


Ouço uma voz ao fundo, um ser cheio de sacolas em mãos, um boné velho e um sorriso gentil. – Não fique longe de quem ama, Laur. Só vai. Eu me viro aqui.


Normani confirma com a cabeça, e aceno, pegando as chaves da mão de Alex e correndo para o carro. Eu não sei se Camila está em casa, mas preciso vê-la. Não importa. Dirijo como uma maluca, cortando carros, desesperada para estar com quem preciso. O porteiro da mulher me deixa entrar, e logo estou na porta da mansão, roendo minhas unhas. Toco a campainha. Kyle surge, confuso, mas sorri ao me ver.


— Olá, Lauren!


— Oi, Kyle. — Entro na sala as pressas, passando meus olhos pelo ambiente. Estou a procurando. Kyle está atrás de mim. 


— O que houve? – Me questiona.


— Onde está Camila? – Pergunto afoita, desesperada para vê-la. Tocar nela e implorar para que não me deixe.


— Está no escritório, mas... — Avanço para o escritório, e o mordomo vem atrás de mim. Abro a porta, e assim que o faço, abro a boca de surpresa.


Shawn Mendes.


Sentado em uma cadeira, tendo o olhar de Camila em si. Ele me olha confuso, assim como a mesma. Pego uma lufada de ar.


— Lauren? Mas o que faz aqui?


— Camila, me escute. Por favor. – Ela me olha séria, e respiro forte – Eu não ligo pro seu passado. Não ligo pelo o que fez, quem magoou, quem amou. Foda-se. Eu só peço, por favor, que não me deixe. Que me ame. Só me ame, Camila Cabello. Como nunca amou ninguém. 

Hands To Myself | InterssexualTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang