Alex está em L.A

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— Eu não engoli essa história, Ally! Não mesmo. – As vozes não estão muito baixas, pelo menos a voz de Dinah. Minha visão está meio embaçada, devido eu não ter ficado com minhas lentes, e resmungo. Meus olhos ardem bastante, e os pisco para diminuir o ardor.


— Eu concordo com você que é estranho e peculiar amor, mas nós precisamos ouvir a Lauren antes de tomar qualquer ideia. Ela é nossa amiga acima de tudo, e nosso papel é apoiá-la. – Ally é sempre gentil e compreensiva. Você pode fazer coisas terríveis aos olhos das pessoas, mas ela sempre vai querer ouvir o seu lado primeiro.


— Camila Cabello. Um nome. E isso já define tudo. – Dinah bufa, e sei que ela está andando para lá e para cá, porque escuto o barulho de seus tênis no assoalho.


Eu sei que não seria fácil. Estar com alguém público, alguém tão reservado e as vezes indiferente, poderia trazer consequências para mim, e nem todas seriam boas. Dinah e Ally estão certas em estarem confusas, bravas e preocupadas, e me odiei por ter escondido algo assim das pessoas que mais amo nesse mundo, mas havia algo maior por trás disso. E agora, tenho que lidar com isso. Incrível que em poucos dias que voltei para Los Angeles minha vida entrou em completo desastre. Levanto da cama devagar, meus olhos ardendo bastante, e tateio a mão em busca do meu celular. Há várias mensagens. De Zach, Camila, Vero, Alex, Lucy, e dos meus pais. Zach estava surtando levemente, controlando seu ímpeto mais do que o casal Dinally, e Camila perguntava como eu estava.


Lauren?

Como vão as coisas aí com Dinah e Ally?

Você não está me respondendo Lauren Michelle, espero que algo realmente ruim tenha acontecido.

Dê notícias, Jauregui.

Me desculpe por ter continuado na festa e não ter te acompanhado, baby. Não está brava está?


Sorrio com sua delicadeza, impressionada em como ela muda em pouco tempo. Suas constantes mudanças de humor eram tão incômodas no começo, e agora, só me fazem achá-la mais humana. Sim, humana. Não a premiada e famosa atriz, mas a pessoa Camila.


Estou bem. Vou conversar com Dinah e Ally. Dou notícias mais tarde.


Respondo as suas mensagens, começando a procurar pelo meu quarto uma roupa confortável. Tudo tem estado tão maluco e diferente que as vezes o tempo que eu passava as noites aqui, lendo meus livros, vendo séries, ou simplesmente passando um tempo com Dinah e Ally, parecem anos. Falando nelas, no instante em que abro a porta de meu quarto, dou de cara com seus rostos, cada um mostrando algo diferente. Dinah tem a expressão brava, o que era de esperar, porque Dinah é Dinah, e ela sempre vai ser emburrada. E Ally está apreensiva.


— Bom dia. – Digo, normal, para testar suas reações.


— Péssimo dia.


— Bom dia, Laur. — As duas respondem juntas, um casal desordenado, e ergo minhas sobrancelhas ao ouvir Dinah.

Hands To Myself | InterssexualOnde as histórias ganham vida. Descobre agora