Perfeita pra mim

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Hallo, como estão?

Peço gentilmente que quando estiver escrito PLAY no texto, ouçam a música da oned, Perfect. 


Boa leitura!



Lauren Jauregui Point of View


Coço meus olhos, sentindo aquelas remelas irritantes saindo deles nesse ato. Uma luz fraca entrava pela fresta da janela do meu quarto. Escuto o barulho do rádio no andar inferior, e sei que é dona Clara fazendo o café ou sabe-se lá o que. Minha mãe era uma pessoa matinal, aquele tipo que acorda cedo, aplaude o sol, essas coisas. Minha mãe meio que era hippie quando era mais nova, e manteve esse costume enquanto estava me criando. Fui criada amando a natureza, amando pequenos momentos, sendo grata pela vida. Por mais que a vida ferrasse comigo. Meus olhos estavam começando a arder, devido a lente acho, e me levanto devagar da minha cama, com receio de acordar a latina ao meu lado. Eu estava completamente nua, e por um milagre, quando cheguei ao banheiro do meu quarto e parei em frente ao espelho, não senti vergonha do meu corpo.


Tudo por causa dela. Camila, na noite anterior, me fez sentir de uma forma que nunca senti antes. A chance de sentir algo a mais, mais do que paixão, me acometeu ontem, durante nosso sexo, e meu coração se aqueceu. Eu a amava. Com todos os defeitos, com a grosseria, com sua falta de interesse, com sua distância, eu a amava. A amava com todo o meu ser, e a queria da mesma forma. Pensar em viver sem ela era algo que fazia minha garganta se fechar. Eu estava me tornando dependente de Camila Cabello. Minha visão está um pouco embaçada por conta de estar sem as lentes, e caminho aos tropeços até minha mochila, jogada num canto do meu antigo quarto, para pegar meus óculos. Nesse caminho, acabo esbarrando no guarda-roupa, o que faz um grande barulho e acaba acordando Camila.


— Baby? — Ela pergunta, sua voz sonolenta. Consigo pegar os óculos e minha visão regulariza. Camila está sentada na cama, o lençol cobria sua cintura, mas deixava seu colo desnudo. Seus seios firmes e empinados e sua pele morena me fazem salivar. Ando até a cama, me deitando, e ela se deita novamente, mas virando seu rosto em minha direção. Seus olhos castanhos parecem estar mais claros nessa manhã.


— Bom dia. — Murmuro, enfiando meu rosto no meio de seu pescoço e sentindo aquele cheiro gostoso de Channel. Ela passa os braços por meu corpo e me aninho nela.


— Bom dia, mon cher. O que aconteceu pra você fazer esse barulho?


— Acordei e as lentes me incomodavam, tirei e vim até minha mochila pegar meus óculos, mas acabei batendo no guarda-roupa. Me desculpe. — Aspiro seu cheiro fortemente, lhe dando cócegas. Sua risada é fofa, e sinto vontade de mordê-la.


— Tudo bem. Não me importo de ser acordada por você. Mas preferia que você fizesse isso de outra forma. Com uma chupada talvez. — Faz um olhar pensativo e lhe dou um leve tapa. Nossos olhos se conectam e sinto aquela sensação. Meu coração se enchendo de amor. Ela franze o nariz de uma forma fofa, e o mordo, lhe arrancando risadas. Ela parece bem humorada, e talvez sejam os ares do Kentucky. Ou então, uma parte apaixonada em mim dizia, ela esteja assim por minha causa.


Sua mão encontra o contorno de meu rosto, e ela o dedilha, me fazendo fechar os olhos. A sensação era boa. Logo seus lábios se unem aos meus, e o mundo começa a fazer sentido. É esse o efeito dessa latina provocante em mim. Nem parecia a mulher fria e largada de uns 2 meses pra trás, a mulher que me fez assinar um contrato pra transar comigo e eu a dominar. Algo que não ocorreu muito em nossa relação. Camila havia mudado várias coisas em mim, mudou minha aparência, mas eu a mudei também. Eu não queria dominá-la. Eu queria amar Karla Camila Cabello, do jeito que ela merecia. Nossas línguas se encontram em uma sedosa carícia, e juro que ouço ela suspirar. Subo em cima dela, colocando minhas mãos em sua cintura, e as suas ficam em meu pescoço, dando leves arranhões.

Hands To Myself | InterssexualOnde as histórias ganham vida. Descobre agora