Alex está em L.A

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— Continue Lauren. — É Dinah que incentiva, e engulo a saliva presa em minha garganta. Falar sobre algo tão íntimo, e ainda omitir tantos detalhes preciosos, era algo difícil. Tenho que tomar cuidado para não dizer nada que não é necessário que minhas amigas saibam. Os olhos de Dinah e Ally estão pregados em mim, e nunca desejei tanto não ter a atenção delas.


— Bem. – volto a falar, após puxar uma quantidade de ar bem grande, visando não parecer nervosa e sem saber o que dizer – Nós nos aproximamos mais ainda, ainda vivendo a base só de sexo, e então, tudo começou a ficar mais intenso, a necessidade de se ver ficou maior, e então eu disse a ela o que sentia. No começo ela não aceitou muito bem, devido as circunstâncias, mas após muita conversa, ela aceitou. E bem, é isso. Estamos juntas. — Mordo a ponta do meu polegar, desviando o olhar de minhas amigas, não querendo transparecer minha inquietude e o desejo maluco de que elas acreditassem.


— Isso é bem interessante. – Ally fala, e volto a olhar para elas, vendo a baixinha com os dedos cruzados, com um olhar calmo e pacifico – É surpreendente tudo isso, se quer saber Laur, mas eu não posso fazer nada a não ser te desejar felicidades. E juízo.


Um sorriso corta meus lábios assim que ouço minha baixinha favorita, e ela sorri junto a mim. O bom de se ter alguém como Ally Brooke como melhor amiga é que ela sempre vai apoiar você. Ela só quer ver o seu bem, e ter alguém assim em minha vida é ótimo. Eu a amo muito, mesmo, e ter o apoio dela é essencial para mim. Meus olhos se voltam para Dinah, que me olha com aquela expressão de desconfiada que tem, e mordo meu lábio.


— DJ? – A chamo, com uma cautela enorme, até mesmo para mim. Eu sei muito bem o quão dolorido são os socos de Dinah, e não quero que ela os execute em mim.


— Você é uma piranha. Uma piranha sem noção. – Ela diz séria, e travo – Mas é a piranha que eu amo, e eu nunca, nunca mesmo, iria te deixar. Tudo bem que eu acho a Cabello uma vadia esnobe, mas você ama ela certo? — Confirmo com a cabeça vigorosamente. — Então eu aceito. Desde que você não a convide pro Natal na casa dos pais da Ally. Aí já é abusar. — Todas nós rimos com a frase de Dinah, e então ela me joga uma almofada, devagar, sorrindo.


— Obrigada por isso, Dinah. Sério. Se eu não tivesse vocês comigo, do meu lado, não sei o que faria. A minha vida tá uma loucura, e saber que tenho duas das melhores pessoas do mundo ao meu lado, já fico melhor. Eu amo vocês. – Pulo no colo de Dinah, a derrubando no sofá, e fazendo a maior rir, sentindo os braços finos de Ally em volta de nós. Estamos bem. Minhas amigas estão comigo, então tenho apoio. Apesar de tudo. Porque amigos são pra isso. O mundo inteiro pode estar contra você, mas cara, se você tem os seus amigos junto de ti, nada importa.


Saio de cima de Dinah, que está rindo e me chamando de gorda, mas que logo toma Ally em seus braços, lhe dando um carinhoso selinho, o que me faz fingir vômito. Decido ir pro meu quarto, quem sabe ler algo, ou ligar para os meus pais, que devem estar pulando de felicidade, e vou andando até lá, deixando o casal Dinally aos beijos. Chegando em meu quarto, saco meu celular, vendo que há uma mensagem de Camila.


Conversou com as garotas?


Sim. Elas estão comigo, me apoiando. Apoiam a gente.


Isso é ótimo, mon cher.

Hands To Myself | InterssexualWhere stories live. Discover now