— Não ligo de Alex comer tudo Laur, ela me faz companhia. — Mamãe responde, e Alex sorri cínica. Antes que eu possa responder, sinto um cheiro gostoso e sei que é Camila. Chanell.


— Bom dia. — A latina cumprimenta, se sentando ao meu lado. Clara abre um largo sorriso ao ver Camila.


— Bom dia, Camila. Vai tomar café? — Questiona mamãe.


— Claro. — Camila pega um copo, se servindo do suco de laranja caseiro que minha mãe fez. Ela pega panquecas, joga calda de chocolate em cima, e ataca. Ela fica um minuto, acho, comendo sem parar, e logo suas panquecas acabam. Clara arregala os olhos e rio.


— Quer mais, querida? — Clara diz, e Camz confirma com a cabeça. Mamãe serve mais duas panquecas para a latina, que volta a comer , sem falar nenhuma palavra. Dou um olhar divertido pra Alex, que me dá língua.


— Quais os planos de hoje? — Alex pergunta, tomando o resto do seu achocolatado.


— Acho que vamos dar uma volta na cidade. — Respondo.


— Hum, bem, vocês podem sair comigo. Vero e eu vamos a um jogo de softball agora de manhã, vocês podem ir. — Me animo ao ouvir o convite. Eu amava softball, jogava no time da cidade quanto tinha 11, 12 anos. Até me interessar pelas artes e deixar o esporte pra ela.


— Isso ia ser ótimo. Muito. Vamos, Camz? — Faço um bico para Camila, que me olha, terminando de beber seu suco.


— Claro. Por que não? — Bato minhas palmas, eufórica. Além de ver o jogo, poderia matar a saudade que sentia de Vero.


— Falando em Vero: Alex, onde ela tá?


— Foi levar o Jake no petshop. Vai encontrar com a gente lá no campo. É aqui perto. Uns 15 minutos de carro. A gente vai no meu. — Minha amiga levanta da mesa e começa a recolher os pratos, copos, e leva pra pia. Lá, ela começa a lavar. Olho pra Clara, e ela dá de ombros.


— Preciso usar alguma roupa diferente? — Camila me pergunta. Nos levantamos da mesa e a guio até o sofá. Nos sentamos lá.


— Não. Só leva um boné. Te empresto um dos meus antigos. Vai de jeans. E tênis. Se não me engano, com certeza o campo é de terra. — Fico esperando uma reação negativa de Camila a esse fato, mas ela não diz nada, pelo contrário, dá um sorriso bonito. Meu celular vibra no bolso de minha bermuda e vejo no visor que era Dinah. Atendo.


— Oi, Lion. — Digo, e escuto a risada de Dinah Jane.


— Bom dia, Walz. Como tá aí na casa da mamãe?


— Vai bem. Ela fez panquecas. Tô me sentindo uma gorda.


— Agora que percebeu isso. Só estou ligando porque Ally mandou, senão não estaria ouvindo minha maravilhosa voz. — Dinah ri, e bufo. Sempre me provocando. Camila dá um sorriso fofo, e se levanta, indicando com a mão a cozinha. Fico sozinha na sala.

Hands To Myself | InterssexualWhere stories live. Discover now