Acordo com os lábios de Harry pousados na minha testa e a sua respiração no cima da minha cabeça.
As suas mãos pousadas na minha cintura e o seu peito colado ao meu fazia sentir confortável e desigual ao que eu tivera até hoje. Talvez a ideia de ele ser verdadeiramente meu agora. Agora que está escrito até num papel uma idiotice qualquer que designa o meu amor por Harry faça a diferença que sinto dentro de mim.
Ouço-a acordar. Sim, até porque ele faz um mero barulho ao mexer-se na almofada e eu limito-me a aconchegar-me na minha e a observá-lo acordar, tal como diriam, como um verdadeiro rei. O meu rei. Merdinha de lamechice...
Observo os seus olhos abrirem-se um pouco e a luz que entrava era ligeira, o que o fez acordar sem qualquer dificuldade.
- Bom dia. - ele diz baixo e rouco o suficiente para que eu ouvisse.
Limito-me a aproximar-me do seu peito pousando os meus lábios no mesmo dando um pequeno beijo em si.
- Bom dia. - eu respondo e observo os seus olhos reluzirem o verde que lhe consta.
Ele dá um longo suspiro espreguiçando-se na cama e elevando os seus braços até à estanteira fazendo uns murmúrios engraçados que me fizeram rir.
- Preguiçoso. - digo e deixo a minha mão escorregar na sua barriga até à sua lateral puxando-o para mim.
- Idiota. - ele diz - Devíamos encaixilhar todos os nomes que temos chamado um ao outro, ainda dariam um bom dicionário intitulado "O que chamar ao teu love ".
- As 100 ideias principais. - digo num riso.
E ele ri junto de mim. Podia ficar naquele lugar e ouvi-lo rir até ao fim dos meus dias. Podia estar ali a sentir as suas mãos a minha volta e a sua voz ao meu ouvido. Podia morar no seu peito se fosse preciso. Podia mesmo ficar deitada para sempre apenas para ouvir o se coração palpitar de cada vez que o apertava contra mim.
Mas não podia. Nem devia. Algum dia eu haveria de me fartar, certamente. É tudo muito bonito, mas é apenas nos meus pensamentos e um pouco de vez em quando. O que é demais é exagero!
- Amo-te. - e pela primeira vez estava segura do que dizia, sem qualquer receio de que a sua voz se esganiçasse e me correspondesse com o contrario. - Estás feliz? - pergunto-lhe passeando dois dedos pelo centro do seu peito abrindo-a sobre os seus abdominais.
- Estou. Aliás, eu não poderia estar melhor. - ele diz e olha o teto - O metro é sempre um bom local para te lamber a cara e tu sabes.
- Sabia? - eu interrogo-o.
- Vais dizer que nunca me tinhas notado, que nunca me tiveras posto a vista em cima... - ele diz numa gargalhada.
- Claro que - ele interrompe.
- Sim! Sempre soube que tinhas alguma coisa a esconder-me. - ele ri.
- Claro Harry, eu até nem tinha mais do que fazer da vida se não observar o teu corpo de manhã até ao toque da campainha para voltar a casa. - eu atiro.
- Isso quer dizer que gostavas? - ele interroga com um ar um pouco sério e pousa os olhos nos meus.
- Eu gostava um pouco de ti, mas eras tão convencido... E eu tinha o Edward, e ele era alguém que me ouvia na época. - eu admito.
- É, ele contava-me sobre ti... - ele admitiu-me, surpreendendo-me.
- Contava-te? - sinto-me engolir em seco.
- Sim, dizia que tinhas umas altas mamas e um alto rabo e que... - ele dizia vagamente suspirando.
- Ele apenas me descrevia fisicamente? - eu digo, mas ele engole em seco. - Conta! - exijo.
Mas ele limita-se a calar-se e a rebolar os olhos para o outro lado.
Levanto-me ligeiramente, atravesso uma das minhas pernas para o lado oposto onde me encontrava e sento-me no cimo dos seus abdominais.
- Vais contar-me? - eu peço.
Ele agarra nas minhas coxas imobilizando-me.
- Não podes fazer isso, eu magoo-te. - ele diz.
- Como assim? - eu fico a encara-lo e os seus olhos escurecem.
- Harry? - chamo-o.
Ele agarra numa almofada e pousa-a contra a cara. Assustada levanto-me e recuo na cama. Sinto o meu corpo mover-se até ao final da cama e pouso lentamente os meus pés no chão evacuando até ao armário da roupa liso e de madeira.
Ouço Harry gemer e o meu corpo treme, ele está completamente louco e sei disso quando os seus pés tremelicam em frente a mim e um berro saí pela sua boca. Ela está louca.
Os meus olhos arregalados permanecem pousados em Harry, que atira a almofada para o chão e se levanta. A sua cara encara o chão e os meus olhos enchem-se de agua, tento mover-me, mas estou demasiado aterrorizada para pensar sequer.E deixo que ele se aproxime de mim, deixo que ele me encare com uma mão bem ao lado da minha face ele ergue os olhos até aos meus e o verde invade a minha área de visão.
- Harry? - o meu coração desacelera quando observo o sorriso na sua cara.
- Eu amo-te sua estúpida, acabou. - ele diz - Foi uma partida.
E quando dou em mim a minha respiração desacelera e Harry limpa-me as poucas lágrimas que me escorrem pela cara.
- Não ias mesmo fugir, ias? - ele questiona.
Mas na verdade era o que eu queria, no entanto algo me prendeu em frente a ele, talvez a minha curiosidade e o meu coração que em conjunto queriam saber o que se passava e ansiavam a resposta vinda de mim que acertasse no momento em que eu mais queria. Mas não. Foi uma partida. E Harry estava agora em frente a mim. Com as bochechas vermelhas e as mãos nos meus ombros.
- Eu amo-te, és minha mulher agora. - ele diz e leva uma mão atrás da minha cabeça puxando-a para o seu peito - Só queria ter a certeza de que não me deixavas. - ele diz e as minhas mãos pousam nas suas costas.
- Eu amo-te Harry, eu amo-te. - dizia embora senti-se os meus lábios ainda tremerem. Era aquilo que eu sentia e não o tinha de esconder. Nem agora, nem nunca.
E eu não o pretendia fazer. Nunca.
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OUR DEMONS : hs (disponível também em livro)
Fanfiction"Eu tentei ajudar-te com os teus demónios, mas ao invés disso, eu acordei os meus." • 3º lugar em ficção de fãs {23.09.2015} ♡ • Livro já disponível: https://www.chiadoeditora.com/livraria/our-demons • Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=DjhSdR...