OUR DEMONS : hs (disponível também em livro)

| You're just so beautiful |

Apenas me afastei da cama onde estava Niall, sabia que apenas uma pessoa me afugentava os pesadelos e nesse momento precisava dela comigo e ela precisava de mim.

Fecho a porta do quarto de Niall cuidadosamente e agradeço-lhe sussurrando mas ao mesmo tempo pedindo-lhe desculpas pelo que estou a fazer, porque não acho que seja justo, pelo menos para ele que me ajudou.

Ando por entre os corredores, observando alguns adolescentes bêbados pelo chão enquanto que os professores deveriam de estar pelo menos no seu quinto ou sexto sono da noite. E depois havia eu, que estava acordada pela porra dos pesadelos que eu estava a ter.

Percebo que Harry se encontra num corredor onde as luzes são ainda mais fracas do que as anteriores e apercebo-me que é ele pelo seu cabelo despenteado e encaracolado. Assim que ele ouve os meus passos levanta-se e caminha até mim com o seu corpo cheio de cicatrizes. Desta vez estava de calções e a sua cara estava vermelha principalmente as suas bochechas. Os seus olhos permaneciam iguais mas amedrontados. Quando se deparam comigo apenas dou um longo suspiro e abraçamo-nos. Achava tudo isto uma paneleirada mas se era isto que o meu corpo estava a pedir, eu não podia fazer nada até porque ele estava na mesma situação que eu. Ele tinha razão. Os meus demónios são parecidos aos dele.

Ele levanta ligeiramente a minha camisola e pousa as suas mãos sobre o final das minhas costas. Sinto-o beijar-me a testa e agarra-me pelas pernas levando-me até ao seu quarto. Deitou-me sobre a sua cama e sentou-se ao pé de mim.

Sentia o meu corpo arder literalmente e todos os meus pensamentos se inclinavam para Harry e misturavam-se nos seus caracóis. Ele olhava-me deitada e passava as suas mãos pelos meus cabelos lisos. Os seus olhos ficaram aliviados assim que percebeu que iria ficar ali, ao pé dele, o resto da noite.

Que não era muita porque já deviam de ser cerca de 4:30 da manhã.

Sentia uma necessidade enorme de afastar os meus pensamentos e pesadelos de vez e automaticamente as minhas costas levantam-se e os meus lábios procuram pelos dele. Ele rapidamente assente e progride com o beijo que a inicio se demonstrava desejado já há muito.

Nenhum de nós falou, as minhas costas foram lentamente encostadas ao colchão e a minha cabeça pousou sobre a almofada.

Harry segue-me colocando uma perna de cada lado do meu corpo e uma mão de cada lado da minha cabeça.

As minhas mãos sobem pelas suas costas e deixam-se ficar no seu pescoço. Ele afasta-se um pouco e vejo-o passar a língua pelos lábios enquanto os meus se entreabrem numa ação de pedir mais.

O meu coração acelerava ao mesmo tempo que sentia a sua respiração acelerada sobre as minhas bochechas e nariz. Os seus olhos radiavam um brilho que eu nunca tinha visto.

Ele volta a roçar os seus lábios nos meus e deixo-me levar. Afinal sei o que sinto por ele e o facto de não conseguir estar sem ele assombra-me a cada minuto que passa e o que torna este momento ainda mais especial e aconchegante para mim.

As minhas mãos escorregam sobre o seu peito e prendem-se no elástico dos seus calções os quais puxo e ele sorri levanto a sua língua ao meu lóbulo da orelha e trinco-o levemente.

Assim que ficámos sem pijama ele ultrapassa a sua boca até ao meu pescoço e pousa sobre ele vários chupões que fazem o meu corpo vibrar e sentir-se bem.

Já só esperava memórias do Edward, mas desta vez nenhuma me atravessava a cabeça até porque penso que o amor que sinto pelo Harry é diferente, talvez mais profundo e preciso. Fazia sentir-me viva e louca.

Assim que consigo sentir as suas mãos nos meus quadris já nus ele atravessa suavemente as minhas costas e vai de encontro ao colchete do meu sutiã desapertando-o e atirando-o para o chão.

Observo a porta e por momentos tenho receio que ela se abra e alguém entre. Harry repara na minha ação e levanta-se para a trancar. Consigo ter uma preservativa melhorada para o seu rabo e rio-me.

Rio-me que nem uma louca.

- Nossa que jeitoso!

Ele ri-se soltando um suspiro e ouço o trinque da porta fechar-se.

- Quando o Zayn chegar, vai dormir lá fora.

- Tem sempre a opção de voltar ao meu quarto e enlear-se nos cobertores junto da Anabelle.

- Não quero saber. Que se desenrasque por si próprio.

Rio-me com as palavras dele acerca de Zayn e Anabelle, mas na verdade não me importa muito o facto de estarem ou não juntos. Ou dela estar feita lontra a roncar no quarto. Neste momento os meus olhos são presos em Harry e só nele.

Antes de voltar para a cama vejo-o a dirigir-se para a casa de banho. Estava prestes a perguntar qual a intenção dele mas ele apenas conclui por si próprio.

- Não quero ser pai tão novo. - ele ri-se e apercebo-me da situação.

Observo-o voltar a enfear-se pelos cobertores e os nossos corpos juntam-se.

Ele beija docemente a minha bochecha suada e óbviamente gorda que nem a da Anabelle e sorri.

- Tens a certeza disto?

- Se não tivesse, eu não estava aqui!

- Carter? A uma hora destas?

- Esta é só a Ellen, impaciente. - eu rio e ele assente.

Ambos acabámos por nos juntar totalmente ao mesmo tempo que senti as minhas costas dobrarem e o seu peito subir e descer a cada suspiro. Agarrei as suas costas e passeei as minhas queridas e compridas unas pelas suas costas acima. Não. Não era a primeira vez que estava a fazer isto. Mas era a primeira vez que me sentia de tal forma viva.

Passado um bom bocado ele baixa-se e beija-me o pescoço. Tenho a certeza que estou completamente suada e noto o seu olhar cansado e a sua respiração acalma tal como os meus batimentos cardíacos.

Ele passa a sua mão pelos meus cabelos mais uma vez e beija-me o nariz e depois cobre-nos com o lençol apenas. Sentia a minha cara ser iluminada com a pouca luz que vinha do pequeno candeeiro sobre a mesinha ao pé da cama.

- Tão linda que estás. - ele comenta e eu torço-lhe o nariz.

- Não tanto como tu e essa esfregona.

Ele ri-se e puxa-me para ele juntando os nossos peitos e desejando-me de boa, o pouco tempo de noite que nos resta. E eu retribui-lhe.

Tudo o que estávamos a fazer parecia tão errado mas tão certo ao mesmo tempo.