| Half sister-in-law |

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- Harry -

Sinto um par de luzes, ao fundo de uma rua atravessarem pelo caminho existente.

Os meus olhos não conseguem sequer focar-se no carro e sinto que estou a cambalear. Dou enfim por mim, no meio da estrada, com Ellen a meu lado de mão presa a mim tentava determinada, a puxar-me para a berma da estrada.

Os meus olhos fecham-se e tento cambalear o meu corpo na direção de Ellen, que por sua vez ganha balanço para me retirar bêbado do meio da estrada.

O seu corpo fino puxa-me uma e outra vez, mas o meu parece tão pesado ao ponto de não se mexer, ela decide então colocar-se atrás de mim para me empurrar pelas costas, o meu corpo cede finalmente e num período de tempo caío e os meus joelhos são esfolados pelo alcatrão negro da estrada, ao mesmo tempo que ouço um berro abafado a mim no meio da chuva.

- Harry! - ouvi a fina voz de Ellen e quando me consigo voltar, observo Edward.

Edward tivera estacionado o carro mesmo ao pé de nós, tivera saído do mesmo e puxado Ellen de mim enquanto ela, desalmadamente, se agarrava à minha camisola molhada pela chuva enquanto gritava vezes sem conta o meu nome. Olho mais uma vez Edward, em tempos a minha única companhia, em tempo talvez o melhor de todos e neste momento, me roubava tudo o que me restava para que eu desaparecesse de vez. E ele levava Ellen, presa no cinto do carro, ele arranca e leva consigo as minhas abafadas petições para que a deixasse ficar, para que não a levasse mas todo aquele sofrimento que eu transportava não me dava a força sequer para me levantar.

Dei por mim no chão e apercebi-me que não estava bêbado quando senti que o meu hálito não transportava dor alguma, apenas um pouco de sangue pela queda sem apoios. Uma dor insuportável atravessava a minha cabeça e ouvi-a o meu nome ser chamado. Levanto a cabeça já de joelhos e num piscar de olhos observo Kim, que vem ao meu encontro.

- Meu Harry, só meu. - ela diz e o meu coração explode fazendo-me acordar.

x x x

- Ellen -

A luz proveniente da janela que se limita a exibir a pouca luz dos candeeiros junto à estrada é instalada pela sala permitindo-me visualizar a face de Harry, assustada.

- Harry? - chamo por ele e ele acaba por me olhar finalmente assim que dá conta de o lugar onde está.

- Ellen? - ele questiona. - Estás aqui! - ele diz quase num berro e puxa o meu corpo contra o seu.

- Claro, onde é que eu haveria de estar? - questiono com a voz que me resta do seu aperto.

- Eu... O Edward? - ele questiona desesperado.

- Canadá, longe de nós! - digo-lhe e puxo-lhe uma madeixa para detrás da sua orelha enquanto consigo observar os seus olhos com a pouca luz proveniente da janela.

- Ele pode voltar? Ele vai voltar? - Harry questiona e consigo sentir até o seu desespero na minha pele.

- Eu não sei Harry, mas em principio ele não estará cá assim tão cedo meu amor, achas que ele voltaria? Náo lhe falta nada, e ele já na preocupa comigo. Nunca o fez! - eu digo e é algo que ainda é capaz de magoar o meu coração.

- Tu és um trenga! - ele diz - Até o Ashton ficou tou babado só de olhar para ti e achas que o Edward alguma vez iria esquecer-se desse teu corpinho Danone. - ele diz e eu deixo um riso escapar-se por entre os meus lábios.

- Harry, são... - agarro no meu telemóvel - São três da manhã, vais continuar a acordar-me a esta hora por quanto tempo mais? - questiono-o e ele acaba por acender a pequena luz de leitura junto do sofá.

- Vou continuar a acordar-te pelo tempo que eu quiser, okay? Eu é que mando! - ele diz.

- Mandas? Aqui tu não mandas em nada, a única coisa que és capaz de mandar deve ser com certeza no corpo da Kim... Porque ele sente falta de ti. De resto, não vejo o que possas sequer mandar.

- Nisto! - ele diz e pousa uma mão no meu rabo.

- Harry, tu nem penses no sofá! - eu digo-lhe.

- Hum... Quem é que eu disse que mandava? - ele questiona-me.

- Eu discordei, porque quem manda sou eu! - eu digo e levanto o meu corpo pousando-o sobre o de Harry.

Observo os seus olhos brilharem, as suas bochechas vermelhas e os seus cabelos ligeiramente molhados. Pequenos arranhões são espalhados sobre os seus ombros e eu consigo alcançá-los e pouso os meus lábios sobre estes, beijando-os e fazendo os olhos de Harry prenderem-se em mim.

- Como pode ser tão boa e tão querida ao mesmo tempo? - ele diz.

Levanto a minha face e os meus olhos pousam-se sobre ele enquanto permaneço com uma perna de cada lado do seu corpo. Ele olha-me e sorri-me enquanto as suas covinhas são capazes de fazer uma certa sobra devido à luz proveniente do candeeiro e da janela ser demasiado fraca.

Deixo-me descair sobre ele e os meus lábios movem-se junto dos seus enquanto os nossos olhos se fecham automáticamente, intensificando este ato sinto as suas mãos escorregarem até às minhas calças e pousarem-se ao cinto das minhas calças.

Depois de uns minutos de sossego consigo observar os seus olhos depois de puxar os meus lábios dos dele, os seus lábios carnudos agora ligeiramente molhados e escorregadios fecharam-se por momentos e de repente são postas no meu pescoço.

-Ellen?

- Sim?

- Tu estives-te com o Ashton no restaurante, mas estiveram sozinhos? - ele ergue uma sobrancelha.

- Yap. - eu digo trincando ligeiramente o lábio nervosa e o meu rabo é pousado sobre Harry, sentando-me sobre ele.

- Tu não fizeste o que eu acho que fizeste? - ele diz.

- Isso depende do que tu achas que eu fiz... - respondo alegremente.

- Eu acho que vocês se enrolaram, estou certo Carter? - ele diz.

- Mais ou menos... - digo não querendo lembrar-me.

- Eu não te compreendo, tens andado tão distante estes dias, parece que nem te conheço...

- Como assim? - eu encaro-o.

- Eu sei que ele te beijou, vê-se na tua cara de gnua mal feita. Mas não é só isso, pois não? - ele encara-me.

- Posso achar também que o Edward está cá... Posso ter também tido vários problemas, nada que não saibas e agora a cabrita que eu mais odeio, vai ser minha cunhada! - eu digo.

- Meia cunhada. - ele puxa-me um braço e beija-me a mão.

- Meia não é tão mau, mas ainda é mauzinho... - eu digo.

- Se o Edward cá estiver, eles que se consolem. - ele diz.

Rio-me e acabo por me baixar ao seu nível pousando a cabeça no seu peito. Sinto ser pousada uma manta sobre mim anterior colocada sobre as costas do sofá. E depois de um beijo de boa noite finalmente apago a luz que se limita a iluminar-nos desnecessariamente.

OUR DEMONS : hs (disponível também em livro)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora