35. Lance casual 📚

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Despertei, assim que notei a claridade no quarto.  Abri devagar os olhos, me encontrando sozinha e nua na cama, me fazendo não querer levantar. Não fazia ideia de que horas poderiam ser, mas não queria sair da cama logo. Fiquei enrolando por um bom tempo ali, encarando o nada e lembrando perfeitamente da noite passada, da sensação e tudo o que aconteceu. Abro um sorriso, gostando de lembrar tudo bem detalhadamente, já que a primeira vez não consegui me lembrar de quase nada, do tanto que havia bebido.

A fome começa a aparecer e eu tirei o edredom de cima de mim, me levantando da cama e indo até a roupa que eu usava, que foi parar no chão. Coloco minha roupa, escondendo a nudez e passo a mão pelos cabelos, ajeitando eles, deixando menos bagunçado. Bocejo, saindo do quarto, escutando um barulho vindo da cozinha. Chegando perto, consigo ver Victor de frente com o fogão, fazendo algo na panela, que não sei o que pode ser. Chego perto e ele nota, virando a cabeça e olhando pra mim.

— Bom dia. — coloco a o cabelo atrás da orelha e me aproximo, ficando do seu lado.

— Bom dia.

Fiquei vendo o que preparava, até que ele desliga o fogo e para de mexer os ovos na panela, se virando pra mim e se aproximando, me beijando na boca, de forma simples, mas maravilhosa. Fechei os olhos e ergui meus pés, ficando na ponta e retribui o beijo, ficando um pouco surpresa pela sua ação.

— Pensei que gostaria de um bom dia melhor. — ele disse pra mim, depois de me dar um selinho rápido e curto e sorrindo de canto em seguida.

— E gostei. — afirmando, abro um sorriso de canto igual ele, até que recebo mais outro selinho, agora um pouco mais demorado. — Dormiu bem? — me separei dele, que pegou a panela e deixou os ovos mexidos em dois pratos que tinham ali.

— Sempre durmo. — colocou de volta a panela no fogão. — E você? — pegou os dois pratos e pôs em cima do balcão, onde íamos comer o café que preparou.

— Minha beleza está renovada, então sim, eu dormi bem. — digo, soando um pouco brincante e me sento em cima do banco, vendo melhor o que havia preparado de café da manhã. Ovos com bacon pra ele e ovos com tomate pra mim.

— Espero que goste dos ovos.

— Estão com uma cara muito boa. — digo, sendo sincera, sentindo minha barriga roncar só de ver o prato que me espera.

— Acordou tarde.

— Nem sei que horas são.

— Mais de nove horas.

— Pra mim está em um horário ótimo para acordar em um sábado. Você que acorda cedo.

— Costume.

— Eu, pelo contrário de você, adoro dormir. Detesto ter que acordar cedo para ir pra escola.

— Você não é única. — tomou seu café, que acho que era o primeiro do seu dia. — Pretende fazer em que horário a faculdade?

— Não sei. De noite talvez. Vai depender se tiver aula e vaga disponível nesse horário.

— Mas primeiro tem que passar nas matérias.

— Pois é. Espero que meu professor de química seja bonzinho e dê uma boa nota final pra mim. — falei, dando de ombros, fazendo um beiço mimado pra ele.

— Vou pensar no seu caso. Está indo bem nas atividades até agora. — observou e gostei de escutar isso vindo dele.

— Que bom. Tenho mais algumas semanas para melhorar, antes das provas finais.

— Exatamente. Quero te ver na faculdade.

— Isso é o que eu mais quero. — falei, expressando minha ansiedade para quando chegar essa hora.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ