16. Erro 📚

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Meu professor abre a porta do seu apartamento para mim entrar, e com um sorriso gentil no rosto, como todas às vezes, entro para dentro do seu apartamento, depois de cumprimentá-lo e o babaca me ignorar. Já até me acostumei. Não espero mais nada de respeitoso da sua parte. A mãe dele nem deve ter lhe dado educação, porque se deu, não usa.

— Vou apenas terminar meu café e já começamos. — ele avisa, indo para a cozinha, após fechar a porta e eu vou em direção ao sofá da sala.

— Tudo bem. Sem pressa.

Me sentei no sofá, pegando meu celular e abri o Instagram, para distrair enquanto ele termina seu café. Ergui a cabeça, tirando o foco do celular e olhei para a sacada ao meu lado, vendo o sol fraco pelo lado de fora. Não estava tão quente, mas estava calor e eu gostava da temperatura assim. Virei a cabeça para o lado, vendo que meu professor ainda não tinha voltado para a sala e decido ir pedir um copo de água. Me levantei do sofá, deixando o celular na mesa de centro e vou até a cozinha, onde sinto o cheiro do café ficando pronto.

— O cheiro está bom. — comentei e ele virou a cabeça para mim, notando minha presença, enquanto colocava uma xícara de café embaixo da cafeteira.

— Quer? — ele perguntou, depois de me olhar sem piscar, parecendo estar pensando se me servia ou não.

— Não. Não tomo café. Nem gosto na verdade. Só queria um pouco de água. — falei, procurando algum copo pela pia da cozinha.

— Segundo armário. — ele apontou algo em cima de mim com o queixo e voltou sua concentração no café. Olhei para cima, vendo o armário e abri, vendo os copos alí. — Se quiser água gelada tem na geladeira. — informou.

Pedi permissão para abrir sua geladeira, tentando ser o mais educada possível, para mostrar a ele que sei fazer esse papel, já que é reprovado quando se trata de educação. Coloquei a água gelada no copo e guardei de volta na geladeira, vendo ele se servindo com o café quente que fica pronto.

— Por que não toma café? — ele falou, tão de repente, me fazendo ter a impressão de que queria puxar assunto comigo. Troquei o peso dos pés, hesitando por um momento.

Ele me pegou desprevenida agora, porque não me lembro de alguma vez ter puxado assunto comigo, tão de repente. Deixei o copo de água agora vazio em cima da pia e olhei para ele, que me olhava, esperando minha resposta. Por uma fração de segundos, senti seu olhar me excitar. Seus olhos estavam vidrados nos meus, esperando eu responder e aquilo me deixou sem jeito. Não era a primeira vez que eu me sentia assim, com ele me olhando dessa forma. Ele me intimidava tão rápido, que me impressionava, porque nenhum homem me intimidava tão rápido assim como ele. Bastava um olhar, que eu perdia o fôlego e o raciocínio.

— Ah... Eu só não gosto. A cafeína não me agrada. Já provei uma vez, mas nunca fui fã de café.

— Nem gelado?

— Nada. Mas gosto de chocolate quente. Chá também, mas pouco.

— Detesto chá. Prefiro muito mais café. — ele disse, se encostando no balcão da sua cozinha, enquanto assopra seu café quente.

— Não sou fã de bebidas quentes. A única que gosto mesmo é chocolate quente, mas só bebo no inverno.

— Gosto de chocolate quente, mas só tomo no inverno. Substituo ele pelo café. Acho que combina mais.

— Realmente.

Assenti com a cabeça, não sabendo mais como puxar assunto, por mais que eu esteja gostando de estar conversando com ele. Nunca fizemos isso e na primeira vez, estou gostando. Victor foi apenas 1 vez babaca até agora, desse que eu cheguei aqui, que ignorou meu cumprimento, mas de resto, está sendo mais... Legal? Não, legal não. Sociável talvez. É a primeira vez que interage comigo nas nossas aulas particulares e estou torcendo para que faça isso mais vezes, porque não quero correr o risco de puxar algum assunto com ele e ele ser babaca comigo, me respondendo de jeito grosso.

𝐌𝐄𝐔 𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑 𝐁𝐀𝐁𝐀𝐂𝐀Where stories live. Discover now